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Memórias de infância

Rui Gomes, em 21.04.25

slide-04.jpg

Um dos aspectos que eu mais aprecio do nosso Clube é ver o grande número de crianças a assistir aos jogos em Alvalade, no Pavilhão João Rocha, ou a participar nos muito eventos especiais que o Sporting CP promove.

Ainda há dias, num desses eventos especiais, salvo erro para marcar o dia do Pai, fartei-me de rir com as crianças que participaram, já com muita habilidade à vista, fintar os pais com relativa facilidade.

Bem... mas o ponto principal do post não é este.

Devia ter os meus quatro anos, quando assisti ao meu primeiro jogo de futebol na terra do meu berço, a vila de Bombarral. Um daqueles dérbis regionais entre o Bombarralense e um dos clubes das Caldas da Rainha (naquela altura haviam dois, um dos quais até chegou à 1.ª Divisão Nacional).

Assistia eu à actividade no pelado (não haviam relvados) e ao ver os lançamentos da linha lateral, pensei para mim... 'Isto é muito complicado. Nunca vou conseguir ser jogador de futebol. Como é que eles sabem que têm de lançar a bola naquele sítio?'

Apesar desta minha "deficiência", consegui ser jogador de futebol, inicialmente como guarda-redes, mais tarde como avançado. Fui um excelente atleta na minha juventude, pratiquei vários desportos, mas futebol, salvo como dirigente, nunca foi a minha melhor praia.

Já passaram tantos anos e esta memória de infância nunca me abandonou.

publicado às 02:03

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26 comentários

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De FF a 21.04.2025 às 10:21

Bom-dia, sr. Rui Gomes,
Esses foram bons tempos em que o futebol era desporto.
Desde que deixou de o ser e passou a negócio que potenciou a corrupção que grassa no país em que vale tudo para obter resultados e que no mundo do futebol tem no Benfica o melhor exemplo.
Neste mundo cão em que vivemos, choro a morte do único Homem Bom que existia: o Papa Francisco.
FF
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De Rui Gomes a 21.04.2025 às 17:25

Os tempos e as sociedades mudaram muito, com outros valores.
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De Luis Carvalho a 21.04.2025 às 17:19

Na última celebração do Dia do Pai, estive presente com filho e neto, foi muito agradável, creio que o meu neto nunca se esquecerá. Tirou fotos com o Jubas, eu próprio, eu próprio tirei muitas, mas havia uma empresa que fazia fotos e no final do dia as vendia. Creio que nesse dia estariam nessa jornada cerca de 60/70 miúdos, com pais e contabilizei dois avôs( eu incluído). O mais jovem era um bebé com 15 dias, que acompanhava pais e duas irmãs já crescidinhas. Eu não tive a felicidade de ver o Sporting muitas vezes em criança, vivi em Évora até aos 18 anos de idade, mas por vezes lá convencia os meus Pais a ir ver um jogo, nunca fui muito feliz, estive no Jamor numa final da Taça contra o Benfica perdida por 2-3 e num jogo no JA, com derrota por 0-3, enfim nunca foi a minha “ especialidade” os dérbis, também assisti ao 0-1 com aquela saída em falso do Ricardo, e naquele famoso 5-3 da Taça de Portugal, só pude ficar na garagem do estádio, a aguardar pelo regresso dos filhos e amigos, partilhando com os seguranças a reviravolta no resultado. Não imaginam o barulho, a trepidação, das bancadas naqueles momentos, algo único que tive a felicidade de viver. Na infância era muito mais Lusitano Ginásio Clube, onde ia aos jogos desde os 5 anos de idade com o meu Avô Paterno. Mas em casa respirava-se desporto, o meu Pai foi Vice-Presidente da Associação de Futebol de Évora, o presidente da dita era o colega Aires de Almeida, um outro Sportinguista. Nessa época tinha duas paixões, as duas verdes, o Sporting e o Lusitano, mantenho-as, sou sócio cinquentenário das duas, fiz os filhos e neto sócios das duas, fui atleta de judo e basket do Lusitano, mas, e não sei explicar o Sporting Clube de Portugal é aquela e inigualável paixão. P.S.- Há que referir que para o futebol onde joguei imensos torneios do Liceu Nacional de Évora, não tinha jeito, mas a malta tinha respeito, a falta de jeito era inversamente proporcional ao físico e força( do vulgo porrada), para o andebol onde também andei, foi o inverso, eu que andava no basket há muito, não tinha “ feitio” para tanto empurrão, no voleibol cheguei à seleção distrital de sub 16/17, mas os colegas eram quase todos do seminário de Évora, um bocadinho totós para o meu gosto, abandonei os treinos e ainda levei uma reprimenda da minha Mãe que era colega do treinador. Ficou o basket, que joguei federado uns 4 anos, até ir para o IST estudar. Tantas recordações, coisa de “ velhos”. SL.
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De Rui Gomes a 21.04.2025 às 17:24

Muito bem, é sempre salutar recordar outros tempos, especialmente os mais felizes.
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De Rui Gomes a 21.04.2025 às 17:30

P.S.: Com esse currículo pouco feliz, para não dar azar, recomento que não vá ao Jamor este ano, caso o Sporting consiga chegar lá, claro.

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De Carlos N.T. a 21.04.2025 às 17:45

Rui Gomes,
...
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De Luis Carvalho a 21.04.2025 às 19:39

Bom, em primeiro lugar é preciso lá chegar, creio que assim acontecerá, mas nunca fiando. Em segundo lugar as duas últimas vezes que lá fui, ganhámos, contra Braga e Porto.
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De Carlos N.T. a 21.04.2025 às 17:45

Luis Carvalho,
-"...a falta de jeito era inversamente proporcional ao físico e força( do vulgo porrada)"-
E assim continua...

Um abraço!.👊


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De Luis Carvalho a 21.04.2025 às 19:42

Não se pode ter jeito para tudo, era até chato. Agora dedico-me mais à “ porrada” verbal, e vaidade à parte, não me saio mal. 😜
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De Carlos N.T. a 21.04.2025 às 20:02

...
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De Carlos N.T. a 21.04.2025 às 17:38

Rui, bonita história

Páscoa...da infância e de histórias.!😁
No meu caso, é um pouco diferente...
Os ruídos da bola a bater no fundo da malhas da baliza, do ruído do chutar, as fascinantes cores das camisolas, a sempre me chamaram a atenção e com pai craque da bola(atenção; foi convidado para treinos no Benfas, lá no começo dos anos 60, mas nunca foi, preferiu ir para Angola).

A minha história ...
O meu primeiro golo.⚽️
A minha mãe francesa que de bola, nem vê-la(dizia que era desporto para pobres☺️)estava na maternidade para dar à luz a minha irmã.
Nesse entretempo, eu com pouco mais de 5 anos de idade, os meus pais preferiram deixar-me ao cuidado duma familia vizinha, amiga e padrinhos de batismo, lá naquela terra quente do norte de Angola.
Ora bem, com a mãe na maternidade eu sentia a liberdade de movimentos e não todos aqueles cuidados excessivos que todos os pais jovens teêm com o primeiro filho.
Liberdade para ir até à praia ver os pescadores, etc..e claro, mesmo à frente da casa, na mesma estrada principal da Vila, ao atardecer "fechada" ao trânsito(os "quatro" carros🤣🤣🤣) pelo exército português, virava campo da bola da miudagem.
Liberdade!!.. finalmente pude jogar e não só ver, olhar desde a varanda da minha casa.
Fiz um golo monuental...😎
Fintei todo o mundo(se calhar era só três ou quatro, mas para mim eram, foram 50🤣🤣🤣)..e fiz golo.⚽️
Extase total.. à noite, sonhava acordado, não conseguia dormir.

P.S. O Benfas(de Luanda) também a mim, já eu com 12 anos de idade convidou-me para .. o Hóquei em Patins.☺️
Já em Lisboa com 16 anos, andava eu no Liceu Pedro Nunes, também fui convidado para o Basket do Belenenses.
Desporto.. toda a minha vida.✌️
Feliz Páscoa "malta".
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De Rui Gomes a 21.04.2025 às 20:15

Obrigado.
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De RCL a 21.04.2025 às 18:13

Quando me fiz sócio, com lugar na Bancada Nova, levava os meus 2 rapazes(5 e 7 anos), e sentava-os nos joelhos; infelizmente, o Sporting atravessava a crise que durou 18 anos e os miúdos não tiveram a minha sorte que vi o Sporting campeão na infância e adolescência. Mesmo assim, quando nos juntamos eles recordam as peripécias daquelas tardes e noites, como uma senhora , que , com o marido, tinha lugar atrás do meu: um pouco nervosa, cada vez que o Sporting atacava, dava-me um pontapé nas costas; ainda bem que não havia Gyokeres e o Yazalde estava em França
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De Leão do Norte a 21.04.2025 às 20:07

As memórias de infância são fundamentais na afinidade a um clube. Mas é necessário construí-las.
E é nessa construção que o Sporting e os sportinguistas devem intervir.

Pessoalmente as minhas primeiras memórias levam-me por caminhos antagónicos ao Sporting, mas que eu nunca segui. Como já escrevi neste blogue, eu sou um sportinguista por inteligência de escolha.😄💪🦁
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De Naçao Valente a 21.04.2025 às 20:48

Amigo Leão do Norte

Estou baralhado. Por um lado diz que que ia por "maus caminhos", mas foi salvo pela inteligência. Pela imagem que formei de si, talvez errada, será um sportinguista, com uma alta componente emocional.

Na minha experiência, penso que foi o Sporting que me escolheu. num ano em que o Sporting foi campeão. Ia a subir uma rua da aldeia natal, e vi um adulto a descê-la e a comemorar o título do Sporting, e sem saber porquê comecei também a comemorar. Tanto mais que os sportinguistas eram raros naquele local. Será que foi por inteligência de escolha e não percebi?
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De Leão do Norte a 21.04.2025 às 23:01

Amigo Nação Valente,

Nunca neguei que o Sporting é o meu "ponto fraco" ao nível da racionalidade que, todos dizem, me caracteriza. Mas em nada esteve relacionada com a minha "adesão" ao Sporting.
E esta "adesão" ao Sporting muito menos se deveu a títulos ou vitórias. Antes pelo contrário.

Gosto muito de desporto, e em particular de futebol, por influência familiar, mas neste seio não tinha qualquer "lobby" a favor do Sporting. Um ramo era fortemente benfiquista e o outro portista. Desde sempre, ambos, me tentaram levar pelo seu caminho, "comprando-me" com ofertas e idas a jogos desses clubes. Mas eu, desde muita tenra idade, por contra e meio a brincar, dizia "eu sou do Sporting". E desta forma me tornei um fervoroso sportinguista. Sozinho, contra tudo e contra todos!
Daí a expressão "escolha inteligente".
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De Naçao Valente a 22.04.2025 às 18:36

Bom, sou levado a concluir, que o deus da inteligência, também é sportinguista.
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De Rui Gomes a 21.04.2025 às 23:04

Já a escolha do amigo Nação Valente foi por instinto, bem apurado, diga-se!
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De Luis Carvalho a 21.04.2025 às 21:59

Meu Caro Leão do Norte, eu associo o meu Sportinguismo à família, Pai e Mãe, ao meu Padrinho de Batismo, foi ele mesmo que há 53 anos atrás e uns dias, me trouxe o cartão de sócio a Évora, mas o mais fácil era ter sido benfiquista, no colégio onde andei até à quarta classe, só eu e um outro, o Faustino, éramos Sportinguistas, tudo o resto eram vermelhos, ou se não o eram, eram cobardes rendidos à maioria. Creio que o meu espírito de não ser igual a todos os outros( a maioria filhos de agricultores ricos do Alentejo, eu filho de um Engenheiro Civil vindo de família modesta), também me ajudou a ser do Sporting, desde os meus muito tenros anos. Uma coisa sei, nunca hesitei , nunca tive dúvidas sobre o que o coração dizia. Um abraço.
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De Leão do Norte a 21.04.2025 às 23:23

Caro Luís Carvalho,

Como relatei anteriormente ao Nação Valente, o meu sportinguismo teve uma génese contra natura, devido às fortes influências familiares dos dois rivais.
A lógica, familiar e desportiva (falamos dos primeiros anos da década de 80), levar-me-ia a ser adepto de um dos rivais, mas o meu espírito afirmativo e "contestatário" levou-me ao Sporting.
Passei por momentos difíceis, especialmente na etapa escolar e formativa onde era, quase sempre, o único sportinguista, digladiando-me contra uma legião de arrogantes vencedores. Só comemorei o primeiro título de Campeão Nacional em 2000, mas também nunca hesitei na minha "escolha" e as diversas dificuldades serviram para fortalecer o meu sportinguismo.
É na adversidade que os laços mais se estreitam.
Um grande abraço.
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De Luis Carvalho a 22.04.2025 às 15:32

Grande Leão, este do Norte!
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De Leão Zargo a 21.04.2025 às 23:51

Na minha juventude, quando tinha 15/16 anos, sonhei jogar no Farense. Estava-se em 1968/1969. Sonhava entrar em campo com a camisola 8 de interior direito. Dois anos consecutivos fui prestar provas, duas vezes não mostrei qualidades para fazer o lugar. Foi grande a desilusão. Chorei. O Sambrasense ainda me convidou, mas o que eu queria mesmo era jogar com o leão farense ao peito. Curiosamente joguei mais tarde na equipa da Faculdade de Letras numa posição de médio defensivo (6) que fazia com alguma qualidade. Não era rápido, mas resistente, não tinha grande remate, mas distribuía bem jogo, e desenrasca-me na recuperação de bolas. Andei nesse lugar pelo futebol amador.

Tornei-me sportinguista na época de 1965-66. O Sporting tinha uma equipa notável (Carvalho, Pedro Gomes, Alexandre Batista, José Carlos, Hilário…) e conquistou o campeonato nacional. Perto do final o Sporting perdeu no Restelo e foi ultrapassado na liderança pelo Benfica… e eu sofri muito com o facto. No entanto, recuperou a liderança creio que na jornada seguinte. Enorme alegria. Tinha 13 anos, até aí gostava essencialmente do Farense, a maior parte dos meus amigos era benfiquista, a família também, mas percebi que o meu coração era leonino, irresistivelmente leonino. Até hoje, é claro.

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De Rui Gomes a 22.04.2025 às 03:07

Pereceu muito bem!

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