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Ser Sporting não se implora, não se ensina, não se espera, somente se vive... ou não.
Jovane Cabral tem sido um dos jogadores mais influentes do Sporting desde a retoma do campeonato e José Sousa Cintra, antigo presidente, não está surpreendido com o bom momento de forma do avançado. O dirigente renovou o contrato do futebolista em 2018 e conta que queria uma cláusula de rescisão de 120 milhões de euros.
Em declarações à TSF, Sousa Cintra relata as negociações que ocorreram no Verão de 2018, enquanto liderava a SAD como elemento da Comissão de Gestão:
"O Jovane é uma mais-valia para o Sporting. É um grande talento. Um grande jogador. Nunca tive dúvidas. (...) Fiquei encantado com o Jovane. Quando estava a assinar a renovação de contrato com ele, eu queria por uma cláusula maior, eu queria por 120 milhões. Mas os empresários não foram na conversa.
Disse-lhe na altura: 'Olha Jovane, estás a ver aqui o Figo ou o Ronaldo, tu vais ser tão bom como eles'. E ele respondeu-me: 'Não, presidente. Vou ser melhor'.
Recentemente ouvi falar que o Sporting até queria dispensá-lo ou vendê-lo. Até fiquei indignado. Pensei, mas como é que é possível deixarem sair um talento como este?".
É bom ter ambição, mas essa de vir a ser melhor que Figo ou Cristiano Ronaldo, enquanto moralizador, é muito pouco convincente. Se conseguir uma boa carreira a nível superior, dentro e eventualmente fora do Sporting, já será excelente, mas superar aquele que é o melhor futebolista da história do futebol português e um dos melhores do Mundo, é uma conversa muito complicada.
Quanto a Sousa Cintra, que supostamente "ouviu" que o Sporting queria dispensar Jovane Cabral, deve ter origem num qualquer programa da CMTV, típica propaganda avulsa. Uma venda é sempre possível, mediante o interesse do mercado e a valorização do jogador.
Nota: Por mera casualidade, na foto, outro jogador formado no Sporting: André Santos. Natural de Sobreiro Curvo, Torres Vedras, começou a jogar futebol no Lourinhanense e em 2000 mudou-se para Alvalade, onde acabaria por ficar durante 13 anos.
Hoje, com 31 anos, aproxima-se do final da carreira, e sem ser um craque, foi um jogador que me agradou bastante, pela sua entrega e pelo seu profissionalismo.
Depois de empréstimos ao Fátima, União de Leiria e Deportivo de La Coruña, acabou por sair em definitivo, para o V. Guimarães, em 2013.
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