De Juskowiak a 17.06.2020 às 09:56
Eu andei na JuveLeo nos anos 90, no velho estádio, e também nessa altura a maioria só queria ver a bola e apoiar o Sporting.
Depois havia aquele núcleo central, de tipos com um aspecto horrível a fumar charros o jogo inteiro. Eram uma minoria na claque, mas por serem cerca de 100 e absolutamente perigosos eram quem mandava ali. Um deles até tinha um aspecto de "betinho", mas ai de quem se metesse com ele. De seu nome Fernando Mendes.
As deslocações eram sempre uma desgraça.... os autocarros ficavam sempre em péssimo estado, nas paragens eram roubos impunes nas bombas de gasolina, agressões, vandalismo...
É uma pena que uma minoria arruine uma claque. Aqui estou com Varandas, quando muito bem apelidou os Fernandos Mendes desta vida de escumalha. Mas a realidade é que o futebol é um desporto sujo, logo pensar-se que uma claque nunca dará problemas ao clube e à sociedade é uma utopia.
De Rui Miguel a 17.06.2020 às 11:40
Pelos sua discrição só prova que o problema da JL e das claques do Sporting em geral. não é de agora, mas sim tem quase 30 anos.
Confirma-se que a tal claque fantástica, tantas vezes dita que era a melhor do mundo, de milhares de sócios e adeptos leoninos, era na verdade dominada pelo medo e pela agressividade por 100 tipos que fumavam umas ganzas, que assaltavam bombas de gasolina e estavam-se a borrifar para o jogo enquanto o Sporting estava em campo.
E interessante que nestes 30 anos só ganhamos 2 títulos e algumas poucas taças.
Claro que a incompetência das várias direcções e falta de uma estratégia e um plano definido (um dia é para apostar nos jovens, no outro dia é para comprar "craques" de atacado) tem contribuído para este ciclo pouco ou nada vitorioso.
Mas é visível que as claques e a JL em particular, foram elementos de enorme pressão para as sucessivas direcções, o que contribuiu para uma gestão do clube para a bancada e para acalmar as hostes mais nervosas, ruidosas e diria também mais violentas, e isso tem só um resultado, mau rumo e más decisões.
Por isso é que não compreendo esta continuada tolerância com a JL e as claques ultra, porque o que diz, caro Juskowiak , confirma somente o que se pensava há muito.
E se estes comportamentos estão já enraizados nas claques, fazem até escola para obter poder dentro delas próprias e nunca foram criticados (com as direcções, treinadores, jogadores pode-se criticar sempre, com as claques é que não ... parecem aqueles miudos mimados e birrentos que sempre fizeram porcaria e entretanto percebemos que já tem mais de 20 anos, e a maezinha continua a tratar por lindos menino e a desculpar tudo), o que é fácil perceber é que sem uma completa transformação e limpeza desse virus da violência, não é possível continuar a ter o seu espaço nas bancadas.
De Juskowiak a 17.06.2020 às 11:58
Pois é, são efetivamente um problema dos clubes.
Mas discordo que os nossos insucessos tenham relação com a existência de claques, pois as de Benfica e Porto também tem a mesma "nata" de gente na liderança.
A JL nunca terminará, mas em minha opinião, e tendo em conta o lindo histórico recente, o Sporting deveria cortar todos os apoios logísticos e os protocolos com bilhetes. Talvez assim essa gente deixasse de pensar que é dona do clube...
De Rui Miguel a 17.06.2020 às 12:16
Eu não disse que as claques eram a razão do nosso insucesso.
O que disse é que com claques tão activas, pressionantes e ruidosas perante as sucessivas direcções, as decisões do clube são muito feitas para a bancada e sem grande visão estratégica.
No caso do Benfica e do Porto, as claques são mais controladas (tirando talvez algumas excepções como o caso do autocarro do Benfica e uma vez com o SD a atacar o treinador do Porto Co Adriaanse, e mesmo assim nem sei bem se essas acções fizeram também parte da estratégia de quem manda), normalmente elas são mais um elemento "armado" do poder do Pinto da Costa e do Vieira, estando na mão deles.
No Sporting, foram sempre muito autónomas e sempre no fio da navalha caso não fossem satisfeitas as suas pretensões, colocando as direções como suas reféns, e não o contrário.
E como exemplo de más decisões, o que teria acontecido ao Sporting se a JL não fizesse aquele banzé com a presumível contratação do Mourinho?
De Viscondinho a 17.06.2020 às 15:39
Então quando assassinaram sportinguistas foi a mando do Vieira?
De Rui Miguel a 17.06.2020 às 16:36
Pelo que percebi, o tema aqui é a relação interna das claques com os seus clubes
A agressividade e violência das claques e de pseu-adeptos no futebol / sociedade em geral e nomeadamente contra adeptos de clubes rivais, surge como fenómeno de criminalidade que infelizmente a federação portuguesa de futebol nunca acusou, e o estado e a justiça em particular não têm actuado como deviam.
De Viscondinho a 17.06.2020 às 17:15
Absolutamente de acordo.Eu ao contrário de muitos sportinguistas sou a favor da existência de claques pois acho que fazem muita falta no apoio ao clube e também pela festa e clorido que dão ao jogo.E temos visto como Alvalade tem sido uma tristeza sem a presença delas. Mas daí a quererem mandar no clube vai um mundo.
De Indiana Julio a 17.06.2020 às 17:37
Recohece-se a validade desse argumento, mas não nas actuais condições em que elas existem. Chegámos ao ponto de não retorno.
De Rumo Certo - Ventos Favoráveis a 17.06.2020 às 17:31
As claques na generalidade dos casos, actuam e há muito procedem, à margem da Lei e das mais elementares regras cívicas, sociais e desportivas.
A origem, genética e razão para a sua existência, apenas e tão só se resume ao incondicional apoio ao clube, aos seus símbolos e patrimônio, aos atletas, aos profissionais e aos Órgãos Sociais eleitos.
Toda e qualquer outra atitude ou situação, jamais poderá ter cabimento, aceitação ou a mínima tolerância.
Apenas aos sócios com capacidade estatutária para tal, está reservado o diteito de eleger os seus dignos representantes, ou de forma ordeira e respeitosa, intervir nas Assembleias Gerais.
A imbecilidade, cretinice, perturbação, desrespeito e intimidação nas Assembleias e instalações, provocada, arregimentada ou cometida por quem seja - a título pessoal ou em grupo, devem de imediato ser banidas, alvo de identificação processual por parte das autoridades e expulsos(as) do local.
Qualquer elemento que integre uma claque reconhecida e autorizada, não pode, nem deve, usufruirde qualquer privilégio ou mordomia e tem que obrigatoriamente ser sócio efectivo do clube, disposto a respeitar os Estatutos e em escrupulosa obediência aos mesmos e aos protocolos que forem estabelecidos, sob pena das devidas e previsíveis consequências.
Acabou o tempo da promiscuidade e da condescendência para com energúmenos, que tanto mal e prejuízo têm causado - gravíssimos danos, incomensuráveis e irrecuperáveis perdas desportivas, económicas e financeiras.
Com reafirmada coragem, disse-se BASTA e ACABOU.
Eu sou Sporting.
Fraterno Abraço Leonino.