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Ser Sporting não se implora, não se ensina, não se espera, somente se vive... ou não.
A segunda edição de comentários humorísticos sobre as performances de alguns jogadores do Sporting no jogo de domingo passado, diante o Vitória de Guimarães, da autoria de Rogério Casanova - jornal Expresso:
Um pilar de concentração durante 89 minutos e 55 segundos do tempo regulamentar: inultrapassável no jogo aéreo; intercepção crucial ao minuto 57, desviando um cruzamento que daria golo; e ainda acrescentou ao seu invisível currículo mais quatro ou cinco daqueles cortes popularizados por Ricardo Carvalho, e só ao alcance de defesas-centrais munidos de dois joelhos em cada perna. Nos cinco segundos restantes deu meio centímetro de espaço a um avançado que não marcava desde Outubro, pelo que evidentemente com oSporting.
Demonstrou a habitual inteligência e eficácia no acto eleitoral de Sábado, depositando certamente os seus quatro votos no melhor candidato, e cumprindo assim o seu dever mais importante neste fim-de-semana.
Várias incursões perigosas pela direita, em que se escapou sempre em velocidade à atenção dos marcadores directos como se fosse uma quantia de 10 mil milhões de euros a caminho das Ilhas Caimão. No geral, fez um jogo um pouco acima do que vinha fazendo nas últimas semanas, não porque tenha produzido mais momentos de desequilíbrio, mas porque o somatório das suas intervenções não-desequilibrantes foi mais positivo, em especial na gestão dos ritmos da manobra ofensiva (excepto nos raros deslizes em que passou a bola a Schelotto, o que em termos de gestão de ritmos é o equivalente a esbardajar um relógio contra a parede).
Admito que possa ser um exagero, mas se contabilizarmos apenas as intervenções fora da área de finalização, pareceu-me que fez a melhor exibição desde que chegou. É possível que tenha sofrido uma crise de meia-idade a meio da semana, daquelas em que uma pessoa se olha ao espelho, faz perguntas retóricas, e decide mudar de vida – experiências que costumam envolver a contemplação melancólica de salões de tatuagens, algumas experiências inconclusivas com guitarras acústicas, e uma viagem à Índia. Em vez disso, Dost resolveu assistir em vez de marcar, e dedicou-se a ser o médio mais esclarecido da equipa, o que, especialmente na segunda parte, fez todo o sentido.
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