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Ser Sporting não se implora, não se ensina, não se espera, somente se vive... ou não.
"Trabalhar e vencer no manicómio que é o estádio de Alvalade é obra. Chapeau."
Alexandre Pais, a propósito do jogo Portimonense/SportinCP
Record
"Isto é uma tentativa de homicidio ao Sporting"
Rui Santos
Quem pensava que quase dois anos depois do assalto a Alcochete que este episódio estava arrumado, enganou-se redondamente. Alcochete continua bem vivo e presente na vida do Clube. Já é e continuará a ser um infame caso de estudo. Como é que uma minoria de associados/adeptos continua a perturbar o funcionamento normal do Sporting Clube de Portugal? Alguém já lhe chamou um clube de malucos. Pelo menos em relação a alguns a designação parece correcta. O facto é que utilizando outras formas o ataque ao Sporting vai tendo novos episódios.
O que se verificou na recém-manifestação de "antis" com violência gratuita à mistura, é apenas e tão só mais um desses episódios recorrentes. Quem são eles e o que pretendem? Numa aliança oportunista, distingo três grupos que se entrecruzam: as claques Juve Leo e Directivo XXI, os brunistas radicais com alguns descontentes ocasionais, os "abutres" sedentos de poder que na sombra manejam os seus fantoches, sem dar a cara.
Estão unidos num único objectivo em comum... derrubar a Direcção eleita há ano e meio. Mas têm objectivos próprios que os distinguem. As referidas claques com privilégios especiais há anos, que foram reforçados pela Direcção anterior, não se conformam com a sua perda. Lutam pelas regalias que possuíam em relação aos outros sócios, e que para alguns constituía um modo de vida. Lutam pelo poder de "governar" o Sporting CP, sem mandato legal. Muito para além do apoio ao Clube são antros de vícios, onde se inclui a droga.
A droga, como substância alucinogénia para produzir uma realidade omniparalela, pode assumir outras formas, a que se chamaria de droga psicológica, e que está presente desde os alvores da humanidade na forma de religiões radicais e alienantes. É responsável por ódios e guerras trágicas. Condiciona mentes humanas fracas, criando fantasias que as façam viver numa euforia permanente.
Um analista televisivo inseriu este comportamento recorrente dos brunistas nesse estado de felicidade artificial, criado pelos seu lider, durante o seu consolado. De facto, Bruno de Carvalho, recorrendo a um veículo viperino de populismo e demagogia, criou um ambiente eufórico, como uma religião, mantendo os seus seguidores constantemente "embriagados" numa felicidade sem correspondência com o dia a dia, e sempre dependente de um paraíso futuro. Embora como psicólogo de bancada a tese parece fazer sentido.
E sendo assim, o que acontece quando se tira a droga a quem dela depende?... Entra-se em período de carência e procura-se readquirir a droga perdida. Daí esta golpada permanente para restituir ao poder quem o faça, assuma a forma que assumir. Para isso, está provado, recorre-se a todos os meios incluindo a violência, inerente a estados de espírito alienados.
O que é que isto tem a ver com o Sporting e os seus interesses? Nada. O que é que tem a ver com resultados? Nada. O que é que tem a ver com o presidente se chamar Varandas ou outra coisa qualquer? Absolutamente nada. Apenas tem a ver com a recuperação da droga perdida, metaforicamente falando. O vício da droga sendo uma doença não se cura com paliativos.
Na sombra encontra-se, cinicamente, o grupo de oportunistas que apostam na degradação do ambiente do Clube, esperando que o poder caia na rua para o apanharem. Que é que isto tem a ver com a recuperação do Sporting? Nada. Tem haver com os seus interesses, e tudo têm feito para desestabilizar, como se provou aquando do lançamento do empréstimo obrigacionista.
É esta oblíqua convergência de interesses que gera o 'caldo de cultura' que alimenta este golpismo. O golpismo tem de ser combatido com muita coragem, mas só isso não chega. É preciso desmacará-lo, com verdade, com transparência, com provas irrefutáveis. É preciso agir com firmeza. Se não for assim é difícil ganhar esta batalha. E quem perde não é a Direcção eleita e com mandato legítimo por quatro anos. Quem perde é o Sporting CP e o futebol em geral. Como no antigo PREC está em causa a democracia. Por ela todos os sportinguistas de boa fé devem lutar.
P.S. : Nos últimos 25 anos o Sporting teve sete presidentes, cinco que não completaram o mandato, e 30 treinadores. Caso para reflexão. Será que o Sporting aguenta muito mais este percurso destrutivo?
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