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Ser Sporting não se implora, não se ensina, não se espera, somente se vive... ou não.
Fernando Vaz (n. 1918, f. 1986) ingressou na Casa Pia com nove anos de idade, instituição onde realizou a sua formação académica, tendo concluído o Curso Comercial. Foi aí que começou a jogar futebol nos escalões jovens e mais tarde, entre 1935 e 1939, na equipa principal. Deixou de jogar por não conseguir conciliar com as suas funções no Banco Lisboa & Açores. Por essa altura começou a colaborar na imprensa, no Diário de Lisboa e na revista Stadium, e aprofundou o estudo e a reflexão sobre os aspectos técnicos e tácticos e o treino no futebol.
Em 1947-48, quando Cândido de Oliveira, orientador técnico do Sporting, o convidou para adjunto no clube do seu coração estava preparado para iniciar a nova fase na sua vida. Como treinador, Vaz revelou-se estudioso e metódico, com um conhecimento estruturado e inovador nos procedimentos. Queria que as suas equipas atacassem de forma planeada e organizada e nos treinos preparava os jogadores para o desempenho de mais do que um lugar. Valorizava a preparação física por ser a base do rendimento desportivo durante o jogo e procurava estar atento à especificidade emocional e psicológica de cada atleta.
Como o adjunto de Cândido de Oliveira em 1947-48, Fernando Vaz treinou a equipa dos “Cinco Violinos” e celebrou o seu primeiro Campeonato. Em 1949-50 coadjuvou Sandór Peics e na época seguinte Randolph Galloway, voltando a vencer o título de campeão. Saiu para o Belenenses, mas regressou a Alvalade em 1959-60, sendo demitido em Janeiro quando perdeu a liderança para o Benfica depois de um empate com a Académica em Coimbra. Voltou ao Clube em Junho de 1968, para vencer o Campeonato Nacional em 1969-70 e a Taça de Portugal em 1970-71. Em 1970 foi distinguido com o Prémio Stromp na categoria Técnico Profissional.
Na fotografia, Fernando Vaz com o adjunto Mário Lino, o dr. Carlos Costa e os jogadores Rui Paulino, Joaquim Rocha, Manaca e Pedro Gomes no banco do Sporting em 1971-72.
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