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Ser Sporting não se implora, não se ensina, não se espera, somente se vive... ou não.
Não duvido que o jogo acabou por agradar muito aos adeptos, em termos de espectáculo. Ao fim e ao cabo, não é todos os dias que se assiste a jogos com sete golos e, ainda por cima, com o Sporting a dar a volta ao marcador.
Marcel Keizer disse há dias: "Para mim o futebol é marcar golos. Prefiro ganhar por 3-2 do que por 1-0. Não sei, no entanto, se ele tinha em mente jogos como este, especialmente a perder por 2-0 aos 25 minutos.
Foi uma partida com duas partes bem distintas. A primeira, com um Sporting muito pouco concretizador, a fazer quase nada de positivo, tanto em termos defensivos como ofensivos, diante de um Nacional não só a praticar muito bom futebol, mas ainda com eficácia finalizadora. Marcou dois, mas até criou oportunidades para marcar mais.
Marcel Keizer não revelou o que disse aos jogadores no balneário, mas dá para imaginar. O Sporting surgiu no segundo período com muito mais intensidade e dinâmica de jogo, gradualmente a obrigar a equipa madeirense a recuar as suas linhas e a concentrar as suas energias quase só a defender.
Com o aproveitamento dos espaços criados, a recém-apetência da equipa para marcar golos surgiu novamente. 'Bis' de Bas Dost e Bruno Fernandes e o golo espectacular de livre directo de Mathieu, aos 75 minutos.
Muito além do sistema de jogo do técnico, é por de mais óbvio que o Sporting necessita de reforçar a sua defesa (o lado esquerdo é de bradar aos céus).Também por grande mérito do Nacional, mas a primeira parte deixou isso bem claro.
O onze inicial do Sporting: Renan; Bruno Gaspar, Coates, Mathieu e Jefferson; Gudelj, Bruno César e Bruno Fernandes; Nani, Diaby e Bas Dost.
Mathieu
"Muito difícil, mas acho que foi uma vitória da equipa. Entrámos muito mal no jogo e na segunda parte tentámos de tudo para fazer o empate e depois ganhar o jogo. Creio que esta foi a vitória mais complicada da era do mister Keizer. Há que continuar, há que trabalhar, há muito ainda por fazer".
Marcel Keizer
"Devo admitir que na primeira parte não estivemos bem e por isso tenho de elogiar o Nacional, porque jogaram muito bem. Tivemos sorte de estar a perder apenas por 0-2. Mas o espírito dos jogadores deu a volta ao jogo, por isso tenho de lhes dar mérito.
É difícil resumir a nossa conversa ao intervalo, mas chegámos sempre tarde na primeira parte, especialmente nos primeiros 30 minutos, o que não pode acontecer contra uma equipa como o Nacional, que joga entre as nossas linhas. Na segunda parte pressionámos mais e conseguimos marcar. Toda a gente acha que a chave do sucesso é futebol de ataque, mas nós também pensamos muito em defender.
Clao que prefiro ganhar com menos sofrimento, não só para o treinador mas também para os jogadores. Ganhámos hoje e acho que toda a gente presente no estádio adorou o jogo. Não foi sempre bom, mas é agradável ver um jogo com sete golos. É isto o futebol.
Os jogadores jogam bom futebol. Trabalhamos durante a semana no duro com eles e estão a responder muito bem em jogo".
Costinha
"É bom quando se ouve elogiar a minha equipa, como foi o caso de Mathieu. Infelizmente não conseguimos o que queríamos, que era conquistar os três pontos. Sabíamos que era uma equipa forte, com muito bons jogadores e nós não viemos aqui para defender. Viemos aqui para tentar a nossa sorte, fizemos trinta minutos de muita qualidade e depois o Sporting conseguiu pouco a pouco ir encostando a minha equipa a trás. Acho que ao longo da época vamos conseguir conquistar bons resultados.
A maturidade dos jogadores do Sporting fez a diferença. São jogadores de selecção, com maior experiência de I liga do que o Nacional, mas é esta a nossa realidade e temos de crescer. Esses jogos ajudam-nos a crescer e o Sporting foi um justo vencedor.
É bom regressar a Alvalade porque é sinal que estamos na I liga, com um bom palco, um bom público. Assim é uma forma do Nacional, treinadores e staff, se valorizar. Não vou dizer que não é especial, é sempre especial, ainda por cima trabalhei cá, mas estava focado no Nacional".
Gostei desta breve apreciação de Lídia Paralta Gomes, jornal Expresso:
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