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Ser Sporting não se implora, não se ensina, não se espera, somente se vive... ou não.
Quando é pronunciado o nome de certos atletas logo o associamos a determinado clube. É o caso de Leonel Miranda que em 1964, ainda amador, ingressou na secção de ciclismo do Sporting e passou a profissional um ano depois. Era um ciclista invulgarmente completo, muito competente em diversos tipos de terrenos e de provas.
Participou em dez edições da Volta a Portugal, sempre pelos leões, tendo como melhor classificação um 3º lugar. O facto de ser um “equipeer”, nomeadamente o fiel escudeiro de Joaquim Agostinho, explica que nunca tenha conquistado a prova rainha. Mesmo assim, ainda ganhou vinte e oito etapas da Volta e foi cinco vezes “Rei da Montanha”, seis vezes Camisola Verde, três vezes vencedor do Prémio Combinado e por quatro vezes vitorioso nas Metas Volantes.
Foi ainda Campeão Nacional de Rampa em 1966 e de Velocidade em 1971, para além de ter vencido o Lisboa-Porto de 1968 e o Porto-Lisboa de 1974, entre outras grandes vitórias. Acompanhou Joaquim Agostinho na primeira equipa de Gribaldy e correu uma Volta à Suíça e uma Volta à Espanha. Participou ainda cinco vezes no Campeonato do Mundo e duas vezes na Volta ao Estado de S. Paulo, obtendo um 3º e um 5º lugar nesta prova. Em 1967, o Sporting distingui-o com o Prémio Stromp na categoria de Atleta Profissional.
Esta fotografia é muito recente e foi feita no Museu Sporting, onde Leonel Miranda é uma presença frequente. Na verdade, um leão regressa sempre ao seu território. Há como que uma duplicação, afinal trata-se de uma fotografia dentro da fotografia, o que permite uma dupla leitura do célebre ciclista leonino que segura nas mãos o nº 822 do jornal Sporting que anuncia na primeira página a conquista do Campeonato Nacional de Rampa em 1966, com a sua foto vestindo o “jersey” de Campeão Nacional.
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