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Fotografia com história dentro (101)

Leão Zargo, em 17.06.18

 

thumbnail_Museu Sporting Rui Patrício.jpg

 

Uma história de espanto e de revolta

 

Rui Patrício era o jogador mais importante do Sporting. Depois dele, William de Carvalho e Bruno Fernandes eram os melhores jogadores da equipa. Gelson Martins era o jogador mais promissor. Bas Dost era o goleador. Podence e Rafael Leão eram duas das maiores esperanças leoninas. Battaglia era sempre de grande utilidade. Ruben Ribeiro era de outro “campeonato”. Agora já não são jogadores do Sporting e o sentimento dominante é de espanto e de revolta.

 

De espanto pela forma como o assédio moral praticado sobre os jogadores pôde avançar até um ponto tal que estes apresentaram a rescisão laboral com justa causa. Na verdade, verificou-se no Sporting o que na lei é tipificado como assédio moral. Essa conduta decorreu publicamente, perante o aplauso de uns e o repúdio de outros. Agora, é evidente para quase todos os sportinguistas que se tratou de gestão danosa.

 

De revolta porque não voltarão a jogar com a camisola leonina. Isso é quase certo. Mas, a revolta é ainda maior porque alguns deles “cresceram” na Academia leonina. Não aceito a razão para a rescisão afectiva, apesar de compreender o motivo para a rescisão laboral. Não aceito que tenham quebrado o sentimento de “pertença”, um sentimento que implica formas de sociabilidade e de solidariedade específicas.

 

O futebol, como grande fenómeno social, cultural e desportivo, possui a qualidade de fazer guardar na memória dos seus adeptos um núcleo de sinais de glória e de afirmação clubística. No Sporting, que possui uma fortíssima identidade, esses sinais integram a sua própria História. Ainda que tenham razão jurídica, os jogadores que rescindiram com o Clube, renunciaram à possibilidade de integrar a restrita plêiade dos grandes ídolos dos sportinguistas. Entre todos eles, o nome de Rui Patrício é o que ocorre em primeiro lugar.

 

publicado às 14:30

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20 comentários

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De Leão Zargo a 17.06.2018 às 16:24

CPS
O caso de Vítor Damas é muito especial, e provavelmente irrepetível. Ele chegou em 1961 para o juvenis e saiu no final de 1976. Mas, não foi para o FC Porto, ao contrário de Dinis e Alhinho. Fez o percurso dele, manteve sempre mesmo que à distância a ligação ao Sporting e voltou em 1984.
Mas...
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De Naçao Valente a 17.06.2018 às 17:20

Caro Leão Zargo,

Sabemos como é a natureza humana. Exceptuando os que fazem voto de pobreza, todos os outros, com cambiantes, Têm como objectivo acumular a máxima riqueza. Nada contra, no actual contexto, desde que o façam de forma lícita.
Na minha perspectiva, não me parece, ser esta, em sentido estricto a razão das rescisões. A maior parte dos atletas sabe, que tendo mercado, acabariam por sair, com base no justo objectivo de adquirirem maiores rendimentos.
A razão das rescisões tem, neste caso, muito de afectivo, ou seja cortaram qual quer tipo de relação, nesta área, com o actual presidente. e não conseguem ver-se a continuar, sob a sua alçada.
Na minha opinião, não houve corte afectivo com o clube, mas com uma pessoa. Penso até que para alguns, tenha sido uma decisão dolorosa. Por isso, acredito que se a situação mudar a tempo, poderão recuar. E mesmo que não mude, nada invalida que não possam voltar ao clube, precisamente pelo lado da afectividade.
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De Leão Zargo a 17.06.2018 às 17:46

Caro Nação Valente
Tenho essa esperança: de que haverá recuo em alguns casos desde que Bruno de Carvalho saia de cena. Oxalá. Seria uma situação invulgar, mas muito reveladora dessa afectividade que todos desejamos que seja genuína.

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