Marco Silva ainda tem muito que aprender !

Rui Gomes, em 10.12.14

Reconheço que o Sporting defrontou um adversário muito superior, que erros foram cometidos - alguns bem infantis - como a falta para grande penalidade, logo aos 7 minutos, por Ricardo Esgaio, e que dois ou três jogadores esqueceram-se de comparecer - a exemplo de William Carvalho que fez o pior jogo que já se viu dele em dois anos.

Com tudo isto, aponto o dedo ao treinador, pelo seu sistema de jogo - um 4x3x3 que não conseguiu lidar com o meio campo do Chelsea, fazer pressão mais alta e muito menos ainda assumir algum controlo de jogo - e pelas suas opções. Quantos lances inconsequentes de Diego Capel ?... Quantas bolas perdidas nos pés de Slimani ? E onde estava o apoio ao eixo defensivo ? Uma coisa é não jogar para o empate, outra, muito diferente, é não tomar determinadas precauções perante um adversário chamado Chelsea.

A perder por dois golos ao intervalo insistiu na mesma equipa para o segundo tempo. Se isto não é pura teimosia, não sei o que é. Desperdiçou cerca de 20 minutos - e já a perder por 3-1 - para então fazer entrar Montero e Carlos Mané, dois jogadores, ou pelo menos Montero, que deviam ter entrado de início.

Em análise final, o Sporting desperdiçou uma bela oportunidade para garantir mais uns milhões e continuar na Liga superior. O apuramento para a Liga Europa não compensa este desperdício.

P.S. Mesmo em derrota, os melhores jogadores em campo, na minha opinião, foram André Carrillo e Jonathan Silva. Pena que tantos outros tivessem ficado na "sombra da bananeira".

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publicado às 21:34

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44 comentários

De Julius Coelho a 11.12.2014 às 01:44

e claro Slimani com inveja de Capel fez a mesma deplorável exibiçao.
Uma nota importante que vai passar despercebida.
Slimani desgastou mais a sua propria equipa que o proprio Chelsea com o constante disparate dos seus passes errados que parava abruptamente o esforço de desmarcação dos colegas e os obrigava a voltar atrás para recuperarem as suas posições para poderem fechar o contraataque do chelsea (provocado pelo Slimani)
Isto varias vezes matou a equipa.

De Leão 1906 a 11.12.2014 às 02:07

Tendo a concordar com a generalidade das apreciações que faz.Talvez não fosse tão severo com Slimani mas de facto fez muitos passe errados,sobretudo no início e isso contribui sempre para um muito maior desgaste.Mas o que todos concordamos certamente é que num jogo em que tínhamos que nos transcender,dar o litro,ficámos muito aquém.

E perdemos como era inevitável,pois o Chelsea esteve ao nível habitual.
Em relação a MS ,é um jovem treinador,está fazer o seu 3ª ano completo como treinador principal.É um pouco como a nossa equipa.
Parece-me um treinador com qualidade mas também precisa de tempo.

De Rui Gomes a 11.12.2014 às 02:44

É perfeitamente natural cada um ter as suas ideias do jogo, que neste caso concreto não nos correu bem.

Sobre Slimani , o que até aqui adiantei até nem é, propriamente dito, uma crítica ao jogador, mas sim por ele ter sido colocado na posição, ou seja, função, de receber tantas bolas com os pés, quando sabemos bem a sua dificuldade de execução nesse sentido.

Critico Marco Silva porque não antecipou bem o jogo e, sobretudo, por não ter reagido perante o que era mais do que evidente.

A minha referência ao sistema de jogo envolve diversos aspectos relacionados com o desempenho individual mas, sobretudo, colectivo. Uma dessas questões era de poder integrar Montero logo de início. Este era o tipo de jogo em que nós necessitávamos, e muito, do tecnicismo acima da média dos nossos melhores activos, mais ainda pela ausência de Nani . Só assim poderíamos ter dificultado dinâmica do Chelsea . Também por isto, Carlos Mané era importante. Analisar o que renderam depois de entrarem a perder 3-1 é injusto.

O 4x4x2 , ou melhor, o 4x2x3x1 teria permitido reduzir as linhas de passe ao Chelsea e força-los a se preocupar como nosso jogo de transição, algo que só surgiu através de Carrillo e as tentativas de Jonathan Silva. Acho que o jovem fez um muito bom jogo nas circunstâncias e não se deixou intimidar pela superioridade natural do adversário.