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Jogos Olímpicos: as primeiras medalhas

Naçao Valente, em 13.08.24

Terminaram os últimos Jogos Olímpicos de verão (Paris). Portugal conseguiu 4 medalhas. Embora o futebol congregue o apoio da grande maioria dos adeptos do desporto, a conquista de medalhas olímpicas, enche-nos de satisfação e orgulho. Portugal, dada a sua dimensão territorial não pode rivalizar, neste aspecto, com os grandes países, mas pode e deve fazer melhor, sobretudo na luta com as nações da sua dimensão. Uma política de investimento nacional no desporto em geral é fundamental.

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Portugal esteve presente nas olimpíadas pela primeira vez em 1912 e ganhou a primeira medalha em 1924 na modalidade do hipismo. Outras medalhas se seguiram na esgrima, na vela, no tiro. A primeira medalha no atletismo foi conquistada em 1976, por Carlos Lopes, ao conseguir o segundo lugar nos 10.000 metros, em Montreal. Em 1984, em Los Angeles, havia de ganhar a maratona e trazer a primeira medalha de ouro, para Portugal. A esse propósito declarou:

"Sabia que era a última oportunidade que eu tinha para ser campeão olímpico. Porque com 37 anos e meio dificilmente estaria noutros Jogos com a mesma capacidade e com a mesma resistência... Foi uma luta tremenda".

E se não podemos esquecer estes feitos individuais, temos de reconhecer que representam um trabalho colectivo da secção de atletismo do Sporting Clube de Portugal, dirigida pelo grande mestre Mário Moniz Pereira.

Outros atletas lhes seguiram os passos, tais como Rosa Mota e Fernanda Ribeiro, mas parece ter sido um processo inconsequente, que não teve continuidade. Hoje o SCP continua a ser uma referência no atletismo nacional, mas a formação de atletas de grande gabarito, exige um trabalho de fundo permanente do comité olímpico, na captação e formação de atletas. Releve-se alguma melhoria nos últimos anos , mas é necessário fazer muito mais.

publicado às 03:04

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32 comentários

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De Miguel a 13.08.2024 às 05:03

Parece tudo fácil. A verdade é que os homens de excepção fazem a diferença. O prof. Mário Moniz Pereira foi o obreiro do período de ouro do atletismo português.
Uma das maiores figuras da História do Sporting. Inesquecível.
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De FF a 13.08.2024 às 08:35

Bom-dia,
Congratulo-me com o feito dos atletas portugueses, lamentando apenas que nenhum dos 17 leoninos tenha logrado conquistar qualquer medalha.
Estas Olimpíadas ficarão para a História como uma das piores da era moderna, por terem sido politizadas e discriminatórias, em flagrante violação do Princípio Olímpico preconizado pelo Barão Pierre de Coubertin (promover a Paz e a Concórdia entre os povos através da Educação e do Desporto).
O promotor do país anfitrião, indivíduo sem moral, obcecado pela guerra (a guerra é muito doce para quem nunca a experimentou - Elogio da Loucura - Erasmo de Roterdão).
Há 2500 anos, Confúcio enfatizou a importância dos governantes serem pessoas de elevado valor moral para o bem-estar dos governados.
Pràticamente em todo o mundo actual todas as pessoas que exercem funções governativas encontram-se em nível inferior de moralidade.
Porém há duas excepções: o Papa Francisco e o Presidente Lula da Silva..
Em minha opinião, claro.
FF
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De Carlos N.T. a 13.08.2024 às 09:03

Gostei e concodei muito do seu comentário mas...... terminar com loas aos.. Lula da Silva🥴😲😵‍💫😰
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De enterra a 13.08.2024 às 09:59

"O promotor do país anfitrião, indivíduo sem moral, obcecado pela guerra (a guerra é muito doce para quem nunca a experimentou"

LOL! Dá vontade de rir!

Então a França, o país promotor, nunca experimentou a guerra?! A 2ª. guerra mundial passou-se onde?
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De FF a 13.08.2024 às 11:24

Bom-dia,
Apenas lhe respondo para chamar-lhe a atenção que me referi ao presidente do país e não à França, país no qual tenho as minhas raízes.
FF
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De FF a 13.08.2024 às 11:30

Apenas lhe respondo para chamar-lhe a atenção de que me referi ao presidente do
país e não à França, país no qual tenho as minhas raízes, que remontam ao século XI.
FF
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De FF a 13.08.2024 às 11:33

Dispenso as suas lições de "História"
FF
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De enterra a 13.08.2024 às 14:11

Tretas "snobistas"!

No caso da França, ninguém pode excluir o Chefe de Estado da organização dos Jogos Olímpicos... Só o faz, quem não conhece nada em como funciona o Estado francês.

Mais uma vez, perdeu a oportunidade de a manter fechada.

Você tenta justificar-se da "bêtise" que escreveu, exibindo o seu snobismo, muito próprio de quem se considera ser superior aos seus semelhantes...pelo sangue!

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De Naçao Valente a 13.08.2024 às 15:49

Os Jogos Olímpicos também podem ser vistos como uma "guerra" entre povos e pessoas, mas de uma forma civilizada. Se todas as guerras se passassem nos estádios o mundo era um Paraíso.

O país organizador, não declarou nenhuma guerra nos tempos recentes. Viu-se envolvido, embora na retaguarda, como o espaço da UE. Não confundamos os promotores de guerras, com todos os políticos. Na Europa, fez-se um grande esforço, desde o fim da II Grande Guerra, para manter a paz, bem expressa na diminuição da despesa em armamento.
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De RCL a 13.08.2024 às 09:09

Perdeu o ouro para Lasse Viren que se alimentava de leite de rena
Parece que a história foi outra.

Carlos Lopes começou a preparar as medalhas na adolescência, em Viseu; acumulava os treinos com a profissão do pai, julgo que canalizador.
Ele deve muito a Muniz Pereira e ao Sporting mas deve mais a sua capacidade de trabalho, vontade hercúlea e carácter. Desde Viseu, onde ganhava todas as provas ,foi sempre um vencedor.
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De Carlos N.T. a 13.08.2024 às 09:21

A capacidade de trabalho do seu físico excepcional para o atletismo do grande e enormíssimo Carlos Lopes, é de elogiar, enaltecer... porém, não podemos esquecer que há muitos outros que igualmente têm essa capacidade e qualidades, mas não têm um Moniz Pereira para eleva-las ao olimpo dos deuses.
Por exemplo: Joaquim Agostinho!.
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De Naçao Valente a 13.08.2024 às 15:54

RCL

É verdade. Teve como adversário o poderoso Lasse Viren e tinha consciência disso. Desse modo, procurou ganhar-lhe vantagem, porque sabia que Varen era mais veloz na ponta final. Não conseguiu mas mostrou a sua fibra de campeão.
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De Carlos N.T. a 13.08.2024 às 09:09

Nação Valente,
Concordo consigo
O desporto em Portugal andou sempre ao sabor do vento.
As guerras de clubes, as guerras de egos, as guerras políticas, não auguram melhorias.

Moniz Pereira só há um,.... se bons ventos quiserem, outro aparecerá nos próximos 50 anos.
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De RCL a 13.08.2024 às 09:20

Certo mas será mais fácil aparecer outro Moniz Pereira do que Carlos Lopes.
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De Carlos N.T. a 13.08.2024 às 09:22

Não concordo, para nada.!
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De RCL a 13.08.2024 às 11:45

Carlos Lopes, Joaquim Agostinho e Cristiano Ronaldo foram e são casos únicos; só aparecem de 50 em 50 anos.

Quem tinha condições excecionais era Fernando Mamede. O caro enganou-se.
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De Carlos N.T. a 13.08.2024 às 12:58

RCL,
Enganei-me em que.?.
A minha experiência no desporto vivido diz-me: As condições atléticas excepcionais nascem com muitos. Aproveitados são poucos e as razões são as mais diversas.
Uma delas é na chamada idade de ouro desportiva(12/14 anos) não terem bons treinadores, mentores.
Na verdade, isto passa em todos os âmbitos da vida, desportiva ou outra.

Serà que o C.Ronaldo tivesse ficado na Madeira ou tivesse ele ido parar às mãos de outro treinador, seria o expoente máximo que é hoje?.
Será que o C.Lopes tivesse ficado em Viseu..... seria o atleta que foi?
Porque razão o super-ciclista J.Agostinho nunca ganhou nada de relevante fora de Portugal.?🤔
Porque razão nascer ou criar-se desportivamente nos Estados Unidos ou países que apostam no desporto é um passo agigantado para o sucesso?.

P.S. O Professor Mário Moniz Pereira fez de atletas bons, excelentes e dos excelentes craques mundiais.
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De Liondamaia a 13.08.2024 às 14:52

Mamede tinha, realmente, condições físicas excecionais, bastando atentar no seu recorde mundial dos 10.000 m, que perdurou por 5 (!) anos (1984 a 89 ?).
Lopes foi 2º nessa prova e terá sido nele e na rivalidade entre ambos, que Mamede se apoiou para cometer aquele feito de exceção.

Mamede era excecional fisicamente, mas claudicava emocionalmente, um problema que Moniz Pereira nunca conseguiu ajudar a resolver...
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De RCL a 13.08.2024 às 16:01


Corretíssimo
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De Carlos N.T. a 13.08.2024 às 18:06

Lindomania,

Pois eu acho que sim!. O Prof. Moniz Pereira resolveu em parte. Conseguiu que ele batesse recordes, nem que para isso, fosse preciso pôr o Carlos Lopes a fazer de "Lebre", directa ou indiretamente.

A questão mental é do foro da psicologia desportiva o que na altura, ainda não existia verdadeiramente e nem era a formação do Prof. Moniz Pereira, mas mesmo assim, ele desenrascava-se muito bem.
Fosse hoje, com os especialistas na matéria, quizás, tivessemos duas ou mais medalhas de ouro dessa época.

P.S. Um grande abraço a esses dois grandes atletas sportinguistas(sabemos que eles lêm o Camarote Leonino😁).
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De Carlos N.T. a 13.08.2024 às 09:27

Moniz Pereira fez grande aos Fernando Mamede, Alberto Adegalega, Aniceto Simôes, etc..etc..
Não é obra do acaso!.😉
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De Naçao Valente a 13.08.2024 às 16:02

Carlos N.T.

Os "Moniz Pereira" fazem parte daqueles seres excepcionais, que se vão da morte libertando e são raros.

De facto, como diz, o desporto, e não só em Portugal, não pode andar ao sabor do vento. Deve partir de uma ideia, de um projecto, de um processo, que ultrapasse clubes e personalidades. O actual desporto escolar, parece-me muito "coxo" e por isso, sem resultados assinaláveis.
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De Leão Zargo a 13.08.2024 às 15:14

Amigo Nação Valente

Agora, terminados os Jogos, durante alguns dias será motivo de comentários nos jornais e debates televisivos a necessidade de uma política de investimento nacional no desporto em geral. Depois, com o tempo, outros temas no desporto, e não só, ocuparão o espaço nobre das notícias e dos debates. É pena.

Recordar Carlos Lopes e o seu feito olímpico vem sempre muito a propósito. Foi um atleta precursor, que abriu horizontes a outros, mostrou que o sucesso é possível desde que se verifiquem determinadas condições emocionais e de treino. Lopes combateu a frustração e o fatalismo que condicionou outros grandes atletas portugueses antes dele.
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De Naçao Valente a 13.08.2024 às 16:14

Amigo Leão Zargo,

As boas prestações dos nossos atletas são sempre uma motivação para quem se quer dedicar à prática desportiva, sobretudo devido à sua grande visibilidade.

Mas como diz, são uma espécie de "fogo fátuo" que depressa se extinguirá. Como já se vê, o futebol com as suas vitórias e misérias, ocupará o espaço comunicacional.

A política de investimento não resultará se não for acompanhada de um projecto bem estruturado desde a base. Mas prevejo, que o assunto só voltará à baila, quando voltar a haver novos jogos.
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De RCL a 13.08.2024 às 16:09

Lopes teve uma lesão no tendão de Aquiles , muitos vaticinaram-lhe o fim da carreira. Até foi atropelado na estrada durante o treino ; nada impediu que continuasse a competir e Ganhar.
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De Leão do Norte a 13.08.2024 às 16:15

Amigo Nação Valente,

A política desportiva em Portugal, e o investimento a ela associado, traduz-se em bonitos discursos e processos de intenção.
Com as raras excepções da canoagem e do ciclismo de pista, que apresentam instalações e programas de desenvolvimento adequados, as restantes modalidades vivem do esforço dos clubes e do aparecimento "espontâneo" de atletas e técnicos excepcionais, o que por si só é insuficiente.
Carlos Lopes e o mestre Mário Moniz Pereira estão no topo dessa excelência, mas são a excepção que confirma a regra do insucesso na globalidade do desporto português.
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De Naçao Valente a 13.08.2024 às 16:45

Amigo Leão do Norte

É com satisfação que vejo o seu regresso a este espaço. Significa que melhorou do problema de saúde que teve que enfrentar, com êxito. No desporto, como na vida, são assim os vencedores.

No nosso desporto, como bem diz, as grandes vitórias dos nossos atletas, na maioria das modalidades, são resultado do esforço individual de alguns predestinados, que de tempos a tempos, levantam bem alto, o nome do nosso país.

De facto, nunca houve em Portugal uma política desportiva digna desse nome. O desporto nacional, entregue aos clubes desportivos, mais vocacionados para o desporto de massas que é o futebol, vai vegetando. Os nossos políticos, em geral, são lestos em procurar glória ao lado dos vencedores, sem nunca terem feito nada por isso.

Não existe um programa desportivo nacional, estruturado desde a base. Falta de vontade, de ideias, de meios?
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De João Andrade a 13.08.2024 às 20:13

Um grande e único abraço ao Carlos Lopes. Foste e serás o nosso herói de desporto!
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De RCL a 14.08.2024 às 08:36

Município de Viseu faz "singela homenagem" a Carlos Lopes
A rotunda Carlos Lopes em Viseu, que tem uma estátua de pedra consagrada ao maratonista, em honra de Carlos Lopes, recebeu na terça -feira iluminação , numa "singela" homenagem ao visiense e primeiro campeão olímpico português.
A estatua fica a poucos metros de Vildemoinhos , terra de Carlos Lopes.

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