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No Qatar estão 32 selecções com um total de 832 jogadores de 53 nações diferentes, em que 137 não jogam pelo seu país de nascimento. Confuso? Não. Afinal, este é o Mundial da globalização (onde ironicamente nem todos podem expressar-se livremente). Na selecção de Marrocos, por exemplo, mais de metade dos jogadores são “estrangeiros”.
Das 32 selecções que estão a competir no Qatar, apenas quatro não contam com nenhum jogador nascido noutro país. São elas: Brasil, Argentina, Arábia Saudita e Coreia do Sul. Nas restantes, a maioria, há jogadores naturalizados, com destaque para Marrocos, que tem 14 ‘estrangeiros’ contra 12 convocados nascidos no próprio país. O país tem uma grande diáspora, a maioria na França, que conta com mais de um milhão de marroquinos até à terceira geração; mas existem também grandes comunidades de marroquinos na Espanha, Países Baixos e Bélgica.
Tunísia e Senegal surgem logo atrás de Marrocos com 12 jogadores naturalizados cada, enquanto os anfitriões catarenses têm 10 nomes de fora na sua lista - o português Pedro Ró-Ró é um deles -, tal como o País de Galês.
Uma outra análise da lista leva a verificar também que o país que enviou mais jogadores para o Qatar é a França. A selecção gaulesa tem apenas três atletas ‘estrangeiros’ na sua convocatória - Camavinga, nascido em Angola, Mandanda nascido no Congo e Marcos Thuram em Itália -, mas, em contrapartida, são 38 os nomes franceses que irão disputar o torneio por outros países, entre os quais Raphaël Guerreiro, por Portugal.
Além das 32 selecções participantes no Mundial, há outros 21 países que também estão representados, só com jogadores: Itália, Gâmbia, Argélia, Iraque, Sudão, Bahrein, Egito, Escócia, Quénia, África do Sul, Costa do Marfim, Bósnia e Herzegovina, Áustria, Guiné-Bissau, Angola, Colômbia, Congo, Kosovo, Jamaica, Suécia, Nicarágua.
Excerto da crónica de Alexandra Simões de Abreu, em Tribuna Expresso
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