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Ser Sporting não se implora, não se ensina, não se espera, somente se vive... ou não.
Durante mais uma interrupção do campeonato, talvez seja pertinente fazer uma reflexão sobre o comportamento da equipa de futebol profissional. Concluído este apuramento da Selecção Nacional, que espero seja vitorioso, e que podia ter sido evitado, regressamos às provas caseiras. Para ser integralmente rigoroso, Portugal até já estava apurado, não fosse o escamoteamento de um golo 'limpo', no primeiro jogo com a Sérvia, pelos homens do apito, os únicos que têm margem para errar.
Vamos entrar na recta final da maratona que é o campeonato nacional de futebol, embora com outra designação. A comparação com a maratona justifica-se porque é uma prova de regularidade. O Sporting CP, conseguiu manter-se na frente desde o início, mas teve uma quebra natural a meio da prova, o que costuma acontecer nas provas mais longas. Nesta competição, apenas o clube das Antas ainda não quebrou, ou melhor, quando quebrou teve os “santos” do apito dourado, a darem um empurrãozinho. Seja como for, já tenho visto recuperações com a meta à vista, e por isso é preciso manter o foco.
Não sou adepto de entrar em ladainhas de lamentações, chorando sobre o leite derramado. A verdade é que o deixámos derramar num momento de menor concentração. Quando isso acontece, em provas que continuam viciadas, pode muito bem ser a queda do artista. Não nos podemos esquecer de modo algum que ainda não chegámos (se chegarmos) à fase do jogo limpo. Nesse sentido, temos de jogar contra adversários, e contra o que se chama o “sistema”, que tem tremido, mas que continua bem de pé. Para dar um mero exemplo, e há muito outros, o “sistema” resolveu no último jogo nas Antas, que estávamos a dominar com clara vantagem, inventar uma expulsão, para jogarmos com menos um. Prática aliás extensiva a adversários desse clube, noutros jogos.
Que este interregno sirva para recuperarmos forças para lutas imediatas, pois ainda nada está fechado, e para começar a preparar a próxima época, dando corpo e consistência ao projecto que foi iniciado com a contratação de Amorim. Sem pôr em causa o lançamento dos nossos talentos da formação, a equipa precisa de ser reforçada, cirurgicamente, com critério, para nos podermos bater contra tudo e contra todos. O acréscimo da capacidade competitiva tem que subir quer dentro, quer fora do país, porque só assim conseguiremos derrotar o sistema, que com adaptações e nuances, domina o nosso futebol desde os anos oitenta, e que já se está a preparar para continuar, com novo “papa”.
Independentemente do que acontecer até final desta época, o balanço não pode deixar de ser positivo. Para mais o aparecimento de mais-valias desportivas, rentabilizáveis, permite encaixar no final da época muitos milhões que contribuirão para a consistência financeira do Clube, aspecto fundamental para a consolidação do projecto desportivo.
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