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Ser Sporting não se implora, não se ensina, não se espera, somente se vive... ou não.
Um derby é sempre um derby
O Benfica 1 – Sporting 2 disputado em 13 de Abril de 1986 aconteceu numa situação algo semelhante à do derby de hoje à noite. Na penúltima jornada do Campeonato Nacional, o Benfica liderava com dois pontos de vantagem sobre o FC Porto, mas os azuis e brancos tinham a vantagem nos jogos entre si. Por essa razão, o jogo adquiriu grande importância. O Sporting estava no 3º lugar.
No mês anterior, em Março, Benfica e Sporting defrontaram-se na Luz para a Taça de Portugal. Os encarnados venceram por 5-0, mas o resultado foi enganador. É que marcaram três golos nos últimos cinco minutos, dando uma expressão invulgar ao marcador. Fernando Martins, o presidente benfiquista, cavalgou uma onda de euforia excessiva e ironizou sobre os jogadores sportinguistas.
O Estádio da Luz estava cheio que nem um ovo no jogo crucial. Com 120 mil adeptos. A fotografia refere-se ao momento de entrada dos leões em campo. Decididos a esclarecer algumas pessoas sobre a qualidade do seu futebol. Morato (11 minutos) e Manuel Fernandes (22 minutos) calaram a Luz. Aquilo “mais parecia um túmulo”, disse depois Manuel José. O Sporting venceu esse derby.
No final do jogo, no balneário leonino, havia o sentimento de cumprimento do dever. Grande alegria, mas o maior entusiasmo era do presidente João Rocha que entrou para baixo dos chuveiros de fato e gravata para abraçar os jogadores. Os benfiquistas tinham-se esquecido de que um derby é sempre um derby.
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