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Ser Sporting não se implora, não se ensina, não se espera, somente se vive... ou não.
As janelas anuais do mercado de transferências são períodos de grande entretenimento para os adeptos. Pelo menos, é assim que eu as considero, pela expectativa da chegada de novos talentos para a nossa equipa, pela curiosidade de ver o que os nossos adversários fazem nesse mesmo sentido e, mais à distância, pela fascinação das transacções levadas a cabo pelos galácticos, para quem os milhões não são impedimento.
Compreende-se, no entanto, que este sentimento não seja partilhado por dirigentes, treinadores e até jogadores, pela complexidade do futebol-indústria dos nossos tempos e pela incerteza do que um talento tem para oferecer, face ao investimento, no futuro.
Para aqueles que escrevem para consumo público, como é o nosso caso aqui no Camarote Leonino, é um período que nos proporciona um leque de temáticas mais alargado, e para quem publica 8/9 ou 10 posts por dia, sete dias por semana, nem sempre é missão fácil abordar assuntos de interesse para os leitores.
No que à comunicação social diz respeito, o aproveitamento é inevitável, com um misto de ficção e sensacionalismo a deturpar os factos. A divulgação de informação permite-nos debater os prós e contras de um qualquer acto de gestão desportiva do nosso clube, não perdendo de vista, no entanto, que pouco ou nada é oficial até ser confirmado pelas respectivas entidades. Mesmo assim, não deixa de fazer parte do entretenimento que o futebol nos oferece e dá causa para questionar a reacção excessivamente melodramática de alguns adeptos, indignados por informações que tendem, ocasionalmente, levantar o espectro de incompetência dos seus dirigentes e, por outro lado, mistificar a mestria dos adversários.
No caso concreto do Sporting, é perfeitamente compreensível que a SAD não pode vir diariamente desmentir as inúmeras manchetes noticiosas e respectivos rumores que surgem na praça pública. Há ocasiões, no entanto, que, na minha opinião, o deve fazer, a exemplo do recém-caso de Marega e José Sá. Apesar das alegadas declarações do empresário do primeiro, relativamente à não existência de propostas por parte do Sporting, acredito que tenha havido interesse e um ou mais contactos para determinar as condições contratuais dos jogadores e que, em data posterior, houve uma tomada de decisão de não tentar efectuar o negócio, pelos valores e porventura outras questões pertinentes. Cenário perfeitamente normal no futebol sem dar causa para drama. Pelo excesso deste, seria suficiente uma breve palavra da Sporting SAD para o assunto ficar clarificado, de uma vez por todas. De uma forma ou outra, não seria a primeira vez que um qualquer clube levou a melhor mão negocial e não será a última.
Para excesso de melodrama... já chega o jogo, em si.
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