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Ser Sporting não se implora, não se ensina, não se espera, somente se vive... ou não.
Um novo Sporting começou a ser desenhado esta época, um novo Sporting ganhará forma na temporada 2025/2026. Sem Rúben Amorim e sem Hugo Viana; com Rui Borges, Bernardo Morais Palmeiro e Flávio Costa a reportarem directamente ao dr. Frederico Varandas. Director-geral e director de scouting iniciaram funções no dia 4 de Fevereiro, com a carruagem em marcha e com um objectivo bem definido: o bicampeonato. Mas as tarefas desta nova estrutura vão além deste foco actual, vão já ao planeamento e estratégia da nova temporada, que já está em marcha.
O agora director desportivo do Manchester City foi ainda o responsável pelas contratações de inverno, de Rui Silva e Biel. Saiu no primeiro dia após o fecho da janela de Janeiro do mercado mas deixou em marcha algumas pastas, como o lateral-direito do Panathinaikos, Georgios Vagiannidis, e também do médio do Levante UD Giorgi Kochorashvili. Grego e georgiano podem muito bem reforçar os verdes e brancos, assim a nova estrutura entenda avançar definitivamente para esses reforços que Viana preparou terreno.
Viktor Gyökeres é o homem do momento e vai ser o homem do mercado. Há pacto entre SAD e jogador para uma saída abaixo dos 100 milhões de euros da cláusula de rescisão, por valor na ordem dos 70 milhões, que pode ser inflacionando assim haja concorrência... Mas mesmo por baixo, pelos 70 milhões, será um encaixe a ter cedo na janela do mercado e que permitirá não apenas encarar as contratações de outra forma como deixar as contas do clube num nível de equilíbrio que esta administração não conheceu ainda, apesar da estabilidade que se vive no momento.
Há por isso perspectiva de recorde de vendas neste mercado. É esse um dos pilares desta administração, que já por três temporadas ultrapassou a barreira dos 100 milhões de euros em vendas (€115 M em 2019/2020; €124 M em 2023/2024), com o expoente em 2022/2023 — foi a mais proveitosa de todas: encaixe de 86 milhões de euros, muito por culpa das vendas de Matheus Nunes (€45 M), o encaixe de Nuno Mendes (€38 M de um total de €45 M), a venda do passe de Palhinha por €21 M e de Gonzalo Plata por € 9M; no total, as vendas ascenderam aos cerca de 139 milhões de euros, as compras aos 53 milhões de euros, as mais caras a de Jeremiah St. Juste e de Rúben Vinagre (ambas €10 milhões).
Agora, somando à certeza da venda do passe de Viktor Gyökeres à inevitável saída de Geovany Quenda por cerca de 60 milhões de euros — está reservado pelo Manchester United — e também à previsível saída de um dos seus centrais, Diomande ou Gonçalo Inácio, por valor não inferior a 40 milhões, temos já uma perspectiva de €170 milhões de euros a entrarem nos cofres do emblema de Alvalade.
São muitos milhões a equilibrar ainda mais as contas e a permitirem um ataque cirúrgico aos reforços. Haverá saída de elementos importantíssimos, sabe a nova estrutura isso, terá de as colmatar. E o exemplo de investimentos na ordem dos 20 milhões de euros, como as de Gyökeres ou de Hjulmand, serão tidos bem em conta na hora de agir, sempre dentro dos limites do clube, mas na segurança de serem jogadores para entrar na equipa e serem efectivamente... reforços.
São estas as bases para a nova temporada, é este o plano para o que falta jogar esta época e sobretudo para o futuro. O novo Sporting está em marcha e a primeira época sem o selo de Amorim vem aí. É o início de uma nova era desportiva com o cunho de Rui Borges. Que a quer começar com o escudo de campeão no peito...
NOTA: Este artigo foi publicado pelo jornal A Bola. Não visitei o site do diário desportivo - coisa que raramente faço - mas após ler o artigo num outro local, não resisti transcrever parte do mesmo para saber a opinião dos nossos leitores. Tanto o título como a imagem são da minha autoria.
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