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Ser Sporting não se implora, não se ensina, não se espera, somente se vive... ou não.
Nem sei bem como começar esta crónica, tal a minha indignação com aquela injusta decisão, aos 90'+2, que ofereceu - literalmente - a vitória ao Schalke 04, por 4-3, sobre o Sporting.
O "azar (?)" nunca anda sozinho e num jogo em que a equipa leonina liderava, por 1-0, com o golo de Nani, aos 16', e sentia-se confortável no terreno, tudo mudou em apenas 10 minutos: a lesão de Slimani aos 24', que levou à sua substituição por Montero; a expulsão de Maurício - acho o segundo amarelo de critério excessivamente rigoroso, mas o defesa brasileiro devia ter tido mais cautela, sabendo que já jogava com um cartão; e, por fim, aos 34', o golo do empate do Schalke 04, num lance em que Rui Patrício foi mal batido, ao deixar a bola fugir-lhe das mãos para dentro da baliza.
Em situação de inferioridade numérica, o terceiro golo alemão acabaria por surgir num lance de bola parada, aos 51'; acho que foi Naby Sarr que foi batido pelo cabeceamento do capitão do Schalke 04. Mesmo em clara desvantagem, grande mérito para a equipa leonina que nunca baixou os braços e deixou de lutar pelo resultado, desempenho que acabaria por ser premiado quando falta para grande penalidade é sofrida por André Carrillo, para execução com perfeição por Adrien Silva, aos 64', para reduzir o marcador.
O bem merecido golo do empate surge pelo cabeceamento de Adrien Silva a excelente cruzamento de Cédric Soares, aos 78'. Ainda assim, o Sporting continuou a pressionar na procura do golo da vitória, quando aos 90+2 minutos é assinalada uma injusta grande penalidade por suposta infracção de Jonathan Silva. Corrigem-me se vi mal, mas fiquei com a ideia de que a bola vai à cara do defesa argentino e daí ressalta para o braço, sem movimento voluntário por parte deste. O árbitro nada assinala, mas o juiz de baliza decidiu intervir e indicar a falta para grande penalidade.
É verdade que alguns erros foram cometidos, mas no todo do jogo assistiu-se a uma clara demonstração da grande garra desta equipa do Sporting, que mesmo confrontada com diversas adversidades, nunca perdeu a concentração, a organização de jogo e o querer vencer. Merecia melhor sorte e uma arbitragem mais competente e imparcial.
Acho que não devemos individualizar num desafio em que prevaleceu o colectivo. Hoje, mais do que nunca, mesmo em derrota, Marco Silva convenceu-me quanto à qualidade do seu trabalho no Sporting.
Adenda: Já tive ocasião de rever o lance da grande penalidade, diversas vezes, e confirma-se, de modo esclarecido, que a bola não faz contacto algum com o braço de Jonathan Silva, somente com a cara.
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