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Futebol com (pouco) humor à mistura

Rui Gomes, em 06.04.18

 

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Substituído prematuramente aos 20 segundos, deixando no seu lugar a cratera fumegante onde outrora, em tempos mais inocentes, a auto-estima de Sebastián Coates existia e respirava e fazia planos para o fim-de-semana. Não fez... não fez um bom jogo.

 

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A dupla de centrais que formou com Cratera Fumegante tinha uma tarefa complicada pela frente: um duelo de noventa minutos com uma dupla de avançados que incluía Douglas Costa. Pode dizer-se que superaram a primeira prova em qualquer confronto com Douglas Costa, na medida em que não levaram um pontapé no peito, uma joelhada nos testículos ou uma cotovelada nas trombas. Nas provas subsequentes - não entregar bolas ao adversário, não falhar cortes fáceis, não perder na antecipação, etc - estiveram ambos um pouco aquém do desejado.

 

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A época tem-lhe corrido bem em termos de sorteios e calendário, providenciando-lhes várias oportunidades de passear por territórios amigos (Barcelona, Luz, Porto, Braga, estádio do Atlético Madrid) e dessa forma enriquecer o seu considerável espólio de isqueiros. Hoje, contra todas as expectativas, não recebeu brindes da bancada, apesar do esforço que dedicou à actividade que melhor pratica depois de jogar futebol: irritar as pessoas que estão a ver futebol. Deu o tudo por tudo quando improvisou uma vasectomia a Griezmann na segunda parte, mas os adeptos da casa não se irritaram o suficiente e a única coisa que conseguiu foi ver o amarelo que o afasta do jogo seguinte. Quando hoje fumar o último cigarrinho do dia, vai ter de usar fósforos.

 

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Ah, Bas Dost, o anjo exterminador, brandindo um gládio em chamas: o seu olho lúcido expõe todos os vícios secretos: dele, dos colegas, de quem os treina, de quem os vê. É como se toda a manobra colectiva se apresentasse perante um tribunal revolucionário: "tu, o que fazes aqui?", "tu, estás a tentar passar a bola a quem?, "tu, onde é que estavas no minuto 72?", "tu, o que é que achas desta porra toda?". Não há boas respostas a qualquer uma destas perguntas, tal como não há boa resposta ao dilema filosófico que Dost representou ao longo de duas épocas: o que fazer, e como jogar, com alguém que parece a solução para todos os problemas em 40 jogos por época, e um problema sem solução nos restantes 10?

 

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Não sabemos exactamente onde foi parar a bola depois do remate que tentou ao minuto 92, a não ser que não acertou em nenhum dos dois alvos úteis naquelas circunstâncias: o fundo das redes, ou em cheio no smartphone do Presidente.

 

Texto de Rogério Casanova, jornal Expresso

 

publicado às 12:00

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2 comentários

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De Indiana Julio a 06.04.2018 às 14:06

Está-se a fazer aqui uma grande confusão e fazer-se passar a ideia que os jogadores de futebol estão imunes á critica publica feita pelos seus responsáveis sejam eles os seus treinadores ou mesmo os seus dirigentes .

Era só o que faltava os meninos coitadinhos escaparem ás criticas quando se portam muito mal.

Tenho a explicar o seguinte , nao se trata por ser Bruno de Carvalho o normal saco de treinos do boxeteclado da maioria que escreve neste blog, porque fosse ele presidente de outro clube em que os jogadores tiveram aquele comportamento de ontem em que todos vimos a minha opinião seria exactamente a mesma.

A maioria dos comportamentos dos jogadores nos jogos são comentados e quando á razão criticados entre portas fechadas , normalmente é assim que tem que ser feito mas á excepções quando esses comportamentos ultrapassam toda uma lógica corrente da falta de motivação , por falta de atitude , por erros tecnicos graves , por incumprimentos tacticos etc.

Agora quando os motivos é a pura falta de concentração inexplicável, há situações que só a critica publica pelos próprios responsáveis mexem com os jogadores .
Numa falta de atitude , de uma derrota pesada os jogadores podem ser surpreendidos por uma espera no balneário para o respectivo raspanete duro mas o que se passou ontem eles ja estariam á espera sem surpresa de uma eventual espera e estariam preparados para ela , igual a tantas outras que tiveram durante a sua carreira , resultado muito provávelmente entrava-lhes por um ouvido e saia-lhes por outro, só tinham que fazer aquelas caras tristes de comprometidos .
Ontem excepcionalmente mereciam algo mais algo que os surpreendessem , um puxão de orelhas publico do proprio responsável maximo pelo clube.

Sinceramente penso que deveriam ser os jogadores a virem pedir desculpa publicamente porque aquelas faltas de concentração que nao são admitidas em jogos de decisão de uma epoca como aconteceu ontem .
Nao foi falta de atitude porque até houve periodos de boa reação da equipa e até poderiam ter feito um golo foi pior que isso para um profissional a total falta de concentração em zonas proibidas e tambem as que originaram amarelos estupidos que retiram esses jogadores de poderem dar o seu contributo á equipa na 2 mão.

Quando neste tipo de erros grosseiros de alguns jogadores é facil, encostam-se durante um tempo para marinarem na responsabilidade que são obrigados a ter, o problema é que nao temos plantel nesta fase da epoca para os luxos de encosto , todos jogos são decisivos e os melhores é para isso que la estão e nao para serem encostados .Só tem uma solução a vergonha publica para que despertem , para que tenham em consciencia que a epoca ainda nao acabou.

Estou seguro que vão dar uma tremenda resposta contra o Paços de Ferreira depois deste abre olhos publico.
Sem imagem de perfil

De João Pereira a 06.04.2018 às 16:32

Acho sinceramente que as criticas são justas neste caso, os jogadores do Sporting encararam o jogo com falta de concentração, sem garra e displicência.
Mas o presidente do Clube / SAD devia dizer hoje aos jogadores e à equipa técnica o que pensa em Alcochete presencialmente, e nunca no Facebook.

A gestão de Recursos Humanos não se faz por Facebook ou qualquer outra rede social ou App.

É preferível ele fazer o que fez em Chaves à uns anos atrás do que vir para o Facebook desabafar.

e pior, ainda ligou para a CM Tv que tanto odeia para justificar o seu Post.

Mas concordo com o Júlio que as criticas são justas face ao que aconteceu, só não concordo com a forma com que foram "distribuidas".

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