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Ser Sporting não se implora, não se ensina, não se espera, somente se vive... ou não.
Dias de grande regozijo para Francisco J. Marques e FC Porto, após o Tribunal Cível do Porto rejeitar a providência cautelar interposta pelo Benfica, que queria impedir o emblema portista de divulgar e-mails do clube:
"O FC Porto sauda a decisão do tribunal. Ficou evidente com a decisão do juiz o interesse público das revelações que temos feito. É uma enorme derrota do Benfica, que teve todo o tempo para preparar a sua providência cautelar, enquanto o FC Porto teve apenas dez dias para responder. Não só respondemos de modo competente como também anulámos toda a argumentação do Benfica".
No entender do Tribunal Cível do Porto não ficou provado que a divulgação das e-mails significasse automaticamente "o instituto da concorrência desleal", no fundo o argumento de que o Benfica alegou no sentido de parar a divulgação de emails: "A concorrência desleal pressupõe sempre uma economia de mercado, isto é, a existência de concorrência entre empresas na luta pela captação e fidelização da clientela por forma a poderem expandir a sua atividade e ganhar e manter a quota de mercado, sendo certo que são empresas que disputam a mesma clientela. [...] Manifestamente, não é concebível uma transferência de adeptos ou sócios de um clube para o outro".
O Benfica também tinha argumentado de que podia estar suscetível a danos nos acordos de sponsorização mas para o Tribunal Cível do Porto não existe "alegado qualquer facto que indicie, ou de onde se possa retirar a possibilidade, o potencial dano de qualquer dos patrocinadores fazer cessar o seu patrocínio".
Diz ainda o director de comunicação portista:
"Não vai mudar nada. O FC Porto continuará, sempre que achar importante, relevante e de interesse público, a desmascarar todas estas práticas. E todos já perceberam que não estamos a falar de uma investigação que se baseia num livro escrito pela Leonor Pinhão e assinado pela Carolina Salgado. Estamos a falar de assuntos muitos sérios, que do nosso ponto de vista colocam em causa o normal desenrolar das competições. A esse nível não vai mudar nada. Estamos tranquilos e estamos certos de que a razão acabará por prevalecer".
Por muita razão que o FC Porto possa ter neste caso em concreto, não passa despercebida a ironia do seu discurso, para quem não tem memória fraca: "Estamos a falar de assuntos muitos sérios, que do nosso ponto de vista colocam em causa o normal desenrolar das competições".
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