Saltar para: Post [1], Comentários [2], Pesquisa e Arquivos [3]
Ser Sporting não se implora, não se ensina, não se espera, somente se vive... ou não.
Vadinho, “minino da mamãe”
Osvaldo Cordeiro, conhecido por Vadinho, foi um avançado-centro, vindo do Vasco da Gama, que tinha uma técnica refinadíssima e jogou no Sporting entre 1957 e 1961. A primeira época foi muito boa para o ex-vascaíno. Apenas o “violino” Vasques marcou mais golos do que ele. Era mesmo bom de bola, um ás do esférico, que com um movimento interior, uma diagonal, levava o perigo à grande área adversária. Teve uma tarde de glória num Sporting 6 – FC Porto 1, em 24 de Janeiro de 1960, com uma exibição de sonho e um hat-trick fulminante.
Para além de um jogador muito tecnicista, era aquilo a que os brasileiros chamam de “cara legal”. A conquista do título de Campeão Nacional em 1957-58 foi o maior momento que Vadinho viveu no Sporting. Na festa da vitória disse de rompante para um microfone da rádio que estava por perto: “Dedico esta vitória para a mamãe…”. Desmaiou no momento seguinte, tal foi a emoção provocada pelo sucesso no Campeonato.
Vadinho não repetiu a época promissora de 1957-58. Por azar houve sempre diversos problemas, muitas coisas complicadas, atrasos relacionados com isto ou com aquilo, nomeadamente por causa da “mamãe” que vivia no Brasil. No entanto, generosos, os sportinguistas compreenderam-no e passaram a chamar-lhe carinhosamente o “minino da mamãe”. E assim ficou até ao seu último dia em Alvalade em Junho de 1961.
A subscrição é anónima e gera, no máximo, um e-mail por dia.