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Ser Sporting não se implora, não se ensina, não se espera, somente se vive... ou não.
Miguel Braga, no seu editorial do Jornal Sporting, comentou as incidências do Marítimo - FC das Antas e, em particular, o comportamento de Sérgio Conceição - o arruaceiro-mor do futebol português - que acabou por ser expulso ainda na primeira parte do jogo, a sua 22.ª expulsão como treinador:
"Na primeira jornada da segunda volta, e no jogo que colocou frente-a-frente FC Porto e CS Marítimo, Sérgio Conceição foi novamente expulso. Escrevo novamente porque foi a 22.ª expulsão da carreira do treinador, a 12.ª desde que defende os azuis e brancos. É a chamada força das reincidências…".
Comentou também as notícias que deram conta do acordo entre os dragões e os insulares, no próprio dia do jogo, por uma dívida relativa a Pepe, dívida essa que já era reclamada há 15 anos:
"É uma expressão com mais de 2000 anos e que, de uma maneira ou outra, a grande maioria das pessoas já ouviu: 'À mulher de César não basta ser séria, tem de parecer séria"' (...) Independentemente da origem, a expressão viveu até aos dias de hoje, salvaguardando que o ser e o parecer devem, em último caso, estar alinhados em nome da ética e da moral.
Numa indústria que tem tanta importância para o país, mas que infelizmente tem muitos casos judiciais que perduram no tempo e outros com finais prescritos, aconselharia a prudência em não ser tão voluntarioso na data em questão. Faria assim tanta diferença que a dívida fosse liquidada passadas umas semanas ou que o tivesse sido há um mês?.
Compreende-se a grande vontade dos dirigentes de um clube em receber uma quantia que reclama há 15 anos e não está, de todo, em causa a idoneidade dos jogadores ou da equipa técnica. Em causa, está apenas um modus operandi que em nada ajuda o futebol português. A vida e o futebol não são apenas sobre as leis e os contornos da legalidade. E valores como a ética não devem ser remetidos para a porta dos fundos. Tal como dizia Oscar Wilde, "chamamos de ética o conjunto de coisas que as pessoas fazem quando todos estão a olhar. O conjunto de coisas que as pessoas fazem quando ninguém está a olhar chamamos de carácter". Com uma ética destas, assusta pensar no carácter".
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