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Ser Sporting não se implora, não se ensina, não se espera, somente se vive... ou não.
Mais um jogo em que o Sporting fez o suficiente para ganhar, é verdade, mas como quase sempre, sem nunca verdadeiramente parecer tranquilo na partida. Tanto assim, que com o jogo relativamente controlado e em superioridade numérica, permitiu ao Chaves igualar o marcador, em mais um lance de deficiente marcação defensiva, como tem vindo a ser o seu (mau) hábito.
O onze inicial do Sporting: Renan; Ristovski, Coates, Mathieu e Borja; Gudelj, Wendel e Bruno Fernandes; Raphinha, Acuña e Luiz Phellype.
Suplentes: Salin, Bruno Gaspar, André Pinto, Doumbia, Francisco Geraldes, Jovane Cabral e Pedro Marques.
Não me surpreendeu acertar mais uma vez no 'onze' de preferência de Marcel Keizer, não por eu ser um adivinha, mas pela previsibilidade do treinador do Sporting. Contudo, devo admitir que numa das questões que levantei no post sobre a convocatória, talvez ele tenha razão, porque Bruno Fernandes foi mais uma vez o melhor leão no relvado. Confesso que não sei o que seria desta equipa sem este magnífico jogador, que marcou o seu 14.º golo da Liga e o 25.º da época, correndo o risco de bater o recorde de Frank Lampard, enquanto no Chelsea, como o médio mais marcador numa só época (29 golos).
Este Sporting é uma "máquina" que necessita urgentemente de afinação e a dúvida se Marcel Keizer é o homem mais indicado para assinar essa obra persiste Reconhece-se que há jogadores que simplesmente não executam ao nível que se exige, mas a performance colectiva é invariavelmente pouco incisiva.
O facto do técnico continuar a insistir em serem os centrais a levar o jogo para o meio-campo do adversário torna a equipa muito mais vulnerável defensivamente em lances de transição, precisamente como se verificou no golo do Chaves, com a bola a cair nas costas dos centrais.
Destaque para a estreia de Luiz Phellype a marcar de "leão ao peito", e neste caso com um bis. Reconhece-se que não tem impressionado, mas talvez agora com menos pressão nos ombros possa mostrar outra qualidade de jogo.
Também acho que as substituições merecem análise crítica. Tanto Jovane como Doumbia deviam ter entrado mais cedo, e Borja devia ter continuado em jogo. Acuña esteve muito longe do seu melhor e Wendel chegou a um ponto que já não podia com as pernas. O amarelo de Gudelj terá complicado as contas, mas exigia-se outra dinâmica do meio campo.
Em análise final, não intentamos menosprezar de modo algum a vitória e os importantes três pontos, que permitem ao Sporting igualar o SC Braga na tabela classificativa, face à derrota da equipa minhota frente ao FC Porto.
Temos agora pela frente - quarta-feira - o dérbi com o eterno rival que vai decidir o futuro das duas equipas na Taça de Portugal.
Nota: Sobre a arbitragem de Manuel Mota - nosso velho conhecido - limito-me a opinar que tanto a falta que o jogador do Chaves cometeu sobre Raphinha, como o desarme de Ristovski não eram merecedores de expulsão. Mais uma vez questiona-se a qualidade da contribuição do VAR.
Segundo Beto Severo, o Sporting vai apresentar um recurso ao Conselho de Disciplina da FPF sobre o cartão vermelho exibido a Ristovski.
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