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Ser Sporting não se implora, não se ensina, não se espera, somente se vive... ou não.
Refiro deliberadamente que Miguel Albuquerque, director do futsal leonino, 'comentou' o negócio que viabilizaria a transferência de Ricardinho para o Sporting, dado que, na realidade, contrário às manchetes desta segunda-feira, o dirigente não explicou os exactos contornos do negócio, deixando omisso qualquer indicação sobre os respectivos valores:
"Não foi mera especulação, foi um interesse real. Pela relação pessoal que tenho com as pessoas do Inter Movistar, as primeiras conversas foram com eles, por respeito e depois com o Ricardo e os seus representantes. Foi um interesse muito real.
Ele só não é jogador do Sporting - até havia acordo do ponto de vista da proposta - porque o Ricardo queria que os valores fossem por dois anos e o Sporting só estava disponível para dar esses valores ao longo de três. Face ao investimento - e não era nada dos valores que apareceram na comunicação social -, queríamos que o contrato fosse de três anos e os representantes do Ricardo disseram que eram valores muito próximos do que ele ganhava em Espanha. Foi um interesse real mas não chegámos a acordo. Amigos como dantes".
Miguel Albuquerque merece todo o meu respeito e não pretendo duvidar da sua palavra, mas parece-me que há aqui algo que não está muito bem explicado. Nomeadamente, a parte referente aos representantes de Ricardinho terem dito que os valores oferecidos pelo Sporting eram muito próximos do que ele ganha em Espanha, quando o próprio jogador, em recém-entrevista, declarou que o Sporting ofereceu-lhe "quase cinco vezes mais" do que ele ganha actualmente.
Esta, uma das suas declarações na altura em que foi informado da proposta do Sporting:
"Não estamos acostumados a estes números no futsal. Se fosse uma proposta baixa nem sequer pensaria sair, porque estou na melhor equipa do mundo, mas estamos a falar de números que nunca se vão voltar a ver nesta modalidade. Isto tem de ser valorizado e ser bem pensado".
Recorde-se que além dos valores inerentes ao contrato do atleta, o Sporting teria ainda de pagar 1,5 milhões de euros ao Inter Movistar, dado que o têm assinado até 2020.
Compreende-se a intenção do Sporting em termos dos seus objectivos europeus, mas não sei se justifica tão enorme investimento, tendo em conta a natureza da modalidade.
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