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Ser Sporting não se implora, não se ensina, não se espera, somente se vive... ou não.
Dei tanta importância à manchete, que só ao fim do dia decidi ler o corpo da notícia e, eventualmente, publicar este post.
Tudo é assente em alegadas recém-declarações de Maurício ao portal brasileiro "UOL":
«Muita gente ficou surpreendida por me ver aqui (no Sporting) e por ter dado a volta por cima. Conheço as minhas limitações e onde posso chegar. No Brasil podia sair a jogar, levar a bola e arriscar-me no ataque. Aqui não. Sempre fui um guerreiro e dei o máximo nos treinos. Temos de suprir as coisas com raça, determinação e vontade. Marquei o Jackson Martinez, jogador que se deu bem no Mundial e é respeitado aqui. Saí com um corte. E no jogo da Liga levei uma joelhada na cara. Estou todo rebentado aqui em casa, de molho. Disseram que vou ter de usar aquelas máscaras de protecção.»
«Sim, eles (Manchester United) entraram em contacto com o meu empresário. Mas sou uma pessoa centrada, focada e muito tranquila. Não foi uma coisa muito certa, perguntaram mais ou menos quanto queria ganhar. Aqui no Sporting as pessoas gostam muito de mim e estou muito feliz:»
Algumas horas mais tarde, surge Carlos Gonçalves - empresário do jogador - a declarar:
«É tudo mentira. Já falei com o Maurício e este jurou não ter dito nada do que lhe foi atribuído. Também nunca disse a ele que o Manchester United o queria contratar ou admitiu a hipótese de o fazer.»
Em primeiro lugar - mesmo sem conhecimento de causa - acho que, nas circunstâncias, deve-se dar o benefício da dúvida a Maurício. Se ele garante que não fez as acima referidas declarações, aceitamos a sua palavra, até prova em contrário.
Mas, para ser sincero - e nunca questionei a garra e a entrega do jogador enquanto no Sporting, e o seu contributo para o relativo sucesso da época passada - não lhe reconheço qualidade ao nível de poder atrair o interesse de um clube como os "Red Devils" de Manchester. Tudo neste mundo é possível, claro, mas desafia a lógica e o bom senso.
A segunda parte da equação, relaciona-se com a aparente fabricação da entrevista - muito bem elaborada, aliás - e a intenção do acto. Para destabilizar ?... O jogador ?... A equipa ?... Não acho plausível tanto um efeito como o outro. Todos já estão bem habituados a falsos rumores noticiosos e este não é inédito, longe disso. No entanto, não há dúvidas algumas que terá servido para "vender papel".
A título informativo, Carlos Gonçalves é o representante de Marco Silva, Marcos Rojo e André Villas-Boas, entre outros.
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