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Ser Sporting não se implora, não se ensina, não se espera, somente se vive... ou não.
O pensamento estratégico faz parte da natureza humana e surgiu no futebol praticamente desde o seu início. Em Portugal, entre os anos 20 e 50 do século passado, Augusto Sabbo, Joseph Szabo, Cândido de Oliveira, Ribeiro dos Reis, Ricardo Ornellas, Adriano Peixoto, Severiano Correia e Fernando Vaz, entre outros, contribuíram para o desenvolvimento desse pensamento estratégico. A reflexão escrita sobre futebol em jornais e revistas, por exemplo em “Os Sports”, “Sporting” (jornal portuense), “Stadium” e “A Bola”, também teve um papel importante.
O futebol português alcançou um novo paradigma no que refere ao treino e à táctica no decurso da segunda metade da década de 1940. Foi então que se verificou a publicação de um conjunto de obras de grande qualidade técnica e científica, nomeadamente “Estratégia e Método Base do Futebol Associativo Científico”, de Augusto Sabbo, “Os Segredos do Futebol: Técnica de Ensino, Aprendizagem e Treino, Tática de Jogo”, de Cândido de Oliveira, e “O futebol português e o sistema de Herbert Chapman”, de Adriano Peixoto.
Havendo um “olhar” menos empírico e mais científico sobre o futebol, os treinadores adquiriram um outro protagonismo. Exigia-se-lhes liderança, mas também conhecimento e dialéctica para conseguirem triunfar. Progressivamente, os treinadores tornaram-se um elemento estratégico essencial na estrutura do futebol pois as suas decisões passaram a ultrapassar as circunstâncias específicas de um jogo de futebol, exigindo agora a análise, planeamento e organização de um conjunto de factores desportivos e comportamentais cada mais dinâmicos e complexos.
Na fotografia, um Sporting - Benfica nos anos 40.
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