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Ser Sporting não se implora, não se ensina, não se espera, somente se vive... ou não.
Bruno de Carvalho será o novo "rei" de Alvalade, depois da coroação que teve lugar na Assembleia Geral no sábado, mas a essência nociva do personagem mantém-se intacta. O dia em que não está em pé de guerra com algo ou alguém, em nome do Sporting, não é dia útil, para ele.
Não satisfeito com o apelo que fez na reunião para todos os sportinguistas boicotarem todos os meios de comunicação social, deu ordens no sentido de proibir os atletas leoninos de terem contacto e prestarem declarações a jornalistas.
O meu colega Leão Zargo abordará este tema mais extensivamente num outro post, durante o dia, mas não podia deixar de referir que foi precisamente isto que ocorreu com a equipa feminina de atletismo após a conquista do Campeonato Nacional de Clubes de pista coberta que teve lugar este domingo, em Pombal, assim como com a equipa de ciclismo no final da Volta ao Algarve, no alto do Malhão, em Loulé.
Curiosamente, no entanto, Jorge Jesus deu a conferência de imprensa de antevisão ao jogo com o Tondela, muito embora não seja regulamentar. Porém, a RTP, SIC e TVI decidiram, num acordo conjunto, não transmitir em directo a conferência de imprensa, marcando presença apenas para gravar imagens.
O outro cenário que está em curso, que até dá para rir, é o dilema dos comentadores afectos ao Sporting nos programas televisivos de desporto, nomeadamente Manuel Fernandes, Augusto Inácio, José de Pina e Octávio Machado. Surpreendentemente, o único que falou com alguma noção da realidade foi o último:
"É um princípio que pode começar a ser grave para o Sporting. Os patrocinadores, os investidores, não tiveram direito a ver as marcas que patrocinam. Depois a NOS, com a qual o Sporting fez um contrato maravilhoso. Ao boicotar as audiências, está a boicotar tudo isso, porque os investidores vivem da publicidade das marcas. Estou expectante para ver os prejuízos. E mais preocupado estou com a UEFA, porque não permite situações destas. Espero e desejo que acabe depressa, porque isto viola todos os princípios e é uma decisão que pode custar caro. Se vou deixar o programa? Antes de ir para o Sporting já cá estava. Não confundo Bruno de Carvalho com o Sporting. Acho que responde à pergunta. Ninguém pode ou deve estar - ou tentar pôr-se - acima do Sporting. Muito menos o grande líder. Apoiar a equipa amanhã em Tondela é que é militância. Mas para o grande líder isso não é militância. Para ele é: ‘saiam dos programas porque eu é que mando’. Não sei se vou ser atirado aos cães ou não, nem me importo, porque sou muito duro de roer e podem partir os dentes. Somos pessoas livres."
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