Maiara Niehues despede-se do Sporting

Rui Gomes, em 28.03.25

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O Sporting oficializou, esta quinta-feira, a saída da média brasileira de 20 anos, Maiara Niehues, para o clube norte-americano Angel City FC, sediado na cidade de Los Angeles.

Os valores da transferências não foram revelados, mas consta que o negócio foi selado por 150 mil euros e o Sporting ainda fica com 10% de uma futura venda.

Maiara chegou ao Sporting CP em 2022 e foi, na altura, a contratação mais cara do futebol feminino nacional, tendo assinado um contrato por três anos.

Enquanto no Sporting, participou em 57 jogos, com 18 golos marcados e 3 assistências.

Não posso dizer que compreendo o planeamento à volta da equipa feminina. No verão passado saiu a canadiana Olivia Smith para o Liverpool, apenas a melhor jogadora da equipa e agora esta também excelente futebolista e ainda muito jovem.

Quero acreditar que há uma explicação lógica, mas não vou ficar à espera que o Sporting nos ofereça mais informações.

publicado às 02:02

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6 comentários

De Leão do Norte a 28.03.2025 às 07:18

Poderá existir uma explicação lógica para o planeamento da equipa feminina, mas ela não parece passar por tornar a equipa suficientemente competitiva por forma a quebrar o domínio do Benfica.

De Rui Gomes a 28.03.2025 às 11:27

Reconheço que há uma aposta forte na formação, mas não deixa de ser muito importante ter uma equipa a disputar todos os títulos.

Rui Costa, entretanto, não olha a meios para atingir fins, com as eleições em mente.

De Joaninha avoa avoa a 28.03.2025 às 17:01

Boa-tarde, a mim o que me explicaram foi o seguinte, a propósito da saída da Kika para o Barcelona, que, penso eu, deve ser o mesmo caso da Maiara.
A jogadora está em fim de contrato, teve uma época muito boa, não só a nível nacional como internacional e isso, naturalmente desperta o interesse de clubes lá fora. A jogadora, como ser humano que é, faz as suas contas. Ela é nova e tem a legítima ambição de assegurar o seu futuro, Não aceita a renovação e aceita o convite de um clube que lhe dá muitas e melhores condições do que aquelas que o clube onde joga lhe pode dar. Nomeadamente ao nível salarial.
Servindo-me ainda da Kika como exemplo, sei que foi auferir um vencimento perto de três vezes mais do que lhe pagava o Benfica.
Ora, como digo, a jogadora faz contas e pensa no futuro e por muito feliz que se sinta no clube onde joga, diz adeus e vai embora.
Foi o caso e o Sporting nada podia fazer, assim como o Benfica não pôde.
Particularmente e não só como apreciadora e sim verdadeiramente apaixonada pelo futebol feminino, tenho muita pena que a rapariga se vá embora, uma jogadora que me deleitava com o seu bonito e excelente futebol.
Toda a felicidade do mundo para ti, miúda.

De Rui Gomes a 28.03.2025 às 17:16

O caso da Kika não comento nem me interessa, até porque não acompanhei o processo da sua transferência para o Barcelona.

No que diz respeito à Maiara, ela originalmente assinou um contrato de três anos que, em princípio, terminaria no final da época.

Sendo assim, e sem renovação, ela seria uma jogadora livre e sairia do Sporting a custo zero.

No entanto,e é um grande NO ENTANTO, o clube americano pagou pelo passe dela, que contraria a tese que ela é/era jogadora livre.

Há aqui questões que desconhecemos por falta de informação e como neste caso não é obrigatório comunicar à CMVM, possivelmente nunca saberemos.

Por fim, a única questão que me fez reflectir, com algum incómodo, é a mudança de uma miúda ainda de 20 anos para uma cidade como Los Angeles. Esta localidade não é para todos, por múltiplas razões.

Enfim... cada um toma as suas decisões na vida e assume as consequências, pró ou contra.

De Rumo Certo - Ventos Favoráveis a 29.03.2025 às 12:55

Caro Rui Gomes,
Acrescenta em comentário de resposta, factos e esclarecimentos, uns que particularmente não conhecia, outros de pormenor com merecida reflexão e, ainda algo integrado NO ENTANTO que ficará em estrita reserva.
E por tal aprendi mais qualquer coisa, pois não sabia que "neste caso não é obrigatório comunicar à CMVM,...".
Julgava, que atendendo a que o futebol feminino fora integrado na SAD, tal implicava a aludida comunicação.
De facto, é matéria susceptível de meditação e ponderação, que uma miúda com apenas 20 anos, se aventure numa mudança para uma cidade com as características de Los Angeles, localizada no sul da Califórnia e centro da indústria de cinema e televisão, com quase 4 milhões de habitantes.
Da paz, recato e sossego, para uma metrópole tão buliçosa e irrequieta, parece uma aventura que comporta alguns riscos.
A menos, que a permanência seja acompanhada por familiares.
Saudações Leoninas.