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Ser Sporting não se implora, não se ensina, não se espera, somente se vive... ou não.

Assistir à construção de uma grande equipa faz parte do fascínio pelo futebol. Entre nós, sportinguistas, há um sentimento de privilégio quando vemos Rúben Amorim esculpindo este novo tempo leonino feito de uma feliz simbiose de experiência e irreverência e de criatividade e eficácia. Esta época, o registo de 20 vitórias e 4 empates em 24 jornadas constitui o segundo melhor de sempre na história centenária do Clube. Em 1946-47 os leões obtiveram 21 vitórias em 24 jogos, mas cederam 2 derrotas e 1 empate.
Com a contratação de Vasques e Travassos, a temporada de 1946-47 foi a primeira dos “Cinco Violinos”. Uma das melhores equipas leoninas de sempre, muito goleadora (123 golos em 26 jogos, uma média de 4,7 por jogo no Campeonato), com um futebol ofensivo em que a bola ia de jogador para jogador e todos se movimentavam de forma assertiva, organizada, multiplicando as linhas de passe. Por o Stadium de Lisboa estar em obras de renovação, o Sporting utilizou o Campo Lumiar A emprestado pela CUF, mas conquistou com superioridade os títulos de Campeão Nacional e de Lisboa, não repetindo o “tri” de 1940-41 apenas porque não se disputou a Taça de Portugal.
Rúben Amorim afirmou há alguns dias que o Sporting está a construir uma equipa para os próximos anos. Lendo a garantia do nosso treinador recordei-me de 1946-47 e da primeira época dos “Cinco Violinos”. Talvez seja de novo o início de uma era no futebol português.
Na fotografia, a equipa do Sporting que venceu o FC Porto por 4-2 no Estádio do Lima na 17ª jornada do Campeonato Nacional 1946-47:
Em cima - João Azevedo, Manecas, Veríssimo, Canário, Robert Kelly (treinador), Barrosa, Manuel Marques (enfermeiro-massagista), César Vitorino (director) e Álvaro Cardoso;
Em baixo - Jesus Correia, Vasques, Peyroteo, Travassos e Albano.
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