Camarote Leonino

Finalmente teremos voto à distância e contagem instantânea, as 2 grandes vantagens da votação eletrónica. No entanto será preciso assegurar que os sistemas são seguros e completamente independentes do SCP, de forma a garantir total isenção.
Terão que ser colocadas barreiras que:
- impeçam o mesmo sócio de votar mais do que uma vez ou de alterar o seu voto já feito;
- impeçam o voto a alguém que não tem as condições mínimas para votar, seja quotas em dia, seja o que for;
- impeçam que sejam criados votos no sistema que não tenham lá sido colocados por sócios reais;
- impeçam que sejam apagados ou alterados os votos que um sócio colocou no sistema;

O ciclo começa a fechar-se, 2026 aproxima-se a grande velocidade e é imortante qu sejam os pr+oprios sócios a decidir e "terem a palavra final sobre o que vier a ser proposto".

Uns pózinhos de modernidade e puff! Vai acontecer democracia instantânea.

Não sei como é que esse voto tão moderno vai assegurar:
a) A certeza de que quem vota é o sócio;
b) A segurança de todo o mecanismo de voto eletrónico;
c) Em assembleias gerais normais, em que não há listas e delegados de voto que controlem o processo de votação, a viabilidade da votação: haverá alguma votação contrária aos interesses dos líderes do Sporting? Quando a mesa da AG, ao abrigo dos estatutos, é unha e carne com a direção, uma vez que a eleição é conjunta para os dois órgãos?

Depois temos argumentos falaciosos, como necessidade de uma "muito mais ampla e regular participação dos Sócios na vida do Clube", como se os sócios do Sporting não fossem os que mais participam nessas reuniões. Houvesse mais assembleias e mais participavam

Porque não pensar num sistema de voto descentralizado nos núcleos? Até podia ser em "urna eletrónica", com recibo em papel

Por vezes, fico deveras impressionado pela incapacidade das pessoas verem que os obstáculos que tanto apresentam para a implementação do voto a todos os sócios por via digital, é de uma ingenuidade imensa. Parece que não temos a capacidade para implementar uma plataforma que vai de encontro a tudo aquilo que aqui está a ser exposto assim como com a segurança necessária... Já conseguimos colocar sistemas digitais a controlar numa meio tão dinâmico como conduzir um carro numa cidade, caso não saibam...

Mais, não pensem que o Sporting, ou qualquer outro clube português, tem assim tanta importância para que algum hacker tenha interesse em correr o risco de forçar a entrada num sistema seguro e votar num sentido ou noutro... Demora-se imenso tempo e são precisas imensas tentativas e erros para que se consiga forçar a entrada e, para que isso aconteça, é preciso que a plataforma esteja sempre ligada, o que não irá acontecer no caso do Sporting. A plataforma seria implementada para se ligar exclusivamente no dia da votação, fazer a contagem e logo a seguir encerrar, ficando a aguardar, a fazer a manutenção e análises de sistema até à próxima necessidade.

Não entendo tanta vontade em manter o status quo das cidades terem o monopólio das votações. Choca-me imenso ter que ouvir e ler sócios terem que conduzir horas e horas e quilómetros e quilómetros para decidir sobre a expulsão de um ou dois sócios, para a eleição de um presidente, para a votação de um orçamento... Isto não faz confusão a mais ninguém?!?!?