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Ser Sporting não se implora, não se ensina, não se espera, somente se vive... ou não.
Não ser Bruno de Carvalho é um bom princípio para Frederico Varandas, mas não chega.
"Nasci Sporting, cresci Sporting, respiro Sporting mas não sou o Sporting." A frase mais marcante de Frederico Varandas na cerimónia de tomada de posse como presidente, é de algum modo uma forma poética de sublinhar que não é Bruno de Carvalho. Ora, não ser Bruno de Carvalho é um bom princípio, mas não chega. Para unir o Sporting, como afirmou ser prioritário, Frederico Varandas terá de ser mais do que a negação da personalidade do antecessor. Até porque não há assim tantas maneiras diferentes de unir os clubes.
Há a que Bruno de Carvalho escolheu, adotando um discurso trauliteiro e populista que apelava ao clubismo mais básico e à unidade dos sportinguistas contra inimigos externos. E há a outra, mais complicada e que se resume numa palavra: ganhar. Foram as vitórias que uniram o FC Porto em torno de Pinto da Costa e o Benfica em torno de Luís Filipe Vieira.
E é por aí que os sportinguistas esperam que Frederico Varandas seja diferente de Bruno de Carvalho. Claro que ser emocionalmente mais estável e menos dado a totalitarismos bacocos ajuda, mas aquilo que o Sporting precisa é de um presidente que seja diferente, não só do destituído Bruno de Carvalho mas também de uma longa lista de antecessores: um presidente que ganha.
Jorge Maia, jornal O Jogo
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