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Ser Sporting não se implora, não se ensina, não se espera, somente se vive... ou não.
Quando o “leão” Soeiro foi recebido no Barreiro com música e foguetes
Pode um jogador de futebol marcar um póquer de golos ao principal clube da sua terra natal e ser lá recebido com música e foguetes? A resposta certa é a de que pode, pode sim senhor, desde que ao reconhecimento do valor do filho da terra se acrescentem sérias razões de rivalidade clubística. E que, evidentemente, seja lá bem-vindo o clube onde joga o filho da terra.
Foi o que se passou com Manuel Soeiro (no Sporting de 1933 a 1945) depois de uma disputadíssima final com o Barreirense para o Campeonato de Portugal, em 1934. Nesse jogo, foi o único marcador de golos pelos de verde e branco numa difícil vitória por 4-3, que ficou na história como o “Póquer de Soeiro”. Antes de vestir a camisola sportinguista, ele tinha brilhado com a do Luso do Barreiro de 1928 a 1933, e os leões possuíam uma grande falange de adeptos na vila operária. Foi, portanto, uma grande festa homenagem a Manuel Soeiro e uma manifestação de entusiasmo leonino… apimentada pela rivalidade entre os dois clubes do Barreiro.
Ficha de jogo:
Final do Campeonato de Portugal (1933-34)
Sporting 4 - Barreirense 3
Stadium de Lisboa, 8 de Julho de 1934
Árbitro: David Costa (Porto)
Barreirense: Francisco Câmara; Leonel e José da Fonseca; António de Carvalho, Raul Batista e Vieira; Raul Jorge, Pedro Pireza, José Correia, João Pireza e António Nunes
Treinador: Augusto Sabbo
Golos: António Nunes (9m), João Jurado (p.b., 31m ou 75m, conforme as fontes) e Pedro Pireza (73m)
Sporting: Joia; João Jurado e Joaquim Serrano; Correia, Rui Araújo e António Faustino; Adolfo Mourão, Vasco Nunes, Manuel Soeiro, Manuel Martins “Reynolds” e Agostinho Cervantes
Treinador: Rodolf Jenny
Golos: Soeiro (38m, 40m, 68m e 95m)
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