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Ser Sporting não se implora, não se ensina, não se espera, somente se vive... ou não.
1) Impor coincidentes medidas de coacção a um ex-Presidente ou a um líder de Claque, desde a comum data de detenção à libertação sob semelhante caução pecuniária de €70 Mil, leva-nos a identificar um reflexo iqualitário que emerge sob ambos. Suspeitos pela mesma diversidade criminal, o ex-Presidente e o líder de Claque partilham mais do que uma distorcida visão sócio-cultural do meio onde vivem – possuem, incrivelmente, um contexto sócio-económico homólogo. Para alguns, o Sporting foi sempre um bom negócio. Gostaria que os sportinguistas meditassem sobre isto.
2) Pelas razões conhecidas, no mês de Maio o Sporting adiou o reembolso de obrigações 2015-2018 para final deste ano. Foi aprovado, no mesmo mês, futura emissão dual – empréstimo e títulos obrigacionistas – no valor máximo de €60 Milhões. A emissão de obrigações em curso – com um juro aberrante de 5,25% – sob as quais o estagiário Zenha denuncia reservas relativamente a um potencial excesso de procura (inédito!), servirão como finalidade a liquidação… do anterior reembolso não cumprido.
Aposto, contudo e infelizmente, que o maior problema não se afigura entre a escassa procura por parte de investidores (facto nestes 4 dias) ou ainda os encargos de operação bancária do promotor. O Sporting mais uma vez procura dinheiro caro no mercado sem crença alguma de o conseguir – porém longe das taxas faraónicas superiores a 6,25% do contabilista Vieira – e pior do que isso, sempre com as mesmas soluções que prejudicam financeiramente o Clube. O Sporting, em termos financeiros, continua a ter uma grande experiência de inaptidão curricular.
3) Sempre fui partidário de medidas liberais para com o nosso Sporting, nomeadamente aquelas que de uma forma ou outra impõem uma adaptação de mentalidade à evolução. Desde a privatização/globalização do Clube, fim das presidências-parábolas de poder executivo e extinção de associativismo de pressão organizada (Claques) que submete ao medo e à insegurança o associativismo de apoio espontâneo e independente – os Adeptos.
Sempre que termina um mandato no Sporting, encontramos sempre o Sporting num caos. Creio que, como diria Bertrand Russel, o Homem moderno é senhor do seu destino – se continua a sofrer, é porque é estúpido ou perverso, não porque tal seja uma lei da natureza.
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