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Ser Sporting não se implora, não se ensina, não se espera, somente se vive... ou não.
José Pérides
José Peridis (Pérides) nasceu em Moçambique em 1935, filho de um emigrante grego que por lá se fixou. A revista Ídolos do Desporto chamou-lhe o “Luso-Grego de Tete”. Veio para Portugal em 1953 para jogar nos juniores da Académica, o Sporting contratou-o três anos depois e foi leão até 1964, com uma curta passagem pela Covilhã. Era um médio interior e extremo tecnicista e criativo, mas bastante irregular. Com o tempo recuou alguns metros no terreno para funções menos atacantes.
O treinador Anselmo Fernandes não ficou satisfeito com a prestação defensiva do Sporting na final com o MTK que terminou empatada a 3-3. Por essa razão, questionou os jogadores sobre quem dava mais confiança à defesa, o Pérides ou o Bé. O luso-grego mereceu a confiança dos companheiros e avançou para a finalíssima.
Numa bola parada, Pérides encolheu-se e não saltou com o jogador que tinha de marcar, que cabeceou sem oposição e só não fez golo por acaso. A bola saiu mesmo junto ao poste. Consta que o guarda-redes Carvalho lhe deu uma estalada, mas o capitão Fernando Mendes resumiu tudo da seguinte maneira: “agarrámos-lhe no pescoço e chamámos-lhe filho de tudo e mais alguma coisa. Aquilo foi uma cena mesmo canalha, ‘pusemos-te aqui dentro e agora tens de cumprir’. Ele lá reconsiderou e melhorou muito.” (in “Estórias d'Alvalade”, de Luís Miguel Pereira). Curiosamente, a finalíssima de Antuérpia foi o seu último jogo com a camisola leonina, pois assinou contrato pouco tempo depois pelo Benfica.
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