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Ser Sporting não se implora, não se ensina, não se espera, somente se vive... ou não.
Ferenc Mészáros é um dos maiores guarda-redes que vestiram de leão ao peito. Tinha 31 anos quando foi contratado pelo presidente João Rocha no Verão de 1981. A baliza sportinguista vivia numa certa orfandade desde a saída de Damas para Espanha em 1976 e o internacional húngaro era considerado um dos melhores do Europa na sua posição. Havia vários clubes europeus interessados nos seus serviços, mas optou pelo Sporting. Mais tarde explicou ao jornalista Rui Miguel Tovar que foi “porque já conhecia o clube por dentro, (…) em 1975-76, tinha jogado em Alvalade pelo Vasas e fiquei espantado com o apoio do público”.
Desde logo, Mészáros criou grande entusiasmo em Alvalade. Pelo seu currículo na selecção húngara e pela sua elegância em campo. Tinha um visual muito particular com um bigode inconfundível, muito característico. Relativamente alto (1m e 83cms) agigantava-se pelo posicionamento, concentração e reflexos na baliza e pela agilidade e impulsão. Tinha voz de comando, falava muito, orientava sempre os companheiros da defesa. Era espectacular nas saídas da grande área para pontapear a bola para longe e provocou grande surpresa no início quando fazia lançamentos da linha lateral.
Na sua área ele é que mandava e quando saía tinha de dominar a bola. Sabia que não podia dar hipóteses, que os adversários não perdoavam. Era de grande valentia nas saídas aos cruzamentos e aos pés dos avançados que se isolavam. Tinha aquele grão de loucura que é próprio dos guarda-redes. A fotografia refere-se a um jogo em Portimão na época de 1982-83 saindo do campo amparado por Manuel Marques. Aos 42 minutos de jogo, numa saída arrojada da baliza, ficou com alguns dentes partidos e teve de ser substituído por Melo. Jogou apenas duas épocas no Sporting e conquistou um Campeonato Nacional, uma Taça de Portugal e uma Supertaça.
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