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Ser Sporting não se implora, não se ensina, não se espera, somente se vive... ou não.
No seu escritório favorito do Facebook, Bruno de Carvalho continua a insistir na tanga de um "projecto" que por toda a evidência à vista não é mais do que imaginário. Não sabe ou recusa fazer a distinção entre a ambição que o moveu e a existência de um projecto, no verdadeiro sentido do termo, no que diz respeito ao futebol do Sporting. Com o intuito único de defender os seus interesses pessoais, toda e qualquer demagogia serve, daí mais uma edição da sua já notória "banha da cobra".
Como tenho dito, a reflexão permanente faz parte dos processos de liderança. Sem rodeios, esta época ao nível do futebol tem sido uma desilusão. Resta-nos lutar pelo campeonato. Atirar a toalha ao chão não é uma hipótese.
Todos temos uma opinião, e estas são mais vincadas quando a frustração toma conta de nós. É, nestes momentos, que as lideranças têm que ser firmes. Temos um projecto, um rumo certo, e não é uma época mal conseguida que nos deve permitir deitar a perder tudo o que foi construído, ainda por cima com tanto esforço e amor.
Estou triste, desolado, mas estados de alma não são compatíveis nem se podem confundir com as funções que assumi e que tenho tido a honra e o privilégio de exercer. Não irei dar um passo atrás para apaziguar algumas "almas" sportinguistas, nem fazer o gosto a quem, fora e dentro do nosso Clube, quer sangue pelo sangue. A política da exigência vai manter-se. Mas estes ciclos negativos surgem no futebol com uma força tal que, facilmente, tudo e todos são colocados em causa.
Irei, com o treinador Jorge Jesus, fazer o que nos compete, isto é, manter a coesão de um grupo que necessita de elevar os seus níveis de entrega e de acerto técnico-tático, mas, para isso, a sua auto-confiança e auto-estima têm de ser trabalhadas. Eu sou o responsável máximo e, logo de seguida, o treinador. Precisamos do vosso apoio para mantermos esta equipa, a quem resta um objectivo que, estando difícil, não é impossível: o campeonato. Ao mesmo tempo, e sem nos afastarmos do foco do campeonato por que lutamos, começaremos desde já a preparar e planear a próxima época desportiva.
Não estou a pedir que não se sintam frustrados nem que não critiquem. Essa pressão faz parte dos grandes Clubes e eu quero que ela exista. Apenas peço que, mesmo que tenhamos o nosso coração partido, não deixemos o nosso grande Amor abandonado pois nunca nos podemos esquecer que, em última instância, são e serão os jogadores os artistas dentro das quatro linhas.
O plantel sofrerá um emagrecimento neste mercado de inverno, o que vai fortalecer o grupo. Precisamos dos melhores focados, e determinar, mais uma vez, a linha da exigência extrema que existe neste Clube. Quando fechou o último mercado, a comunicação social e os Sportinguistas eram quase unânimes ao afirmarem que se tinha construído um dos melhores planteis de sempre da História do Clube. Nunca alinhei nesse discurso pois a humildade e o trabalho é que, para mim, determinam isso. O resto são meros exercicios de opinião. Mas a verdade é que, de repente, passaram de bestiais a bestas o que me incomoda.
Ter elevadas expectativas tem que ser o apanágio deste Clube, mas não podemos oscilar tanto nas nossas apreciações. Existem reforços que não resultaram, um facto indesmentível, mas nem se deve generalizar nem passar do 80 para o 8. Entendo bem a frustração e tristeza que todos sentimos, mas cá estamos para assumir as nossas responsabilidades e fazer as três coisas que são a receita para ultrapassar estes ciclos negativos: trabalhar, trabalhar e trabalhar! Mas precisamos de continuar a contar com os mais de 3,5 milhões de Sportinguistas pois sem o vosso apoio, carinho e, claro, exigência máxima, a recuperação será muito mais difícil, senão mesmo impossível.
Termino como comecei: assumo, na totalidade, a desilusão que tem sido esta época ao nível do futebol, mas esta ainda não acabou. E, até acabar, temos que nos manter juntos!
Porque o Sporting Clube de Portugal é o nosso grande Amor!
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