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Ser Sporting não se implora, não se ensina, não se espera, somente se vive... ou não.
Uma história de espanto e de revolta
Rui Patrício era o jogador mais importante do Sporting. Depois dele, William de Carvalho e Bruno Fernandes eram os melhores jogadores da equipa. Gelson Martins era o jogador mais promissor. Bas Dost era o goleador. Podence e Rafael Leão eram duas das maiores esperanças leoninas. Battaglia era sempre de grande utilidade. Ruben Ribeiro era de outro “campeonato”. Agora já não são jogadores do Sporting e o sentimento dominante é de espanto e de revolta.
De espanto pela forma como o assédio moral praticado sobre os jogadores pôde avançar até um ponto tal que estes apresentaram a rescisão laboral com justa causa. Na verdade, verificou-se no Sporting o que na lei é tipificado como assédio moral. Essa conduta decorreu publicamente, perante o aplauso de uns e o repúdio de outros. Agora, é evidente para quase todos os sportinguistas que se tratou de gestão danosa.
De revolta porque não voltarão a jogar com a camisola leonina. Isso é quase certo. Mas, a revolta é ainda maior porque alguns deles “cresceram” na Academia leonina. Não aceito a razão para a rescisão afectiva, apesar de compreender o motivo para a rescisão laboral. Não aceito que tenham quebrado o sentimento de “pertença”, um sentimento que implica formas de sociabilidade e de solidariedade específicas.
O futebol, como grande fenómeno social, cultural e desportivo, possui a qualidade de fazer guardar na memória dos seus adeptos um núcleo de sinais de glória e de afirmação clubística. No Sporting, que possui uma fortíssima identidade, esses sinais integram a sua própria História. Ainda que tenham razão jurídica, os jogadores que rescindiram com o Clube, renunciaram à possibilidade de integrar a restrita plêiade dos grandes ídolos dos sportinguistas. Entre todos eles, o nome de Rui Patrício é o que ocorre em primeiro lugar.
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