Saltar para: Post [1], Comentar [2], Pesquisa e Arquivos [3]
Ser Sporting não se implora, não se ensina, não se espera, somente se vive... ou não.
... concedidas por Bruno de Carvalho, durante os cerca de 18 meses da sua presidência. Há que reconhecer que ele vive para o milieu mediático e procura-o ao mais pequeno ensejo, permitindo-lhe ouvir a sua própria voz e ver a sua própria imagem.
Desta vez, no programa "Você na TV", da TVi - entre brincadeiras e o almoço com Cristina Ferreira - proferiu diversas considerações, entre as quais, esta, que mais me impressionou:
«Sinto um prazer e uma honra muito grandes em ser presidente do Sporting. Enquanto sentir que sou uma mais-valia para o Sporting, quero continuar e sei que se for para o resto da vida, serei feliz. Mas tenho de ter os pés bem assentes na terra e ter noção do meu valor. A partir do dia em que não for uma mais-valia, serei a primeira pessoa a dizer "chega".»
Pois... vou esperar sentado, ou melhor, deitado, por esse dia de suprema autocrítica. Não tenho dúvida alguma que a partir do momento em que Bruno de Carvalho decidiu procurar um outro modo de vida e escolheu o Sporting Clube de Portugal como o veículo mais à mão para a realização das suas ambições pessoais, o objectivo sempre foi de uma estada permanente, desde que os sócios (e os resultados) o permitam.
Gostaria de dizer "CHEGA", neste momento, mas reconheço que não tem validade alguma, dado que é aparente que a noção terá de partir da sua pessoa...
Mais a "sério", e por incrível que pareça, concordo com Bruno de Carvalho em uma consideração. Muito embora o nosso Clube sempre tenha constado de um certo elitismo - quer se queira, quer não, uma das razões da sua diferença - chegou ao ponto de autêntico exagero, especialmente no que diz respeito a posturas interventivas no futebol. Tive ocasião ao longo dos anos de afirmar, dentro e no exterior de Alvalade, que o futebol leonino era uma vítima constante do que eu então apelidava "a cultura do senhor doutor". Assisti a cenas que só posso descrever como dolorosas, no âmbito do poder de decisão, que em nada beneficiaram o Clube, em contrário. Em um outro sentido, no presente, vive-se um outro ambiente, mais distanciado do elitismo e mais assente no ucasse, que nem por isso se torna mais salutar. Não é por mero acaso que "alguém" é muito conhecido por clamar (por vezes aos berros): "No Sporting eu sou Deus !".
Enfim... já CHEGA por hoje. Fico à espera do tal dia...
A subscrição é anónima e gera, no máximo, um e-mail por dia.