Camarote Leonino

Ainda não devemos pôr de todo de lado a vinda de um central mais experiente. Que já viveu tudo o que há para viver no futebol. Veja-se também por exemplo, o que Jonas veio acrescentar aos colegas no Benfica. A vinda de Ricardo Costa a emperrar ou mesmo ter andado para trás, será alheio à vontade das duas partes. Claro que um central num grande não marcando golos, nunca brilhará tanto mas também nenhum clube em reestruturação financeira pode ter como prioridade nº1 os títulos. Ou pelo menos nunca da boca para fora, que o Sporting dispensa sempre bem. Tem muita razão o Rui Gomes, quando alerta para a prioridade do Tobias continuar a crescer e julgo que a SAD ainda deve estar a tentar colocar a Nabiça francesa. É mesmo fundamental! Já chega o que aconteceu a alguns depois da saída de Jesualdo Ferreira.

Deve ser por isso que hoje tantos sportinguistas tentam desvalorizar o desempenho fantástico de, pelo menos dois putos do Benfica, em duas grandes Ligas. Tempo de jogo que curiosamente nunca tiveram no Benfica. Assuma-se de uma vez por todas o autêntico falhanço na gestão dos centrais até aqui. Estranhíssimo para quem conseguiu acertar duas vezes na frente, também é verdade que pouco mais e só diz que afinal o suposto director do futebol nunca riscou nada.

Quanto ao brasileiro, já estava a estranhar ainda não ter chegado nenhum destroço do Cáucaso. Do efémero Anzhi. Mas como os comentários já vão longos e numa frase, finalmente esta direcção conseguiu um central. Ou um central moderno, para quem se apaixonou recentemente pelo Paulo Oliveira. Em terra de cegos quem tem um olho é rei. Se bem que muito novo e com margem de progressão. Nunca ao nível da parte inata com os pés. Pode evoluir ainda ao nível das marcações, ao homem e à zona. No passe curto e longo. Já aqui alguém o comparou no limite ao Tonel e muito bem.

Já o brasileiro bem ou ao nível que chegou a mostrar no Braga, talvez já tivesse valido, por exemplo, a passagem dos grupos na Champions. Que pagava quantas contratações? Também é verdade que para isso bastavam os putos que ainda ficaram. Tobias, Ruben, Fokobo. Se com uma opção de compra normal ainda melhor. E não com a modalidade, que pelos vistos também inauguramos com a saída do Maurício. Mais um hino à transparência. Depois do Bruno o mercado mundial de futebol nunca mais vai ser o mesmo. Ou talvez continuar só a inscrição nas contas à medida. Importante era dizer adeus ao cepo. E senão for a Lázio a pagar devia ser o Maurício, por ter chegado a jogar um dia no Sporting. Que o diga o Dionísio Castro, quando um dia perder a vergonha para contar o que lhe fizeram.

Mesmo não fazendo a mínima ideia de como vai chegar o brasileiro, ainda é muito novo e eu estou bastante feliz. Mas também é bom nunca esquecer que estamos a falar de futebol. Ainda hoje Rodriguez bem no Braga, foi dos melhores centrais sul-americanos que passou por Portugal.