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Mas que "bomba"!!!

Rui Gomes, em 20.04.21

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Jesper Moller, presidente da federação dinamarquesa de futebol e membro do Comité Executivo da UEFA, defendeu esta segunda-feira que Real Madrid, Manchester City e Chelsea devem ser eliminados da presente edição da Liga dos Campeões, bem como Manchester United e Arsenal da Liga Europa, por serem 5 dos 12 clubes com participação garantida na Superliga europeia.

"Haverá um comité executivo extraordinário na sexta-feira. Penso que os 12 clubes serão expulsos da Liga dos Campeões e da Liga Europa. Espero que a UEFA impeça o Real Madrid, o Manchester City e o Chelsea de disputarem as meias-finais da Champions esta época. Os clubes [fundadores da Superliga] vão deixar as competições da UEFA. Penso que isso acontecerá sexta-feira".

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Jesper Moller disse ainda que a UEFA está também a equacionar permitir que os jogadores dos doze clubes envolvidos na Superliga europeia decidam de livre vontade se pretendem continuar com os actuais contratos ou avançar para rescisões. "Os acordos em vigor tornam-se nulos quando os clubes deixam as estruturas actuais. Os jogadores são então livres para decidir se fazem parte de uma comunidade, desde que mostrem solidariedade com os restantes intervenientes".

Mas que grande "bomba", se este cenário se concretizar. Poderá significar que o FC Porto regressará à Champions, para substituir o Chelsea, clube que o eliminou, assim como o Dortmund relativamente ao Real Madrid.

O PSG não é afectado, mas quem entra para o lugar do Real Madrid é deveras intrigrante, uma vez que eliminou o Liverpool e ambos são fundadores da Superliga Europeia.

Este assunto ainda vai dar pano para multifacetadas mangas e, muito provavelmente, no âmbito jurídico. No que diz respeito aos jogados sob contrato com fundadores da nova Liga, o tema até já foi aqui debatido no Camarote Leonino entre leitores. É uma hipótese bem real, parece-me.

NOTA: A acreditar nas reportagens desta terça-feira, há lóbi em curso para o SL Benfica integrar o lote de clubes na Superliga Europeia. Na realidade, com Luís Filipe Vieira ao leme, esta postura encarnada não surpreende.

publicado às 05:04

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30 comentários

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De LG a 20.04.2021 às 08:03

Vendo as coisas racionalmente, é apenas uma questão de dinheiro, a UEFA não gostou perder a fatia de leão com que habitualmente fica pelo muito difícil trabalho de organizar as competições.

Tudo o resto é conversa, e agora a UEFA vai tentando esbracejar prometendo o inferno aos doze indomáveis patifes. Vamos ver como se lhe corre a tentativa, se abusarem levam com uma acusação de abuso de posição dominante que não vai ser bom de ver. E gosto da teoria de os contratos dos jogadores serem nulos só porque sim

Quanto à postura do Benfica, não há novidades: em novembro Domingos Soares Oliveira já tinha dito que o clube era contra por alegadamente ficar de fora, porque se fosse convidado a resposta era óbvia: "A minha opinião é contrária, mesmo que o Benfica fosse um dos clubes representados na Superliga europeia. Se acontecer [o convite] quase nem é preciso pensar, mas preferia que não acontecesse", disse, na altura, Domingos Soares de Oliveira.

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De Zen a 20.04.2021 às 08:55

A FIFA e a UEFA são ridículas. Tal como toda e qualquer pessoa que os defenda.

Ou alguém acha que o Qatar2022 é para os 'adeptos'?

Quanto elementos de federações foram apanhados e condenados por corrupção, Platini inclusivé?

É lidar. Quem não gosta não é obrigado a participar. Jogadores e treinadores são pagos a peso de ouro. Ou jogam ou comecem a preparem as rescisões.

O resto é só conversa da treta. Venham de lá essas proibições. Vai ser o maior tiro no pé que poderiam dar nesta situação.

Adoro

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De Rui Gomes a 20.04.2021 às 09:55

Esta questão da Superliga nada tem a ver com "defender" a FIFA ou a UEFA, e qualquer pessoa que pensa assim é ridícula!
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De Jorge a 20.04.2021 às 15:18

Meu caro, essa arrogância e sobranceria deve-se ao facto de você, como lampião que é, achar que o Benfica vai estar nesse restrito clube dessa Superliga Europeia. As vossas ilusões de grandeza Europeia chegam a ser enternecedoras.

O problema é que, se o Benfica chegar a estar, é porque essa Superliga está condenada à nascença. Podem-se meter em bicos de pés o quanto quiserem, mas quem eles lá queriam eram os clubes alemães e franceses. Vocês seriam meros figurantes.
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De Fernando Albuquerque a 20.04.2021 às 11:34

Rui Gomes

Há uma coisa que os ricos não compram, que é a morte, pois aí somos todos iguais, pois só o preço do caixão é que faz a diferença.

Esta Super Liga Europeia está a ser estudada , segundo palavras de LFV desde 2007. Faz-me confusão é o DDT ter na altura dito que estava a trabalhar (?) nesse projecto e agora não estar interessado no mesmo. Está a esconder algo que não consigo descortinar, pois o seu braço direito também não queria que o clube, onde trabalha estivesse no lote dos todos os poderosos, mas se houvesse um convite para a sua inclusão a resposta seria logicamente SIM. Porquê esta rejeição ?

Na próxima 6ª. feira vamos saber mais pormenores do que vai acontecer. Não confio muito nos Organismos que mandam no futebol, pois tanto a FIFA como a UEFA já foram atacados por pessoas , que se aproveitaram do dinheiro que não lhes pertencia e isso é um mau pronuncio. Temos de confiar em quem está neste momento à frente destes Organismos , pois esta Super liga tem como finalidade acabar com milhares de clubes., que existem. Fernando Albuquerque (SCP)
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De Fernando Albuquerque a 20.04.2021 às 11:42

Rui Gomes

A data em que LFV disse que estava afincadamente a trabalhar nessa Superliga foi em 2017 e não aquela que indiquei. Fernando Albuquerque (SCP)
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De Mike Portugal a 20.04.2021 às 12:22

Por mim tanto o SLB como o FCP podem ir para a superliga e deixar de competir aqui no campeonato nacional. Deixarão de ganhar campeonatos e de ser clubes Portugueses, mas se for mais importante tentar fazer dinheiro, temos que respeitar essa opção.

Por mim, espero que o SCP nunca entre nesse tipo de liga, mesmo que seja convidado para tal. Se isso acontecesse seria o dia em que deixaria de ser sócio e adepto.

Agora faço esta questão: o que acontecerá aos clubes que estejam naquela pool de "rotação" e que deixem os seus respetivos campeonatos para competir na superliga? Voltam ao seu campeonato quando forem outros clubes convidados a ir para a pool? Não estou a ver as federações a deixarem-nos voltar a jogar no seu campeonato.
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De José Gonçalves a 20.04.2021 às 15:12

Claro que é impossível nestas circunstâncias poderem jogar os respetivos campeonatos, para além da rejeição das federações sob a égide da UEFA, existiria sempre a oposição dos outros clubes que não estariam dispostos a competir com tais intrusos, que com os orçamentos chorudos desvirtuariam a componente desportiva; portanto neste momento, ou recuam ou será o desmoronamento financeiro e desportivo destes gigantes com pés de barro!
Para o Sporting, vai ser o euromilhoes, visto praticamente já ter assegurada a presença na Champions e a UEFA deve decidir abrir mão de mais uns milhões para distribuir!
Força Leões!
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De Rui Gomes a 20.04.2021 às 17:46

Por enquanto, nada está garantido. Vamos jogo a jogo!
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De Luísa de Sousa a 20.04.2021 às 12:36

Uma grande "Bomba" ... !

Mas não acredito muito que isto vá para a frente.
Acredito que os tais "desertores" vão recuar, tamanha a bronca que vai dar

Mas gostava de ver isto acontecer (a superliga)


Beijinhos Rui
Feliz Dia
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De Rui Gomes a 20.04.2021 às 13:42

A ideia não me agrada!
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De Leão Campeão a 20.04.2021 às 13:04

Faça-se lá o entendimento que se quiser fazer mas a requalificação das competições desportivas ao nível do futebol enquanto desporto mais mediático a nível global há muito que faz todo o sentido.

Ao nível das competições de seleções, é notória a falta de competitividade nos estágios iniciais de apuramento, sendo todos nós forçados a assistir a intermináveis conjuntos de jogos de carácter medíocre ao longo de dois anos para apurar um conjunto de seleções que, raríssimas vezes incluíam “outsiders” relevantes. Para mitigar isso, os organismos federativos têm vindo a aumentar o número de participantes nas fases finais, sem que daí advenha maior competitividade mas apenas, isso sim, maior número de jogos e esforço para os atletas, com a agravante de se disputarem em alturas da temporada em que já acumulam enorme desgaste. Não é à toa por isso que tais competições bastas vezes se jogam a baixos ritmos de forma e de qualidade.

Ao nível dos clubes, o que vimos são cargas enormes de competição que chegam a colocar a necessidade de se fazerem opções estratégicas no sentido de se abdicar de determinada competição em prol de outra. Não tão poucas vezes nos apercebemos que os finalistas nos estágios finais para campeão europeu são aqueles que a nível nacional já abdicaram de lutar pelo objectivo máximo, a menos que tal objetivo já esteja há muito garantido.

Dito isto, bem sabemos que as provas máximas do contexto europeu têm vindo a ser desvirtuadas, tal como a Taça dos Clubes Campeões Europeus que há muito deixaram de ser disputadas pelos legítimos titulares.
O futebol enquanto paixão desportiva também evoluiu de forma extraordinária, a partir do momento em que se lhe atribuiu um grau de exigência comercial muito superior. E por essa razão existe um percurso que já não tem retorno.
Como tal é tempo de haver as necessárias reformas e adaptações às exigências e pretensões legítimas dos clubes que invariavelmente vivem subjugados a regras ditadas por organismos opacos e demasiadas vezes arrogantemente autistas aos apelos dos seus participantes.

Tal como se antevê no EUA, também na Europa faz todo o sentido que se evolua no sentido de uma competição continental disputado como se de um campeonato normal se tratasse.
Tal competição não pode ser determinada por um conjunto de clubes mas sim por um ranking que distinga todos, através de um organismo regulador europeu.
A título de exemplo, fazendo-se uso do ranking de clubes da UEFA a 10 anos (https://kassiesa.net/uefa/data/method5/trank10-2021.html), poderia a UEFA organizar campeonatos divididos por 4/5 divisões. Cada divisão albergaria um número razoável de competidores (20/24 equipas). Haveriam descidas e subidas de divisão todos os anos, como se de um campeonato comum se tratasse.

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De Leão Campeão a 20.04.2021 às 13:05

(Continuando)
E as competições nacionais? Neste contexto seriam de algum modo preteridas, é um facto!
Mas tais teriam que ser a forja necessária para se promoverem tanto clubes como jogadores a graus de competição superiores.
Como?
Enquanto clubes maiores, que por força da sua participação nas competições europeias teriam maiores orçamentos, estes permitiriam-se participar nas competições nacionais mas de modo selectivo. Isto é, participariam com um género de equipas B, constituídas por jogadores sujeitos a certas restrições, tal como sucede nas actuais competições. Basicamente, um clube com os fundos obtidos na Europa teria margem para ter duas equipas a competir, uma externa, outra internamente, em que os seus jogadores seriam distinguidos, não podendo ser utilizados de forma arbitrária nas duas.
Todos os outros clubes que não competem nas ligas europeias teriam assim uma margem competitiva mais equilibrada.
Tal não os impedia, ainda assim, de poderem subir a uma Liga Europeia inferior, mediante os resultados obtidos a nível nacional.
Por sua vez, os jogadores poderiam ser ainda promovidos dentro de clubes de menor dimensão nacional enquanto jovens em formação, podendo ascender por meio de “drafts” de final de época, tal como se faz nas competições americanas, aos tais clubes maiores que disputassem as ligas europeias, criando assim a possibilidade de clubes de menor dimensão virem a beneficiar financeiramente com vendas avultadas a clubes de maior dimensão europeia.
Tais clubes menores seriam assim fundamentalmente formadores mas sem mesmo assim poderem sempre aspirar a se tornarem clubes mais competitivos e com a ambição de poderem integrar as competições de maior importância europeia.

Também a nível de seleções se deveria avançar para um modelo deste género em que países deveriam poder, em competições de 2 anos, disputar o título mundial através de uma liga que pusesse em competição todos contra todos a duas voltas.
Tal modelo não impediria que não se pudesse ainda assim disputar uma fase final mais restrita para apurar o campeão mundial.
Já a nível europeu, o título de campeão europeu deveria igualmente ser disputado em modelo de Liga, onde os países participantes da Liga Mundial não poderiam competir com jogadores acima de determinada idade, abrindo assim oportunidade aos outros de competir em maior equilíbrio.
Tal como nos clubes, também as seleções deveriam assim poder ascender à Liga Mundial ou serem retiradas, mediante a classificação obtida.

Sinceramente, uma coisa é certa: esteve mal o grupo de clubes que promoveu tal iniciativa, embora há muito de soubesse que tal iria suceder mais tarde ou mais cedo.
Já vem estado mal há muitos e muitos anos a UEFA e a FIFA que desde sempre se tornaram déspotas que vivem à margem da lei e das instituições, todas elas sejam quais forem, julgando-se imunes ao direito e dever dos outros.
Que tal iniciativa sirva, duma vez por todas, para despertar as consciências.
Tal como está é que não fica...!
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De João Gil a 20.04.2021 às 14:03

Do anúncio da intenção de organizar um liga fora da alçada da UEFA e da FIFA à concretização vai um mundo de distância. Só pelo anúncio dificilmente haverá cobertura legal para excluir os clubes promotores da ideia das competições da UEFA e, por arrastamento, os jogadores dessas equipas que ainda por cima têm zero responsabilidade e menos ainda culpa da decisão dos seus empregadores. Daria um imbróglio jurídico digno de ver desenrolar. Isto é uma questão comercial e de dinheiro. Será que uma liga como a que foi congeminada pelos clubes promotores desta ideia de superliga europeia teria sucesso popular? Quanto custa para o espectador, quem é que vai querer pagar para ver um “campeonato” que está decidido à partida e que não consagra um campeão pelo mérito do seu desempenho, mas por direito consuetudinário, ainda por cima auto outorgado? O que vai acabar por acontecer é que a UEFA vai dar a parte de leão do bolo aos clubes em vez de ficar com ela para se promover e enriquecer e usar isso como argumento para a promoção do negócio e do futebol no mundo.
Por outro lado, não seria desinteressante deixar a ideia dos dissidentes ir avante e simplesmente retirá-los das competições organizadas pela UEFA e FIFA. Quando não se quer fazer parte do futebol federado e associativo, sai-se. Não deverá sequer ser estatutariamente possível estarem dentro e fora (contra) simultaneamente. O futebol dos adeptos e dos jogadores e a sobrevivência dos clubes que disputam os campeonatos nacionais talvez ganhassem alguma coisa deixando os 12/15 fundadores da superliga ir à sua vida. SL
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De Leão Campeão a 20.04.2021 às 15:24

Duvido...!
Estamos a falar da maioria dos clubes mais representativos do futebol mundial.
Mesmo os que agora se excluem, mais cedo ou mais tarde adeririam, face aos interesses envolvidos.

A FIFA ou, ainda mais, a UEFA podem recusar e protestar contra as vontades reformadores dos clubes mais representativos mas perderão a mão neste processo no dia em que se virem defraudadas da verdadeira origem dos dinheiros - os patrocinadores.

Como antes disse, uma coisa é certa: o modelo actual de competições não serve mais aos interesses desportivos e comerciais.
Não faz sentido perpetuar competições não alberguem, de forma distinta, clubes com objectivos similares.
O actual modelo tem outro aspecto altamente pernicioso, a nível das competições internas, tal modelo tende a promover a perpétua homogeneidade de certos clubes. Exemplos vários nas ligas principais como inferiores: Juventus, PSG, Bayern mas também outros como Zenit, Shaktar, Red Bull Salzburg, Basel entre outros...
Em Portugal, Benfica e Porto dividem-na, afastando irremediavelmente todos os outros, donde por essa via o Sporting sai largamente prejudicado.
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De João Gil a 20.04.2021 às 15:57

Se reparar bem e for verificar os números dos patrocínios nas contas dos clubes vera que nas ligas nacionais e na nossa em concreto está há muito tempo já a replicar-se a lógica que os 12 querem concretizar na superliga europeia, levado a outro expoente bem entendido. Não foi por acaso que o SLB quis há anos atrás negociar os seus direitos televisivos numa lógica de exclusividade e sair fora da negociação concertada através da liga, porque acreditou e acredita que o Benfica é a competição e a competição é o Benfica. A conversa da hegemonia e de que o Benfica e maior do que Portugal assenta nesse credo. Sporting e Porto bem queriam ir atrás mas estavam amarrados por vários anos ainda à SportTV. É ver os contratos de patrocínios da NOS com os grandes e ver quanto sobrou de dinheiro para financiar para os restantes da 1 liga e toda a segunda liga. O universo de recrutamento dos 12 clubes da superliga é reduzido se estiver fora das ligas nacionais e das competições da UEFA. Simplesmente porque a competição se faz em circuito fechado, mais nada. Não é verdadeiramente competitiva uma liga reduzida e fechada em que não há disputa, apenas distribuição de prémios pelos mesmos, que nunca podem perder o direito de participação, aconteça o que acontecer. Uma mini liga assim acabará por colapsar, no dia em que os patrocínios reduzirem de montante porque a competição não tem interesse desportivo nem capacidade de crescer. Claro que pode pensar-se que o futebol deixou de ser um jogo para is estádios e para o povo, mas apenas para o espectador da TV, um desporto pay per view. Não é impossível que se torne nessa realidade, exclusivamente e a prazo. A única via de sobrevivência seria o alargamento dessa liga a um universo muito maior de clubes. Ora, a superliga não tem condição de se substituir definitivamente às competições da UEFA, muito maior e muito mais poderosa do ponto de vista político, organizativo e financeiro do que os clubes que a compõem e do que os clubes que queiram criar a superliga. E pela razão mais básica de todas, é que o futebol internacional é uma construção de vontade associativa e federativa dos clubes e dos países e tem raízes na competição pura dentro do campo. A superliga nasce como um mini liga de uma punhado de clubes que se julgam “a competição”. É um erro. Esses clubes não fazem a competição. Isto é uma questão de mercado, puramente. O meu país é um mercado muito maior do que a minha rua. A Europa, por muito que os ingleses achem que não, é um mercado muito maior e mais potente do que o do reino unido sozinho. Querem um mercado com dinheiro e negócio gerido a sério? Deslocalizem-se ou adquiram/criem um clube nos EUA e inscrevam-se na MLS. SL
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De Leão Campeão a 20.04.2021 às 16:32

Se esteve atento aquilo que escrevi, verá que não seria nada disso que eu ali defendi.
Não faz sentido algum uma Liga fechada auto promovida por uma elite de clubes.
Simplesmente, esta iniciativa vai no sentido de alertar certas consciências para a necessidade efectiva de mudanças profundas no modelo competitivo.

Resumidamente, ligas divididas por escalões que alberguem equipas que se assemelhem competitivamente.
Sendo a UEFA o órgão regulador, utilização de rankings determinados pelos resultados históricos que classificam e dividem os grupos competitivos.
A partir daí existirão subidas e descidas consoante a performance dos clubes na competição em que se inserem.
Tal competição seria continental e haveria ainda lugar a competições internas nacionais, onde os clubes que constituíssem determinados níveis na Liga Europeia participariam condicionados por equipas B.
Tal nunca impediria a possibilidade de todos os outros poderem sempre ascender à Liga Europeia, iniciando o seu percurso por uma divisão inferior, mediante os resultados obtidos internamente.
Proteção dos clubes formadores que deveriam poder manter os jogadores formados por mais tempo, podendo estes serem transferidos para os clubes de maior dimensão por via de “drafts” num modelo que promove-se a competição e ainda protegesse o esforço e o investimento feito pelos clubes mais fracos nesses jogadores promissores.

Um modelo idêntico aplicável às competições entre selecções.

Olhemos agora para as actuais competições e fale o primeiro aqui que se sente satisfeito com o modelo actual e a forma como as competições são conduzidas, onde cada vez mais se assiste a uma proteção perpétua aos clubes mais fortes e que, por inerência, se tornam cada vez mais ricos e distantes dos outros...!
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De João Gil a 20.04.2021 às 16:56

Caro Leão Campeão, estou muito de acordo consigo. O ponto era o da possibilidade da ideia da superliga ir avante. Na minha opinião, não tem futuro. Isto apenas precipitará a mudança do quadro das competições locais e internacionais, numa base que se espera mais justa de distribuição das receitas e da possibilidades de competição para os clubes, que têm de poder financiar-se e às múltiplas actividades que levam a cabo, nomeadamente a formar jogadores, como bem refere. A exponenciação dos custos levará a prazo, inevitavelmente, ao colapso dos clubes e das competições. Mesmo dos que se julgam imunes a crises financeiras, pelo sua dimensão global ou transnacional. O Lehman Bros. era um colosso de banco e caiu. O Barcelona só pode mesmo estar aflito. Tem de pagar um contrato de 500M€ ao Messi...Porque a capacidade de crescimento das receitas não é ilimitada. Já a dos custos, como sabemos, é. Por isso é que volta e meia se cai na bancarrota e vêm os credores a seguir obrigar-nos a apertar o cinto para pagar a dívida. Ou então fechamos a porta, que é o que está a acontecer a tanto clube pequeno, histórico e não. Por cá já temos vários exemplos de clubes que já tiveram dimensão e palmarés e estão na insolvência. Infelizmente. A ver se esta malta acorda e muda para melhor. Abraço e SL
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De Mike Portugal a 20.04.2021 às 16:57

Leão Campeão,

O problema com esse modelo é que os clubes mais pequenos não teriam possibilidade de pagar tantas deslocações, ou seja, nas tais divisões inferiores dessa competição, com clubes mais pobres, teriam imensa dificuldade em ter condições para se deslocar a vários países diferentes para competir.
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De Leão Campeão a 20.04.2021 às 19:20

Mike
É óbvio que aquilo que ali fiz é um mero esboço com inúmeras necessidades de aperfeiçoamento.
Em Portugal, o campeonato de Portugal (3º escalão) é disputado regionalmente até se apurar uma fase final nacional. O mesmo teria que ser feito para os escalões inferiores da Liga Europeia, por exemplo, para ano obrigar a deslocações enormes e desnecessárias.
Mas isso são pormenores que teriam sempre que ser trabalhados.
O que interessa fundamentalmente é a filosofia em que assente o modelo de competição.
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De Mike Portugal a 20.04.2021 às 19:34

Sim, a minha questão é que o modelo em si nunca seria viável para os clubes pequenos, porque simplesmente eles não teriam como sobreviver.

Vamos ver uma coisa, em Portugal há vários clubes que só sobrevivem porque estão na 1ª Liga e recebem algum dinheiro por lá estarem e as receitas de bilheteira dos jogos com os grandes.

Ao fazer a tal superliga com várias divisões, os clubes pequenos de Portugal estariam a lutar contra outros clubes pequenos de outros países e nunca haveria jogos com "grandes", logo a receita de bilheteira nunca seria boa. Para um modelo destes funcionar teria que se pagar uma determinada soma de dinheiro a cada clube pequeno de forma a não fecharem as portas. E considerando que existem muitos clubes pequenos na Europa não sei até que ponto isso seria viável.
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De Leão Campeão a 20.04.2021 às 20:04

Vamos lá ver...
Os clubes pequenos não disputam jogos com clubes grandes externamente, salvo raras excepções de forma muito pontual, ou melhor, por mero acaso! Nada mais...
O normal é disputarem competições menores ou nem sequer participarem.
Em Portugal participam cronicamente meia dúzia de clubes nas competições europeias. Os outros quando lá vão abalam o seu orçamento e até o calendário competitivo.

No próximo ano participarão 108 clubes europeus em 3 competições distintas.
A pergunta é porquê misturar e retirar competitividade a essas mesmas Taças ao tentar dar oportunidade (meramente financeira) a uns poucos, que ainda por cima irão desvirtuar a competição com os seus adversários internos?

Desses 108 clubes (vamos imaginar que sejam 104...) divididos em 4 Ligas de 26 equipas cada.
Jogam todos contra todos dentro de cada Liga. A uma volta apenas, disputam 25 jogos, até fazerem um grupo de 8 melhores classificados que jogaram em regime de play-off para se apurar o campeão em cada escalão.
Os melhores sobem à próxima Liga. Os piores descem.
A nível interno, equipas que joguem nos escalões europeus só podem disputar as competições nacionais com equipas B onde, conforme o escalão europeu em que se encontrem, se encontrará um handicap adequado a esse clube.
Um clube da I Liga Europeia só pode jogar com miúdos até aos sub-20 em ambas as competições. A partir daí, quem jogue na Europa não pode jogar no seu país.
Por sua vez um clube que jogue numa Liga Europeia inferior, pode disputar as competições internas com jogadores sub-25, sendo que os restantes terão um limite de participações europeias, após o qual ficam condicionados para jogar internamente.
Um campeão nacional que não tenha participação europeia fica habilitado a participar nela no ano seguinte, entrando no escalão mais baixo, mediante um torneio de apuramento entre os clubes campeão nacionais dos vários países que não tenham tido participação europeia anterior.
É claro que aos poucos a competição europeia tornar-se-ia o maior objectivo de cada clube que ambicionasse progredir.
Contundo, isso é já a pretensão maior de alguns dos mais fortes.
No fundo, compreendo uma cera resiliência e conservadorismo mas o futebol na Europa, 60 anos depois, já não se justifica estar fracionado entre países onde todos anos se apure o melhor para disputar uma competição global, isto também porque tal já não sucede há muitos anos. Existem participantes crónicos na Liga dos Campeões e que não dependem da sua competição nacional.
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De RCL a 20.04.2021 às 19:15

Como serão formadas as seleções nacionais?
Os jogadores virão da Superliga ou da Liga Rasca?
Acabam os campeonatos mundiais e europeus de seleções?
Lá fica oFS e o pessoal da federação sem emprego.
SL
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De Leão Campeão a 20.04.2021 às 19:37

Vejamos o assunto desta forma.

Nas actuais circunstâncias, um adepto do Sporting anseio pela ida do seu clube à Liga dos Campeões. Quando lá chega, está longe de imaginar uma carreira longa e a única coisa que admite é uma qualificação quase inédita para os oitavos de final onde irremediavelmente será eliminado. Usualmente, o objectivo é cair para a Liga Europa.

Um adepto do Benfica ou Porto não foge muito desta visão, ainda que a sua maior desilusão actualmente seja nem sequer participar. Vejamos o exemplo do Benfica esta época, pela negativa e a perfeita euforia que foi a participação do Porto por ter chegado aos quartos de final.

Mas se falarmos de um adepto do Bayern, Real ou Barcelona a participação não está em causa. Só uma catástrofe não os colocaria na Liga dos Campeões. A fase de grupos é um mero cumprir de calendário que eventualmente poderá ter um ou outro jogo com um pouco de mais interesse mas quase nunca pondo em causa a passagem à fase seguinte.
A maior desilusão que lhes pode acontecer é caírem nos oitavos de final que normalmente também não oferece grandes dificuldades. Para eles, a Liga dos Campeões só começa efectivamente a partir dos quartos de final.

Mas vejamos ainda um adepto do Ludugoretz Radzar.
Dada as suas participações nas competições europeias, nomeadamente na Liga dos Campeões, os seus orçamentos permitem-lhe ser crônico campeão búlgaro.
Internamente não tem interesse nenhum a competição.
Dificilmente se apuram para a Liga dos Campeões mas já sucedeu.
Aí sabem que disputando a fase de grupos o mais óbvio é não fazerem pontos.
Qualquer empate que suceda é um feito. Mas o essencial já está feito que é o prémio de participação.
Para o Real ou o Barcelona lá é um fardo terem que se deslocar para cumprir calendário até à Bulgária. Por parte dos jogadores, interesse algum... e dos adeptos pouco mais!

O mesmo se assiste ao nível das seleções.

Ora isto tudo não constitui um cisma na cabeça dos adeptos.
É que eu nunca vi o Sporting ser campeão europeu mas “nasci” para o futebol com a secreta esperança de sermos um clube capaz de o atingir, caso fossem dados os passes certos. Vi pelo menos o Porto fazê-lo duas vezes e o Benfica quase o conseguir umas outras tantas vezes...
Hoje em dia tal é perfeitamente impossível de ser alcançado.
Só na cabeça tonta do “Paulinho” Futre...!

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De Julius Coelho a 20.04.2021 às 20:23

A bomba rebentou no epicentro da hipócrisia.

Ninguém tem coragem de se ver ao espelho, os clubes proscritos, a FIFA, a UEFA, as Federaçôes, os outros clubes, os jogadores e os treinadores, a esmagadora maioria de toda essa gente gerem a hipócrisia da forma como podem e todos eles procuram as zonas de maior conforto transmitindo mensagens sérias, massajando e massajando com tudo o que se gosta de ler e ouvir mas ...na verdade...por trás sem que ninguem saiba, a verdade poderá ser muito diferente.

A FIFA e a UEFA acordaram agora para a vida e como entidades seríssimas e com prática de bons exemplos (nunca tiveram contas com a justiça) exigem seriedade, exigem repudio ás traiçôes e acusam quem quer ganhar mais que a conta, que surpresa!!! Já vimos isso entes em qualquer lado.
Os proscritos querem ganhar em tudo e nunca perder, querem ser os donos da Galáxia e de mais além se possível.
As Federaçôes, todas elas entidades muito "sérias" borram-se de medo das represálias que podem vir a rebentar-lhes em cima, os clubes, alguns, passam palavras também muito musicais, em sintonia com a melhor melodia aos ouvidos de todos mas na sombra ou na penumbra da noite movem-se na surda, anseiam pela fortuna de receberem um convite proibido vindo.... dos proscritos, é a vida.
Os jogadores e treinadores por sus vez, muitos deles, garantem que nada de Superligas, nada disso, juramos que não nos interessa.. mas porque... ainda não viram o numero do valor do cheque e... bem...pensando bem, tenho que pensar na familia...entendem não é?

Que se amanhem e resolvam, a verdade é que a UEFA ja tem planos para uma revolução nas competições, a necessidade e o medo aguça a imaginação.



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De Leão Campeão a 20.04.2021 às 20:42

Claro! Como é óbvio.
Servem estas manifestações de hipocrisia para fazerem acordar as sebentas instituições para uma revolução que é urgente e pra ontem.
No entanto, temo que tais reformas sejam sempre feitas de forma medrosa e apenas para satisfazer e calar alguns poucos, muito poucos...
É o que se vê com a aberração em que se tornou o modelo da Liga dos Campeões e restantes Ligas...

Não sou um especial adepto de Florentino Pérez mas vale a pena ouvir com atenção a entrevista que ele deu, os dados que ali são revelados e analisados e sobretudo fugir aos sound bites patéticos de jornalistas e alguns especialistas da “bola”.
É curioso ver também o protecionismo ao regime das federações nacionais em detrimento dos clubes que são quem realmente gera produto, bem expressado nas opiniões de algumas luminárias de onde destaco o nosso honorabilidade selecionador nacional. Essa “estrela”...
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De Leão Campeão a 20.04.2021 às 22:31

Desculpem insistir neste tema mas é uma anedota assistir aos comentários dos “especialistas” da pasquinada...!
Estava agora a ouvir o tom jocoso do André Pipa na BolaTV sobre este assunto e perceber porquê que este jornal lampiónico (a tal Bíblia do futebol...!) é tão primitivo ao ponto de já quase ninguém o ler.
Desde gozar por achar que certos clubes abandonaram entretanto o projecto talvez por receio das consequências e ameaças da toda poderosa UEFA emitir opiniões absolutamente idiotas sobre as competições americanas que são simplesmente o maior bastião desportivo mundial, cujo país sozinho é maior que toda a Europa junta na área do desporto, seja tanto pela via competitiva como comercial.

O que é óbvio neste dia de revelações é que esta gente muito se preocupa com sound bites e posicionamentos situacionistas quando deveriam, isso sim, preocuparem-se em irem ao fundo da essência e compreenderem que o futebol, em particular na Europa, há muito que entrou numa morte lenta...

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