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Ser Sporting não se implora, não se ensina, não se espera, somente se vive... ou não.
Ou, então, deve pensar que somos todos de memória curta e inteligência limitada, ao querer convencer-nos, em entrevista encomendada à BTV, que desde que está em Portugal não se recorda de um «derby» tão "violento", uma autêntica "batalha campal".
Até será possível dar um "desconto" ao defesa central encarnado. Primeiro, há uma necessidade urgente de desculpar a evidente insuficiência da sua equipa esta época, em geral, e em três jogos frente ao Sporting, em particular. Segundo, depois de 12 anos de "águia ao peito" é perfeitamente expectável que tenha assimilado a cultura "lampiónica".
Não satisfeito com a derrota de sábado, ainda decidiu revisitar os outros dois embates da temporada:
Talvez haja receio por parte do árbitro em apitar. No primeiro dérbi, foi num canto. Pela marcação individual que o adversário coloca nos jogadores mais altos, existe muito contacto. Nesse jogo fui puxado nitidamente e até falei, durante o encontro, que tinha visto que foi penálti mas não se apita com receio de algum estereótipo aqui em Portugal. O árbitro já vai para o campo com receio de apitar alguma coisa e o Benfica até foi para o relvado com uma postura diferente, dando relevo ao espectáculo.
Eu não me recordo de um dérbi tão violento. Vi até fazerem alguns comentários sobre uma batalha campal. O que me custa, como capitão, num clube onde a prioridade é jogar futebol, é que tu tens de acalmar os teus jogadores. Eu vi a agressão ao Samaris, foi nítida, e o meu papel teve de ser mantê-lo calmo. No caso do Júlio César a mesma coisa. Às vezes, as pessoas não têm essa paciência quando nós vamos acalmar alguém. É difícil. Temos de jogar primeiro com lealdade e a sensação que fica é de estranheza. Um dérbi tão quente, uma equipa ter tantos cartões e outra teve outras preocupações no jogo... nós ficamos chateados com o resultado, que não conseguimos reverter, mas também por isso.
Uma tramóia vergonhosa da parte de quem jogou anos ao lado de Maxi Pereira, Javi Garcia e Petit, só para nomear três, sem esquecer ele próprio e ainda Samaris, seu colega de momento, um autêntico chungoso que passa por jogador de futebol.
Adenda: Lamentavelmente, o vídeo que o Sporting publicou com as imagens de faltas cometidas por jogadores do Benfica foi retirado, presume-se, por uma questão de direitos.
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