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Ser Sporting não se implora, não se ensina, não se espera, somente se vive... ou não.
O ex-presidente do Turismo do Porto e Norte de Portugal, Melchior Moreira, é acusado de ter colocado publicidade nas camisolas dos jogadores do Vitória de Guimarães e Sporting de Braga, com o objectivo de obter apoio dos dirigentes desportivos dos dois clubes, para uma eventual candidatura à presidência da Liga Portuguesa de Futebol Profissional.
Apesar da candidatura ter acabado por nunca acontecer, o Ministério Público desencadeou a ‘Operação Éter’, onde em causa estão dois jogos V. Guimarães, um deles a final da Taça de Portugal em 2017, frente ao Benfica. Num dos jogos os jogadores vimaranenses usaram publicidade nas suas camisolas alusivas ao Turismo do Porto e Norte e na outra partida publicidade ao Geoparque de Arouca. Patrocínios que custaram ao TPNP 100 mil euros, divididos por vários contratos, a fim de contornar as regras da contratação pública.
Já no caso do Sporting de Braga está em causa o patrocínio para promover a região Norte em Madrid, onde a equipa bracarense jogou na modalidade de futsal, a Ronda de Elite da UEFA Futsal Cup em 2017. Nesse contrato ficou acordado que o clube minhoto receberia quinze mil euros para a marca do Turismo Norte aparecer estampada nas camisolas dos jogadores.
As duas equipas em questão fazem parte de um rol de oito entidades colectivas acusadas neste processo, além de 21 pessoas singulares, entre as quais surge Melchior Moreira e mais sete profissionais do Turismo do Norte. Apesar de ter avançado com a acusação, para evitar a libertação de Melchior Moreira, (que está em prisão preventiva há mais de um ano), o MP decidiu continuar a investigar a forma como foram contratadas dezenas de lojas de turismo interativas da região Norte, que segundo o “Público” estão no epicentro de todo este processo.
Reportagem do jornal Público
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