Saltar para: Post [1], Comentários [2], Pesquisa e Arquivos [3]
Ser Sporting não se implora, não se ensina, não se espera, somente se vive... ou não.
(...) Com o quarteto defensivo leonino a realizar uma soberba exibição e a chegar para o fluxo ofensivo leonino, esperava-se que a Juventus abrandasse para o Sporting voltar a pegar no jogo. E o melhor elogio que se pode fazer é que a formação de Jorge Jesus controlou muito bem a segunda parte... até que chegou o maldito minuto 77 em que Coentrão é assistido e Jesus substitui-o de imediato por Jonathan Silva. O internacional português, quando se aprestava para reentrar, ficou estupefacto quando percebeu que já não fazia parte do jogo.
E maldito porquê? Porque Jonathan comprometeu inapelavelmente no lance do segundo golo dos italianos, ao deixar-se antecipar por Mandzukic ao segundo poste quando tinha ganho a posição e isto numa altura em que o clube de Alvalade parecia melhor no jogo. Depois Doumbia, que entrou após o segundo golo da Juventus, esteve perto de fazer o empate no último lance da partida, naquela que foi a grande oportunidade leonina em todo o jogo.
O Sporting não merecia perder? Talvez não - voltou a perder no campo e a deixar boa imagem, o que não dá pontos. Ainda assim, olhando para os números do jogo, para a soberba organização defensiva e para a qualidade da exibição de Rui Patrício, a Juventus esteve mais perto do triunfo.
Isto começa a ser um padrão que Jesus precisa de resolver porque há comportamentos repetidos. Dos 12 golos sofridos em encontros oficiais nesta época nove foram na segunda parte e seis nos últimos dez minutos. Há aqui um padrão que pode ter que ver com uma quebra mental, física ou com um misto destas duas situações. Uma situação que merece análise por parte de Jorge Jesus.
A qualificação para os oitavos-de-final não está hipotecada mas urge vencer a Juventus em Lisboa e isso não parece uma missão impossível.
Bruno Pires, Diário de Notícias
A subscrição é anónima e gera, no máximo, um e-mail por dia.