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Fotografia com história dentro (229)

Carlos Xavier e Oceano

Leão Zargo, em 27.12.20

Carlos Xavier e Oceano.jpg

John Toshack treinou o Sporting em 1984-85 quando Carlos Xavier e Oceano faziam parte do plantel. Em 1991, depois de se ter sagrado campeão espanhol pelo Real Madrid em 1990, o treinador galês regressou à Real Sociedad e os seus primeiros pedidos de reforços foram os dois jogadores leoninos. Assinaram por três temporadas, sendo a primeira vez que dois portugueses jogaram juntos numa equipa estrangeira.

Ambos conseguiram grande destaque no clube basco. Oceano chegou a ser capitão de equipa e faz parte da história dos “donostiarras” por ter marcado o último golo no mítico Estádio de Atocha frente ao Tenerife, em 13 de Junho de 1993. Em 1992 recebeu o prémio do Don Balón, como um dos melhores jogadores daquele ano numa votação feita pelos treinadores. No final da segunda época, o Barcelona pretendeu contratá-lo para o “Dream Team” de Cruijff, chegou a assinar um contrato com cláusula de confidencialidade, mas a Real Sociedad não permitiu a saída. Carlos Xavier também deu nas vistas jogando como número 10, um lugar adequado à sua qualidade técnica e visão de jogo.

Oceano e Carlos Xavier regressaram ao Sporting treinado por Carlos Queirós no Verão de 1994. O primeiro tinha 31 anos e o segundo 32 anos, e possuíam a experiência e o currículo certo para equilibrar a juventude de Figo, Peixe, Sá Pinto, Costinha, Nelson, Capucho e Nuno Valente com a maturidade de Balakov, Marco Aurélio, Naybet, Vujacic, Valckx, Iordanov e Juskowiak. O regresso dos dois jogadores foi bem-sucedido e, nomeadamente, alinharam nos jogos da conquista da Taça de Portugal, em 1994-95, e da Supertaça, em 1995-96. Oceano ainda voltou a ser o capitão de equipa durante quatro épocas.

publicado às 14:30

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11 comentários

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De Leão Campeão a 27.12.2020 às 15:15

Dois Senhores que merecem inteiramente esta referência.
O Carlos era um dos jogadores que vi jogar que melhor aliava inteligência à técnica de jogar. Era soberba a sua visão de jogo. Talvez lhe faltasse um pouco mais de empenho.
Já a Oceano empenho era o que não lhe faltava.
Dos jogadores que na minha vida mais me impressionaram pela sua dedicação profissional prestada às equipas onde jogou. Um exemplo extraordinário para qualquer jogador que queira singrar na carreira de futebolista e, acredito, uma inspiração para muitos jogadores que saíram nessa geração formados no Sporting e que vieram a ter sucesso tal como, entre eles, Figo e Ronaldo.

O que é profundamente extraordinário é olhar a esse plantel de 94 e chegar à conclusão que era insuficiente para se tornar campeão.
Ao Sporting falta sempre mesmo muito mais que a outros para poder almejar o que os outros com duas penadas sempre conseguem...
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De Leão Zargo a 27.12.2020 às 17:44

Sim, este plantel era extraordinário. Numa entrevista à Tribuna Expresso, Oceano sublinha a categoria da equipa e conta que na época de 1993-94 o Bobby Robson foi a Espanha para que ele voltasse ao Sporting e disse-lhe: “Imagine this kids with your experience, we gonna have a great team”.
Oceano regressou na época seguinte com Carlos Queirós, mas este episódio de Robson é muito revelador.
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De Juskowiak a 27.12.2020 às 18:40

O despedimento de Bobby Robson é um erro histórico do nosso clube.

Mais um dos muitos exemplos que revelam a maior fragilidade de Sousa Cintra: a sua impulsividade.
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De Juskowiak a 27.12.2020 às 18:44

Nessa época Sousa Cintra cometeu o mesmo erro de Bruno de Carvalho e Jorge Jesus em 2015/2016: fanfarronice na comunicação.

Na minha ótica teríamos sido facilmente campeões em ambas se tivesse havido uma postura presidencial e não "adeptal" por parte dos dirigentes.

Enfim, passado.
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De RCL a 27.12.2020 às 16:16

Carlos Xavier foi campeão em 1981/82 com Malcolm Allison, fez 35 jogos.
Curioso , no início da época, ele contava ser emprestado, havia muito jovens da formaçãom no plantel.
Allison selecionou um pequeno grupo e mando-os "dar toques". No fim disse, tu ficas, tu não. Carlos Xavier, em boa hora, ficou.(foi contado pelo próprio, mais coisa menos coisa . Isto decorreu enquanto a equipa principal treinava. Allison tinha olho de lince!).
SL
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De Leão Zargo a 27.12.2020 às 17:45

"Big Mal" era Grande!
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De Leão do Norte a 27.12.2020 às 17:20

Para além de dois excelentes jogadores, um exemplo de sportinguismo!
Dedicação e profissionalismo, associados à qualidade individual.

Realço também John Toshack. Outro exemplo de como o Sporting "queimava" treinadores, independentemente da sua qualidade.

Ainda hoje não acredito como o "fabuloso" plantel de 94/95, ou o de 93/94, não foram campeões!
Tantos quilómetros percorridos por este país fora, no apoio à equipa, para tamanha desilusão no final.
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De Leão Zargo a 27.12.2020 às 17:51

Na entrevista à Tribuna Expresso Oceano afirma que "tínhamos uma equipa extraordinária, a melhor equipa de sempre que o Sporting teve e curiosamente só ganhámos uma Taça de Portugal".
Entre outras coisas, Oceano recorda a célebre arbitragem de Jorge Coroado no jogo em Chaves (2-2) e a azia que o árbitro disse ter!
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De Leão do Norte a 27.12.2020 às 18:41

Foi a época em que o Sporting foi ganhar à Luz por 2-1, e a FPF mandou repetir o jogo, alegando que o árbitro (Jorge Coroado) se tinha enganado ao expulsar o argentino Caniggia do Benfica.
Chegou mesmo a realizar-se um jogo de repetição, com o Benfica a ganhar por 2-0. Mas a FIFA acabou com a palhaçada e mandou anular o jogo.

Só mesmo ao Sporting é que fazem estas coisas. São reveladoras do descaramento e da total falta de respeito.
Para aqueles que dizem que o Sporting se queixa sem razão, só imagino o que aconteceria se semelhante episódio ocorresse com a sua equipa!
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De Leão Zargo a 27.12.2020 às 19:27

Uma época em que muita coisa má aconteceu ao Sporting. E de uma tragédia. Foi a época da queda do varandim que provocou a morte de dois adeptos sportinguistas.
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De Carlinha MR a 27.12.2020 às 18:58

Adoro ler esta rubrica, relembro alguns factos, aprendo muito!
Obrigada LZ, beijinhos festivos e...leoninos, claro!

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