Saltar para: Post [1], Comentar [2], Pesquisa e Arquivos [3]
Ser Sporting não se implora, não se ensina, não se espera, somente se vive... ou não.
Achei interessante escrever aqui uma breves linhas sobre uma notícia que li na imprensa escrita e que me parece merecer alguma reflexão, no fim de mais um dia.Trata-se da mensagem colocada no Twitter,pelo Sporting, para os seus rivais directos, saudando-os pela sua participação na Liga dos Campeões, e desejando que todas as equipas participantes representem com êxito o desporto nacional.
Considerei o acto digno de referência, porque além de pouco usual, aparece como um exemplo de um são relacionamento entre colectividades rivais, e sobretudo porque vem de cima. Por outro lado, surge um pouco ao arrepio do fundamentalismo, presente em muitos adeptos, que confundem a natural rivalidade desportiva com guerra de vida ou de morte. Neste sentido, congratulam-se com os desaires dos adversários a nível internacional, mesmo quando não colidem com os nossos interesses competitivos. No papel de adepto confesso já ter passado por essa fase, mas hoje, em função do conhecimento da relativização das coisas, já não penso assim.
O conceito de rival em inimigo a abater tem sido muitas vezes alimentado pelos poderes instalados nas colectividades. O corte de relações, por dá cá aquela palha, surge muitas vezes, como forma de ultrapassar debilidades internas e é uma fonte de apelo ao ódio. É uma atitude contrária ao espírito desportivo e a sua total deturpação. Por isso, a posição tomada, neste caso, pelo Sporting, merece-me grandes elogios. Espero que não seja apenas um fogacho, mas uma prática a seguir. O desporto agradece.
A subscrição é anónima e gera, no máximo, um e-mail por dia.