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Ser Sporting não se implora, não se ensina, não se espera, somente se vive... ou não.
Impacientes, alguns leitores, que abordaram esta temática sob um outro post, antes de termos oportunidade de nos informarmos devidamente sobre os acontecimentos desta segunda-feira.
Começo por admitir que é uma pessoa e um cenário que nunca me surgiram, em contexto, e ainda não tenho ideias totalmente formadas neste sentido.
Na reunião entre clubes, que decorreu hoje em Coimbra, com a participação de 14 emblemas da I Liga (inclusive do Benfica e FC Porto) e outros tantos da II - nota de relevo para a ausência do Sporting que, segundo informações, não terá recebido a convocatória - foi determinado que a eleição dos respectivos órgãos sociais terá lugar no próximo dia 27 de Outubro e, também, por unanimidade, que vão dar o seu apoio à apresentação de listas encabeçadas pelos seguintes:
Luís Duque para presidente da Liga; José Mendes para a Assembleia Geral e Carlos Carvalho para a presidência do Conselho Fiscal. Referiu Tiago Ribeiro:
«Luís Duque é uma pessoa com vasta experiência no futebol e tem tudo para conduzir, de maneira pacífica, as mudanças que terão de ser feitas na Liga, a começar na alteração estatutária. Aliás, depois de ter aceite o convite, Luís Duque comprometeu-se a marcar, de imediato, uma Assembleia Geral para se alterar os estatutos.
O todo deste processo da Liga Portugal é nada menos do que uma enorme luta pelo poder, muito assente nos direitos de transmissão televisiva dos jogos pela Olivedesportos de Joaquim Oliveira.
Não vou conjecturar sobre a posição oficial do Sporting no que diz respeito a Luís Duque, mas é de esperar que hajam sportinguistas que não vejam de bons olhos a liderança da Liga a seu cargo. Para ser sincero, sinto-me dividido, porque enquanto não sou fã de Luís Duque, também não vejo, neste momento, tendo em conta o nebuloso clima em que o futebol português vive, qualquer outra figura cem por cento desejável e, sobretudo, disponível para assumir a posição.
Não há dúvida alguma que Luís Duque é uma pessoa muito experiente - foi durante anos presidente da Associação de Futebol de Lisboa, além de dirigente do Sporting - e conhece como poucos os meandros do futebol nacional. Se a sua postura vai ser uma de submissão aos interesses vigentes, só o passar do tempo esclarecerá. De qualquer modo, não vejo a sua nomeação como uma ameaça directa ao Sporting. Que ele não anda de braço dado com Bruno de Carvalho é facto, mas quero crer que nunca agirá deliberadamente em detrimento do Clube.
Poderá ser alegado um qualquer conflito de interesse pelo processo em curso perante o Tribunal. Sinto que uma coisa não deve ser associada à outra e que não terá influência alguma na sua condução dos destinos da Liga. Além do mais, há apenas um processo e não uma decisão e esta poderá levar alguns anos a ser pronunciada.
Por fim, reitero o que já disse em comentário: o Sporting é membro da Liga e deve participar em todas as suas actividades, indiferente da sua posição para com os diversos assuntos sobre a mesa. Não tenho conhecimento de causa, por conseguinte, não comento a alegada causa da sua ausência na reunião desta segunda-feira em Coimbra. Também é de admitir que o presidente tenha viajado com a equipa para a Alemanha.
Adenda: Sem ser surpresa alguma, pela conhecida postura de Bruno de Carvalho, a Sporting SAD emitiu um comunicado através do qual manifesta a sua oposição à nomeação de Luís Duque a candidato à presidência da Liga.
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