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C  O  M  U  N  I  C  A  D  O

A SPORTING CLUBE DE PORTUGAL - FUTEBOL, SAD (Sporting SAD ou Sociedade) vem, nos termos e para efeitos do disposto no artigo 248.º A do Código dos Valores Mobiliários, comunicar o cumprimento dos seus deveres de prestação económica e financeira, referente ao período compreendido entre 1 de Julho de 2019 e 31 de Março de 2020, destacando que a Sociedade registou o maior volume de negócios da história do Sporting em termos homólogos (nove meses). Alguns highlights:

• Maior venda de sempre – Bruno Fernandes por 55 M€ fixos + 25 M€ condicionais;

• Rafael Leão condenado a pagar 16,5 M€ pela resolução ilícita do contrato de trabalho (este valor não está reflectido nas contas deste trimestre);

• Contratação do Treinador Rúben Amorim por 10 M€;

• Volume de negócios nos primeiros nove meses de 156,1 M€ (período homólogo 109,8 M€);

• Decréscimo salarial de 3 M€ (ou 6%) e de 10M€ (ou 16%) sem indemnizações face ao período homólogo;

• Resultado líquido positivo de 30,2 M€ (período homólogo -5,9 M€);

• Capital próprio positivo de 6,6 M€ (Junho 2019 negativo em 23,6 M€);

• Redução do passivo em 20,8 M€ onde 17 M€ são relativos amortização de dívida bancária.

Importa ainda esclarecer que no seguimento dos vários processos de rescisão unilateral sem justa causa decorrentes do ataque à Academia Sporting, já este ano, no mês de Março, foi proferido acórdão pelo qual o Tribunal Arbitral do Desporto condenou o jogador Rafael Leão a pagar à Sporting SAD a quantia de 16.500.000,00 € a título de indemnização pela resolução ilícita do contrato de trabalho desportivo.

A Sporting SAD encontra-se a desenvolver as diligências adequadas junto das instâncias judiciais e desportivas competentes com vista a obter a execução daquela decisão e a cobrança do crédito que a mesma reconhece a seu favor, quer contra o jogador quer contra o clube francês Lille LOSC, que é solidariamente responsável nos termos do artigo 17.2 dos Regulamentos da FIFA. A esta data, o Conselho de Administração encontra-se a analisar o processo que carece de informação necessária para a mensuração ao custo amortizado nas Demonstrações Financeiras da Sporting SAD.

Em 2 de Setembro de 2019, a Sporting SAD chegou a acordo com o Stade Rennais FC para a venda dos direitos económicos e desportivos de Raphinha pelo montante de 21 milhões de euros, aos quais foram deduzidos o valor do mecanismo de solidariedade e de gastos associados à venda, nomeadamente as comissões de intermediação.

Em 1 de Setembro de 2019, a Sporting SAD chegou a acordo com o Valencia CF para a venda dos direitos económicos e desportivos de Thierry Correia pelo montante de 12 milhões de euros, aos quais foram deduzidos o valor do mecanismo de solidariedade e de gastos associados à venda, nomeadamente as comissões de intermediação e o prémio a pagar ao jogador.

Em 29 de Janeiro de 2020, a Sporting SAD chegou a acordo com o Manchester United FC para a venda dos direitos económicos e desportivos de Bruno Fernandes pelo montante de até 80 milhões de euros (55 milhões de euros fixos e 25 milhões de euros condicionais), aos quais foram deduzidos o valor do mecanismo de solidariedade e de gastos associados à venda, nomeadamente as comissões de intermediação. Apesar de ter sido uma venda realizada no mercado de inverno, normalmente menos valorizado, foi a maior venda da história da Sporting SAD superando a venda do João Mário que tinha sido vendido por 40 milhões de euros.

A Sporting SAD fechou o terceiro trimestre da época desportiva de 2019/2020 com um volume de negócios de 156,1 milhões de euros, o que representa um aumento de 42% face ao período homólogo. Este crescimento é suportado pelo aumento das receitas decorrentes da venda de direitos desportivos de jogadores.

Os gastos com pessoal decresceram cerca de 3,1 milhões de euros face ao mesmo período da época passada; no entanto, importa referir que este decréscimo é explicado por dois efeitos contrários: i) redução dos gastos com jogadores e colaboradores em cerca de 7,7 milhões de euros e ii) aumento das indemnizações em 5 milhões de euros. O valor relativo às indemnizações por rescisão de contratos de trabalho desportivo ascende a cerca de 6,9 milhões de euros, mas permitirá uma poupança líquida de cerca de 35 milhões de euros, parte significativa da qual irá reflectir-se ainda na corrente época.

Em termos de Posição Financeira, a Sporting SAD aumentou o activo total em 9.3 milhões de euros e a redução do passivo global em 20,8 milhões de euros, o que permitiu atingir um Capital Próprio positivo, ascendendo este a 6,6 milhões de euros. Nota também para a redução de dívida bancária em 17 milhões de euros.

A Sociedade apresenta a totalidade das suas demonstrações financeiras em conformidade com as Normas Internacionais de Relato Financeiro (NIRF) emitidas pelo International Accounting Standard Board e adoptadas pela União Europeia.

Poderá consultar aqui o documento na íntegra.

publicado às 06:03

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66 comentários

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De João F. a 01.06.2020 às 19:42

"E por isso os resultados operacionais apresentam cerca de 4M de prejuízo todos os meses."

Acontece o mesmo com todos os outros clubes em Portugal. Só deixará de acontecer no Sporting, quando se encontrar petróleo em Alvalade ou em Alcochete...
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De Cris Dileo a 01.06.2020 às 21:44

Informe-se melhor porque isso não é verdade.
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De Rumo Certo - Ventos Favoráveis a 01.06.2020 às 21:54

Lá diz o adágio popular, que "Roma e Pavia, jamais se faz num dia.".
Verdade que existe défice nos resultados operacionais.
Julgo ser esse facto e outros, a razão da necessidade de vender ativos para equilibar as finanças.
Trata-se de uma lógica que contribui para inconsistencias econômicas, financeiras e orçamentais.
São realidades transversais e sistemicas no futebol em Portugal, que no caso particular do n/ Sporting CP foram muitíssimo agravadas por todas as consequências conhecidas - Alcochete, rescisões unilaterais, caos económico, desportivo, défice de tesouraria, empréstimo obrigacionista por liquidar, dívida de curto prazo a fornecedores, cumprimento do "fair play" UEFA, ações na Justiça e pedidos de insolvência, etc..
O quadro era muitíssimo negro, está muito melhor e acima de tudo, diagnosticado e controlado, com competência e readquirida credibilidade.
Muito caminho ainda a percorrer e dificuldades por ultrapassar.
Tempo, paciência e estabilidade, para se poder alcançar mais e melhor.
Fraterno Abraço Leonino.

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De Cris Dileo a 01.06.2020 às 23:11

Caríssimo - ter um déficit operacional é relativamente normal, o problema aqui é que o valor é muito elevado face ao plantel que vai perdendo valor.

Não digo que seja fácil, mas esta direção tem falhado na gestão desportiva, principalmente nas compras - os jogadores que entraram dificilmente trarão mais valias, como aqueles que foram vendidos
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De Rumo Certo - Ventos Favoráveis a 01.06.2020 às 23:46

Meu caro,
E dinheiro para ir buscar (muito) bons jogadores, com potencial e permitir futuras mais-valias sem hipotecar o presente e o futuro?
Esta troca de impressões e argumentos, mais não resulta do que numa complexa situação tipo "pescadinha de rabo na boca" nalguns factores criticos.
Voltamos sempre ao início.
Por mais voltas que se dê e diferentes caminhos, só com estabilidade, tempo, investimentos em estruturas, recursos e meios conexos e derivados da formação, competência, credibilidade e mútua confiança junto de instituições e parceiros, visão estratégicas e sustentabilidade, é que surgem resultados e sucesso.
O destempero, desequilíbrio, dificuldade em estabelecer diálogo e pontos de convergência ou entendimento nas relações humanas, o descrédito de imagem e falta de carácter - é que leva(ram) ao caos, vergonha e humilhação.
Por aqui me fico.
Fraterno Abraço Leonino.


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De Paulo Ferreira a 01.06.2020 às 23:55

Os resultados operacionais antes das vendas dos jogadores foi negativo em mais 5 milhões em relação ao mesmo periodo do ano anterior, isto não é propriamente um bom sinal, se as pessoas não querem saber ou não querem ver isso é outra questão.

Supostamente o equilibrio financeiro que a actual direcão está a fazer devia fazer com que os resultados operacionais melhorassem e não o contrário, isto só foi compensado pelo valor de 110 milhões de euros registados nas vendas de jogadores, mas estes valores são valores que nunca estão garantidos anualmente e que para atingir estes valores, o Sporting abdicou de Bruno Fernandes, Rapinha, Bas Dost por exemplo, e olhando para o plantel actual o Sporting não tem jogadores que possam permitir esse encaixe num futuro próximo.
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De Cenas Talvez a 01.06.2020 às 23:56

Somos obrigados a vender para fazer face ao défice "crónico" o que por si não seria problemático se a valia do plantel fosse acima da média a formação estivesse a fornecer jogadores a equipa A (este ano apenas Max), as aquisições fossem cirúrgicas e mais valias inquestionáveis:

Olhando para esta lista:

Barretes:
1. Doumbia (4.360) 80%
2. Borja (3.555)
5. Ilori (2.400)
6. Rosier (5.267) + Mama Baldé
8. Eduardo (3.450)

Medianos:
3. Luiz Phyllipe (0,706)
4. Renan (1.125)
9. Neto (0,848)

Com potencial:
7. Camacho (5.600)
12. Plata (1,450) 50%

Apenas safando-se:
10.Vietto (7.875)
11. Sporar

Não nos dá grande esperança de grandes melhorias ... aposta terá de ser efectiva na formação e tentar limpar alguns destes jogadores. (os custos com pessoal na próxima época deverão baixar para 55M !??? a correr bem).

Espero mesmo que o RA seja um fora de série e consiga estruturar a equipa e por a jogar a bola, eu não peço mais que isso ... a minha exigência é ter algum tipo de prazer a ver a equipa a jogar o que chegou a acontecer com o Keizer (especialmente antes de mudar as suas ideias de futebol ofensivo que apesar de "kamikaze" era entusiasmante), mas que nunca mais se viu esta época.
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De Rui Gomes a 01.06.2020 às 23:41

Caro Rumo,

Muito bom debate hoje.

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