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Ser Sporting não se implora, não se ensina, não se espera, somente se vive... ou não.
... Ou, então, a insuficiência é inteiramente minha, dado que após bastante reflexão não consigo compreender os contornos da contratação de Bruno César, pelo menos nos moldes que nos foram explanados. Ora vejamos, novamente, o comunicado da Estoril SAD:
«A Estoril Praia Futebol, SAD informa que acordou com o atleta Bruno César a rescisão do contrato, conforme condições contratuais estipuladas aquando da assinatura do mesmo no último mês de Agosto. Mais se informa que os detalhes financeiros não serão divulgados, tendo estes sido acertados exclusivamente entre o atleta e o Estoril Praia.
Em momento algum o Estoril Praia foi procurado ou negociou a transferência do jogador Bruno César com o Sporting Clube de Portugal.
A Estoril Praia Futebol, SAD deseja as maiores felicidades ao jogador Bruno César neste novo desafio da sua carreira e agradece pela sua dedicação e profissionalismo com os quais representou as cores do Estoril Praia.»
Não houve negociações entre clubes, isso é claro, segundo o comunicado. O Estoril negociou com o jogador, este ficou livre e, subsequentemente, assinou pelo Sporting. A questão que mais me intriga é o porquê da rescisão com o Estoril e ainda por cima a mês e meio da abertura do mercado de transferências. O Estoril também indica que "em momento algum foi procurado", deixando a ideia de que o jogador rescindiu sem contacto prévio com o Sporting, porque para haver, a autorização do Estoril era necessária. Acreditar que o jogador rescindiu, só porque sim, para depois por mera casualidade aparecer o Sporting interessado nos seus serviços, é que não me parece credível.
Outra questão que ficou por revelar relaciona-se com as condições contratuais estipuladas no acordo entre o jogador e o Estoril que, aparentemente, permitiram-lhe esta invulgar opção.
Tendo em conta que ainda serão disputadas quatro jornadas da I Liga até ao fim do ano e nenhuma entre o Sporting e o Estoril, porque razão a "transferência" não podia esperar até ao início de Janeiro, evitando, portanto, o jogador estar sem jogar durante este período ?
Tudo me indica que há aqui uma terceira entidade envolvida neste negócio, não divulgada nem explanada. Não faço ideia quem seja nem a sua importância, mas estas coisas não sucedem por mero acaso nem com toda esta simplicidade.
Se um qualquer leitor tiver uma compreensão deste caso muito mais esclarecida do que a minha, até agradeço a explicação, tanto para o meu benefício como, porventura, para o de outros leitores.
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