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Ser Sporting não se implora, não se ensina, não se espera, somente se vive... ou não.
Começo a escrever esta crónica escassos minutos depois do minuto final e não tenho palavras para verdadeiramente descrever o que me vai na alma. Rui Patrício, que não fez uma única defesa ao longo dos 90+5' de jogo, acabou por sofrer um golo mesmo ao fechar do pano, num lance sem nexo, com a bola solta na área do Sporting e Jardel a aproveitar o remate. Se isto não é pura infelicidade, não sei o que é.
Foi um Benfica completamente defensivo que se apresentou em Alvalade - Lima e Jonas praticamente não se viram no jogo. As estatísticas da primeira parte: 50 por cento posse de bola, 20 ataques do Sporting contra 14 do Benfica, 4 remates contra um e 7 pontapés de canto sem nenhum pelos encarnados - aliás, o Benfica executou o seu primeiro e salvo erro único pontapé de canto aos 80' -, não ilustram esclarecidamente a superioridade do Sporting. Lamentavelmente, a equipa leonina não conseguiu converter essa superioridade em golos.
A defesa do Sporting este impecável, e quando digo "defesa", não me refiro somente ao quarteto mais recuado. O Benfica não teve uma única oportunidade flagrante para golo ao longo do jogo, salvo o lance fortuito aos 90+4'.
No meu entender, todos os jogadores do Sporting estiveram em muito bom nível, com William Carvalho a fazer um jogo fantástico. Sem dúvida alguma, o William que vimos na época passada. Não quero ser negativo perante a exibição a que assistimos, mas acho que o elemento menos consequente da equipa foi Fredy Montero. Muito embora seja verdade que não fizemos jogo suficiente pelo corredor central - como já é (mau) hábito - não incomodou a defesa benfiquista o suficiente e não surgiu com nenhum lance de inspiração. Acho que Tanaka devia ter entrado mais cedo.
A falta de criatividade e profundidade pelo meio do terreno, terá sido o aspecto mais fraco do jogo do Sporting. Os necessários desequilíbrios não foram criados - era necessário dar mais espaços para Nani e Carrillo - e as manobras pelas alas com os inevitáveis cruzamentos foram muito pouco consequentes, especialmente pela ausência de capacidade no jogo aéreo, face à lesão de Slimani.
Como é evidente, este resultado foi um mal menor para o Benfica e acabou por beneficiar o FC Porto, que se coloca agora a quatro pontos do líder, com três de vantagem sobre o Sporting, que continua a sete pontos do primeiro lugar. Não é impossível, claro, mas vai ser muito difícil recuperar esta diferença na tabela classificativa.
Na minha opinião, Jorge Sousa fez uma boa arbitragem e não cometeu erro algum com influência directa no resultado final.
Não houve falta de apoio: 49,076 espectadores, a maior assistência de sempre no actual Estádio José Alvalade.
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