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Marítimo 0 - Sporting 2 1999-00 CN 32ª jornada 30.4.2000

Diário de um título 1999-00

Leão Zargo, em 04.09.20

SCP 1999-00 jogo com Marítimo 32ª j.jpg

Os treinadores lideram com ideias, mais do que com palavras. Augusto Inácio organizou o Sporting numa linha em todo o campo de baliza a baliza: Schmeichel, André Cruz, Vidigal, Pedro Barbosa e Beto Acosta. Comando, estabilidade, segurança, criatividade e eficácia é o contributo específico de cada um. Com eles em condições, jogamos alto no terreno. O jogo no Funchal foi exemplar.

Inácio percebeu o poder dessa linha e organizou o modelo de jogo em função dela, e acrescentou-lhe brio, coesão, solidariedade e disciplina. O Sporting pode não ter melhores jogadores, mas tem a melhor equipa. Nunca lhe falta coração pela grande condição física. E está preparada para vencer. É que não basta querer vencer. O Porto empatou em Faro e os leões passaram a ter quatro pontos de vantagem na classificação.

O Sporting alinhou com Schmeichel, Saber, Beto, André Cruz, Rui Jorge, Vidigal, Duscher, Pedro Barbosa - capitão (Toñito, 68’), De Franceschi (Bino, 76’), Ayew (Mbo Mpenza, 86’) e Acosta. Os golos leoninos foram marcados por Acosta (48’ e 81’). Desde a vitória sobre o Porto em Alvalade, o nosso “matador” marcou oito vezes em sete jogos.

publicado às 12:00

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13 comentários

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De Juskowiak a 04.09.2020 às 14:17

Inácio pode fazer tudo e mais alguma coisa que nunca conseguirei antipatizar com ele.

Esta época foi um misto de magia e perfeição..
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De Leão Zargo a 04.09.2020 às 16:01

Compreendo-o, Juskowiak. No meu caso, antipatizo com Inácio... mas a verdade é que em 1999-00 ele esteve bem como treinador.
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De Greenlight a 04.09.2020 às 18:06

O Sporting tinha uma grande equipa e Inácio teve o mérito de saber aproveitar os talentos de que dispunha e goste-se ou não (que é o meu caso) da personagem, faz parte de uma grande página da História do Sporting. Recentemente resolveu, lamentavelmente, participar no estertor do brunismo, fazendo parte de uma página extremamente negativa do Sporting.
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De Leão Zargo a 04.09.2020 às 21:29

Greenlight

É verdade. Foi a segunda vez que Inácio "traiu" o Sporting. Quando foi jogar para o Porto e agora quando fez de guarda-costa de Bruno de Carvalho.
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De Leão Zargo a 04.09.2020 às 21:27

Juskowiak

Inácio foi muito importante, é certo, mas Manolo Vidal e José Manuel Torcato também se destacaram.
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De Leão do Norte a 04.09.2020 às 22:15

Justíssima a referência a Manolo Vidal e José Manuel Torcato.
Curiosamente tinham estado no título de 79/80, voltaram durante a época de 99/00 para serem campeões, saíram após este título e regressaram no início da época de 01/02, onde também seríamos campeões.
Coincidências? Creio que não.
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De Juskowiak a 04.09.2020 às 22:53

É verdade, sim. Manolo Vidal tinha um ótimo sentido de humor.

Uma vez, quando Pinto da Costa lhe disse "Muy bueno, chico!", responde Manolo Vidal:

"- Notei um sotaque siciliano no espanhol de Pinto da Costa."

Não esquecer Luís Duque, também teve mérito na conquista do título.
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De Leão do Norte a 04.09.2020 às 23:49

Foi dos poucos que respondeu à altura a Pinto da Costa, numa época em que este era rei e senhor e muitos se "encolhiam" perante ele.
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De Leão do Norte a 04.09.2020 às 17:23

Antes de qualquer comentário gostaria de agradecer e dar os parabéns ao Leão Zargo por este diário de um título. Não só nos traz boas recordações como alguma esperança num futuro igual.
Em relação ao post, dois comentários.
Primeiro que essa linha de estabilidade tinha dois pontos de apoio fundamentais. Um era o já citado, em post anterior, De Franceschi. O outro era o Duscher, um dos melhores médios "box to box" que passaram pelo futebol português. Era excelente tanto nas recuperações defensivas, como nas construções ofensivas.
O outro prende-se com a lição que este campeonato nos trouxe. Nunca devemos desistir, por mais que nos pareça que as nossas hipóteses sejam reduzidas. Recordo que à oitava jornada a equipa estava em 6°lugar, acabava de perder 3-0 nas Antas, tinha sido afastada das provas europeias e já tinha mudado de treinador. No entanto soube reagrupar-se, aguentar o que restava da fase complicada sem mais danos e quando os outros tiveram fases complicadas e começaram a cair estava lá para aproveitar e dar a "estocada" final. Que pelo menos isto sirva de exemplo!
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De Leão Zargo a 04.09.2020 às 21:39

Leão do Norte

A lição que refere constitui uma das ilações mais importantes daquilo que contribuiu para a conquista do título. Tem muito interesse sublinhar a coesão que se verificou no Departamento de Futebol entre equipa técnica e estrutura directiva. Essa coesão transmitiu-se aos jogadores e foi condição essencial para que a equipa estivesse preparada para vencer.

Absolutamente de acordo relativamente a De Franceschi e a Duscher. Cada um desempenhou um papel importante, como Rui Jorge, Beto, Mpenza, Ayew e tantos outros. Por exemplo, Toñito normalmente entrou para o Lugar de Barbosa por volta dos 70 minutos de jogo sempre com grande qualidade. Bino foi competente sempre que chamado, como Delfim em determinadas circunstâncias. A época foi longa e o espírito de equipa permitiu o sucesso.
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De Rui a 04.09.2020 às 20:20

Uma equipa com jogadores experientes: Schmeichel, André Cruz, Pedro Barbosa, Acosta, com falhas claro, mas com classe. Rui Jorge, Vidigal, Duscher, grandes jogadores... Acho que era uma boa equipa, que Inácio conseguiu manter estável, jogo após jogo.
Resta apoiar a equipa este ano, até ao fim, concentrada para ganhar jogo após jogo, sem se distrair com os outros, com as críticas à direção, com os desvios que do estrangeiro tentam levar as jovens promessas ainda antes de se revelarem...
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De Leão Zargo a 04.09.2020 às 21:42

Rui

Oxalá o treinador Rúben Amorim consiga essa estabilidade que refere. O tempo é outro, mas a unidade continua a ser uma condição obrigatória para as vitórias.
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De Greenlight a 04.09.2020 às 22:48

Os tempos são outros, hoje a equipa parece mais consistente do que a da época passada mas os jogadores não têm a qualidade da equipa de há 20 anos atrás, mas acredito que o treinador seja melhor.

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