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Ser Sporting não se implora, não se ensina, não se espera, somente se vive... ou não.
Para muitos sportinguistas, Jorge Jesus perdeu a graça. Nas conversas, no Estádio de Alvalade ou nas redes sociais percebe-se isso mesmo. Os aspectos negativos do seu trabalho sobrepuseram-se (e muito) aos aspectos positivos.
Cada vez mais adeptos leoninos recordam que a equipa que conquistou a Supertaça foi quase a mesma da final da Taça de Portugal em 2015. Concluem que Jesus deu seguimento ao trabalho de Marco Silva. Este ano, a pré-época foi mal preparada. Com Jesus, jogadores medianos tornaram-se medíocres. E grandes jogadores não chegaram ao estrelato. Nele, a relação custo – benefício é catastrófica. O próprio salário. O fiasco de tantas (demasiadas!) contratações. Um plantel com uma massa salarial absurda. A Formação que parece que secou. O absoluto fracasso desportivo de uma época errática (2016-17). As desculpas de mau pagador. As incoerências. A prosápia. Na verdade, ninguém pode ser ele mesmo e o seu oposto. Ou é, ou não é.
Era crucial vencer o derby do fim-de-semana. Por várias razões, nomeadamente por três: reafirmar o orgulho leonino, garantir a dignidade competitiva da equipa até ao fim da época e lançar a próxima. Jesus não teve a ambição de ganhar, jogou para não perder. Ederson não defendeu sequer um remate. À lentidão geral do jogo da equipa, juntou a lentidão natural de Bryan Ruiz. A entrada de Podence aos 80 minutos tornou-se reveladora. Quase que não houve um canto, um livre ou um lançamento da linha lateral que revelassem preparação nos treinos. Agora, o Sporting de Jesus para alcançar a pontuação do Sporting de Marco Silva tem de vencer todos os jogos até ao final do Campeonato.
Uma coisa é certa, quem perde a graça, mais cedo ou mais tarde, cai em desgraça. Não há volta a dar a isso.
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